A greve geral anarquista de julho de 1917, em São Paulo, é considerada o primeiro evento de longo alcance no fortalecimento e expansão da organização sindical no Brasil. Nos anos que antecederam a greve geral, várias organizações se aproximaram do sindicalismo revolucionário (ou anarcosindicalismo), que funcionavam como “escolas de aprendizado de luta e rebeldia”. Naquela conjuntura, grandes sindicatos anarquistas ligados à indústria têxtil, construção civil e metalurgia, além das ligas operárias de bairro tipicamente anarquistas, impulsionaram o movimento sindical ao convergirem trabalhadores qualificados e operários fabris para o movimento operário.
Sobre a greve geral de 1917 e as estratégias de luta e resistência operária em São Paulo, é CORRETO afirmar:
I. Os anarcosindicalistas não defendiam o uso da violência e utilizavam a imprensa para defender o seu direito de greve pacífica.
II. As assembleias de trabalhadores e as reuniões diárias no decorrer da greve foram importantes para obter apoio de outros sindicatos e da população.
III. As greves não tiveram um papel de destaque entre os sindicalistas libertários. A greve era vista como uma manifestação pública do operário inconsciente de seus direitos.
IV. Na perspectiva anarquista, a greve foi o único meio de luta e resistência do trabalhador durante a intervenção do Estado nas relações de trabalho.
V. Entre as 11 reinvindicações feitas pelo Comitê de Defesa Proletária, constava a jornada de trabalho de oito horas e a abolição do trabalho noturno para as mulheres e menores de 18 anos.
T. H. Marshall, em Cidadania e classe social (Rio de Janeiro: Editora Jorge Zahar, 1967), classificou os direitos em:
Leia o texto seguinte, extraído do livro Quarto de Despejo: diário de uma favelada (10ª edição, São Paulo, Ática, 2014, pág. 44), escrito por Carolina Maria de Jesus (1914- 1977):
“27 de maio... Percebi que no Frigorífico jogam creolina no lixo, para o favelado não catar a carne para comer. Não tomei café, ia andando meio tonta. A tontura da fome é pior do que a do álcool. A tontura do álcool nos impele a cantar. Mas a da fome nos faz tremer. Percebi que é horrível ter só ar dentro do estômago. Comecei a sentir a boca amarga. Pensei: já não basta as amarguras da vida? Parece que quando eu nasci o destino marcou-me para passar fome”.
Após refletir sobre o texto lido, assinale a alternativa INCORRETA.
A respeito da obra de Florestan Fernandes, disse Octávio Ianni que ela “não só descortina novos horizontes para a reflexão teórica e a interpretação da realidade social, como permite reler criticamente muito do que tem sido a Sociologia brasileira passada e recente”
In IANNI, Octávio. A Sociologia de Florestan Fernandes. Estud. av. [online]. 1996, vol.10, n.26, pp.25-33. Disponível em: http://www.scielo.br. Acesso em 30.08.2019.
Dentre as contribuições de Florestan Fernandes temos as seguintes obras:
A noção de campo social é um dos conceitos mais importantes desenvolvidos por Pierre Bourdieu (BOURDIEU, Pierre. Sociologia I (Org.) São Paulo: Ática, 1983). Segundo Bourdieu, para se compreender o sentido e o funcionamento de um campo social é necessário associá-lo às posições ocupadas por aqueles que o produzem no espaço de jogo concorrencial, ou seja, em um campo o qual existam relações de força e monopólios.
Tendo em vista o conceito de campo em Bourdieu, é CORRETO afirmar:
I. Todo campo é relativamente autônomo em relação aos demais campos.
II. Todo campo possui regras idênticas e interesses semelhantes.
III. Não existe uma lei geral para todos os campos.
IV. O campo é um espaço de jogo marcado por relações de força entre os seus agentes.
V. A sociedade é estruturada em campos sociais, sendo que todos os campos são submetidos as mesmas leis sociais.
A partir de uma reflexão sobre a frase “menino veste azul, menina veste rosa” é INCORRETO afirmar