Leia a fábula “O caranguejo e a raposa”, do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?), para responder a questão.
Um caranguejo saiu do mar e subiu até a praia, onde passou a viver sozinho. Uma raposa faminta, assim que o viu, foi correndo agarrá-lo, pois precisava alimentar-se. E, prestes a ser engolido, ele disse: “Mas é bem feito para mim, pois eu era um animal marinho e quis tornar-me um terrestre.”
(Fábulas completas, 2013.)
Os termos em destaque na fábula constituem, respectivamente,
Em conformidade com a norma-padrão da língua e com o sentido geral da tira, o espaço para a fala do primeiro quadrinho é corretamente preenchido com:
Leia a fábula “O caranguejo e a raposa”, do escritor grego Esopo (620 a.C.?-564 a.C.?), para responder a questão.
Um caranguejo saiu do mar e subiu até a praia, onde passou a viver sozinho. Uma raposa faminta, assim que o viu, foi correndo agarrá-lo, pois precisava alimentar-se. E, prestes a ser engolido, ele disse: “Mas é bem feito para mim, pois eu era um animal marinho e quis tornar-me um terrestre.”
(Fábulas completas, 2013.)
A moral mais apropriada para fechar a fábula seria a seguinte:
Para responder a questão, leia o trecho do romance Memórias de um sargento de milícias, de Manuel Antônio de Almeida, escrito entre 1852 e 1853.
Era no tempo do rei
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo – O canto dos meirinhos1 –; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda2 era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores3. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
(Memórias de um sargento de milícias, 2003.)
1 meirinho: espécie de oficial de justiça daquela época.
2 demanda: ação judicial.
3 desembargador: magistrado maior, que despacha as causas e processos.
Em “todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo” existe um erro gramatical.
Assinale a alternativa em que o trecho reescrito está em conformidade com a norma-padrão da língua e com o sentido geral do texto.
Leia o trecho do ensaio “O direito à literatura”, de Antonio Candido, para responder a questão.
O assunto que me foi confiado nesta série é aparentemente meio desligado dos problemas reais: “Direitos humanos e literatura”.
Por quê? Porque pensar em direitos humanos tem um pressuposto: reconhecer que aquilo que consideramos indispensável para nós é também indispensável para o próximo. Esta me parece a essência do problema.
Nesse ponto as pessoas são frequentemente vítimas de uma curiosa obnubilação1 . Elas afirmam que o próximo tem direito, sem dúvida, a certos bens fundamentais, como casa, comida, instrução, saúde, coisas que ninguém bem formado admite hoje em dia que sejam privilégio de minorias, como são no Brasil. Mas será que pensam que o seu semelhante pobre teria direito a ler Dostoiévski ou ouvir os quartetos de Beethoven? Apesar das boas intenções no outro setor, talvez isto não lhes passe pela cabeça. E não por mal, mas somente porque quando arrolam os seus direitos não estendem todos eles ao seu semelhante. Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos.
Certos bens são obviamente indispensáveis, como o alimento, a casa, a roupa. O fato é que cada época e cada cultura fixam os critérios de indispensabilidade, que estão ligados à divisão da sociedade em classes, pois inclusive a educação pode ser instrumento para convencer as pessoas de que o que é indispensável para uma camada social não o é para outra.
(Vários escritos, 2011. Adaptado.)
obnubilação: obscurecimento das sensações ou do pensamento.
No trecho “Ora, o esforço para incluir o semelhante no mesmo elenco de bens que reivindicamos está na base da reflexão sobre os direitos humanos.” (3º parágrafo), o termo destacado pode ser substituído por