Leia o texto abaixo e assinale a alternativa CORRETA:
Rhiannon, uma garota de 16 anos, se apaixona por um espírito chamado A, que todo dia habita uma pessoa diferente. Os dois se conhecem quando A acorda no corpo de Justin, o namorado displicente de Rhiannon. Inicialmente, ela acredita que Justin se tornou uma pessoa melhor, mas no dia seguinte descobre que ele voltou a ser quem era. Então, A usa um outro corpo para contar a verdade a Rhiannon e propõe que eles continuem se encontrando, apesar dessa grande dificuldade.
(Fernanda Carvalho, Revista Bula, online)
Atente para o excerto abaixo:
Ouvi os passos lentos de minha avó chamando Bibiana, chamando Zezé, Domingas, Belonísia. “Bibiana, não está vendo as batatas queimando?” Havia um cheiro de batata queimada, mas tinha também o cheiro do metal, o cheiro do sangue que ensopava minha roupa e a de Belonísia.
(Itamar Vieira Junior, Torto Arado, p. 16)
I. o trecho aspeado indica discurso indireto livre, pois não há introdução com a presença de verbo dicendi.
II. há, no excerto, mudança de registro formal para informal, pela presença, no mesmo enunciado, das formas verbais “havia” e “tinha”.
III. a indecisão no uso da repetição (“chamando” ... “chamando”; “um cheiro” ... “o cheiro” ... “o cheiro”) e da elipse (do verbo indicando Domingas e Belonísia; e do substantivo “roupa” em relação a “de Belonísia”) revela insipiência narrativa do romancista.
IV. o relativo “que” tem como referente expresso “o cheiro do sangue” e é um dos vários elementos de coesão presentes no excerto.
V. a forma verbal “vendo” pode ser interpretada com sentido sinestésico.
Estão CORRETAS apenas as assertivas
Leia o texto abaixo:
No domingo de Páscoa, minha mãe contou que sentiu uma forte corrente de ar fria e úmida da madrugada percorrer seu quarto. Levantou atordoada, achando que havia esquecido a janela aberta, mas viu que permanecia cerrada. Acendeu o candeeiro para ver se meu pai precisava de algo. O encontrou com os olhos abertos, apesar da face serena. Seu rosto, à luz parca, era um jogo de sombras contornando os ossos. Foi assim que veio chamar pelos filhos, com sua voz rompendo o canto dos insetos. Zeca havia partido.
(Itamar Vieira Junior, Torto Arado, p. 163)
Marque os parênteses com V (verdadeiro) ou com F (falso).
( ) Os adjetivos “fria” e “úmida” foram usados como silepse de gênero, pois deveriam estar no masculino, por se referirem a “ar”.
( ) “aberta” e “cerrada” têm função sintática diferente, já que a primeira é adjunto adnominal, e a segunda, predicativo.
( ) “O”, em “O encontrou com os olhos abertos”, está empregado contrariando orientação da gramática do português culto.
( ) A função referencial e a poética se fazem predominantes no texto.
Assinale a alternativa que contém a sequência correta:
Na conta do Instagram “curiosidadesefatos”, pode-se ler:
“O clima seria seco, pois o centro do continente seria tão longe, que raramente receberia os ventos úmidos. Haveriam muitos desertos. Ainda partindo da ideia de que os humanos existissem, não haveriam tantas culturas e o conceito de globalização não faria muito sentido.”
Marque os parênteses com V (verdadeiro) ou F (falso).
( ) O uso do futuro do pretérito contribui para o sentido de probabilidade, referindo-se “a algo que poderia ter acontecido posteriormente a uma situação no passado”.
( ) O emprego de “Haveriam”/”haveriam” contraria recomendação das gramáticas tradicionais quanto ao uso do português culto, uma vez que o verbo está sendo empregado no sentido de existir.
( ) A substituição correta de “Haveriam”/”haveriam” pelo verbo existir resultaria em “Existiria”/”existiria”.
( ) A conjunção “pois” se classifica, no contexto, como subordinativa explicativa, pois a oração que se lhe segue explica a causa de o clima ser seco.
( ) O primeiro registro do “que” é como conjunção subordinativa consecutiva, pois introduz oração com sentido de consequência em relação à oração precedente.
( ) O “que”, em “de que”, é uma conjunção integrante e o emprego da preposição “de” está correto, pois inicia oração completiva nominal em relação a “ideia”.
A sequência CORRETA de preenchimento dos parênteses é:
Observe o texto abaixo e reflita sobre as assertivas que seguem.
Isi, uma jovem rica, tem o sonho de estudar culinária em Nova York. Mas, seus pais se negam a pagar o curso, pois querem que ela faça faculdade na Alemanha. Para provocá-los, ela finge namorar Ossi, um ex-presidiário e lutador de boxe que está com sérios problemas financeiros. Caso consiga ganhar o dinheiro dos pais, Isi promete dar uma parte a Ossi.
(Fernanda Carvalho, Revista Bula, online)
I. Quanto à pontuação, há duas vírgulas mal empregadas: uma depois da palavra “Mas,” e outra depois de “provocá-los,”.
II. Há erro de regência em “namorar Ossi”, pois o verbo é transitivo indireto e exige a preposição “com”. Portanto, o correto seria “namorar com Ossi”.
III. Deveria ter sido usada uma vírgula depois de “boxe”, pois a oração que se segue é adjetiva explicativa, com relação a “Ossi”.
IV. Em “ganhar o dinheiro dos pais”, sem o contexto, teríamos uma estrutura sintática ambígua, pois poderíamos interpretar “dos pais” como objeto indireto de “ganhar” ou como adjunto adnominal de “dinheiro”.
Conclui-se que
O excerto abaixo, transcrito com lacunas do romance Moby Dick, de Herman Melville (tradução de Berenice Xavier), foi usado com tratamento na segunda pessoa do plural.
“ — Todos os juramentos que __________ de caçar a baleia-branca __________ ligam como o meu juramento me liga a mim, e o velho Ahab está preso de coração, alma, corpo, pulmões e vida. E para que __________ com que ritmo palpita este coração, __________ para cá: assim apago eu o último temor.”
Passando-o para o tratamento de segunda pessoa do singular, teríamos corretamente: