Da ilha amazônica de Marajó ao interior do Piauí, os padres da Companhia possuíam extensas fazendas de gado e de cavalos. No Amazonas, as flotilhas de canoas dos jesuítas aportavam todos os anos em Belém com invejáveis quantidades de cacau, cravo-da-índia, canela e salsaparrilha, cultivados às margens dos principais afluentes do grande rio. A Companhia possuía direitos e privilégios que incluíam a total isenção em Portugal e no Brasil de taxas alfandegárias para todos os seus produtos.
(Daniel Alden. “O período final do Brasil colônia: 1750-1808”. In: Leslie Bethell (org.) História da América Latina: A América Latina Colonial, vol. II, 1999. Adaptado.)
O Marquês de Pombal, ministro do rei D. José I, expulsou a Companhia de Jesus de Portugal e do Brasil em 1759.
A sua decisão visou, entre outros objetivos,
Com a instalação de uma nova classe dominante, originada dos bárbaros ou, com mais frequência, da fusão entre populações romanas antigas e populações bárbaras estabelecidas no território do antigo Império Romano, aparece uma forma de poder cujas origens são germânicas e que se denomina a banalidade, o direito de banalidade. É um direito de comando bastante geral, que inclui direitos de justiça, mas, sobretudo, direitos econômicos.
(Jacques Le Goff. Por amor às cidades, 1998.)
O direito de banalidade derivava
Njinga dizia que não queria a paz com os portugueses porque os portugueses haviam aprisionado sua irmã e não queriam libertá-la. O padre Serafim de Cortona escreveu, então, para o governador português de Angola, pedindo- -lhe que libertasse a irmã de Njinga, com o que faria grande serviço a Deus e ao rei, com a introdução “da nossa santa fé naquelas partes”. A favor da devolução, disse ainda que assim acabaria a já longa guerra e se abriria o “comércio ao resgate dos negros”.
(Marina de Mello e Souza. Além do visível: Poder, Catolicismo e Comércio no Congo e em Angola (Séculos XVI e XVII), 2018. Adaptado.)
O episódio é relatado pelo padre Serafim de Cortona em um documento escrito em 1658 sobre Njinga, rainha de territórios do interior da África.
Para o sacerdote,
Barcos norte-americanos levavam produtos coloniais a ilhas Britânicas, a outros centros europeus e às Antilhas, sobretudo tabaco, artigos navais e madeira. Em troca, importavam da Inglaterra os manufaturados.
(Philip Jenkins. Breve historia de Estados Unidos, 2017. Adaptado.)
O excerto descreve as relações comerciais no Império Britânico em meados do século XVIII, referindo-se
Observe a gravura de Francisco de Goya, intitulada O sono da razão produz monstros, de 1799.
Francisco de Goya era pintor oficial dos reis da Espanha. Relacionando-se a gravura com a história europeia e, em particular, com a história da Espanha do final do século XVIII, pode-se concluir que o artista
Leia um excerto do livro Marco zero I: A revolução melancólica, escrito por Oswald de Andrade e publicado em primeira edição em 1943, para responder à questão.
[…] logo os horizontes [ficaram] penteados de cafezais. Pelos carreadores passava a condução mecânica, tratores, Fordes, caminhões. Enchiam-se os secadores, as tulhas debordavam. A máquina de beneficiar café socava de barulho a sede. A eletrificação havia animado o deserto. […] Toda essa aventura perecera no desastre mundial de 1929. […] O crédito cessara. Cessara a defesa artificial do produto, mantida pelos exploradores da City.
(Oswald de Andrade. Marco zero I: A revolução melancólica, 1978.)
A “aventura pereceu” devido