Leia o trecho do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão.
Eram duas horas da tarde e ela ainda dava conta de todos os seus costumes, de sua vida inteira; enfim, foi uma relação de comemorativos como nunca mais ouvirá o nosso estudante. Às vezes Augusto olhava para seus companheiros e os via alegremente praticando com as belas senhoras que abrilhantavam a sala, enquanto ele se via obrigado a ouvir a mais insuportável de todas as histórias. Daqui e de certos fenômenos que acusava a macista, nasceu-lhe o desejo de tomar uma vingançazinha. Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto-final, bem determinado a esmagá-la com o peso de seu diagnóstico, e ainda mais com o tratamento que tencionava prescrever-lhe.
Às duas horas e meia a oradora terminou o seu discurso, dizendo:
— Agora quero que, com toda a sinceridade, me diga se conhece a minha enfermidade e o que devo fazer.
— Então V. Sª dá-me licença para falar com toda a sinceridade?
— Eu o exijo
— Pois, minha senhora, atendendo tudo quanto ouvi e principalmente a esses últimos incômodos, que tão amiúde sofre, e de que mais se queixa, como tonteiras, dores no ventre, calafrios, certas dificuldades, esse peso dos lombos, etc., concluo, e todo o mundo médico concluirá comigo, que V. Sa padece...
— Diga... não tenha medo.
— Hemorroidas.
D. Violante fez-se vermelha como um pimentão, horrível como a mais horrível das fúrias, encarou o estudante com despeito, e, fixando nele seus tristíssimos olhos furta-cores, perguntou:
guntou:
— O que foi que disse, senhor?
— Hemorroidas, minha senhora. Ela soltou uma risada sarcástica.
— V. Sºquer que lhe prescreva o tratamento conveniente?..
— Menino, respondeu com mau humor, tome o meu conselho: outro ofício; o senhor não nasceu para médico.
(A Moreninha, 2012.)
• “nasceu-lhe o desejo de tomar uma vingançazinha” (1º parágrafo) •
“e ainda mais com o tratamento que tencionava prescrever - lhe” (1º parágrafo)
• “e de que mais se queixa” (6º parágrafo)
Os termos sublinhados referem-se, respectivamente, a
Leia o trecho do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão.
Eram duas horas da tarde e ela ainda dava conta de todos os seus costumes, de sua vida inteira; enfim, foi uma relação de comemorativos como nunca mais ouvirá o nosso estudante. Às vezes Augusto olhava para seus companheiros e os via alegremente praticando com as belas senhoras que abrilhantavam a sala, enquanto ele se via obrigado a ouvir a mais insuportável de todas as histórias. Daqui e de certos fenômenos que acusava a macista, nasceu-lhe o desejo de tomar uma vingançazinha. Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto-final, bem determinado a esmagá-la com o peso de seu diagnóstico, e ainda mais com o tratamento que tencionava prescrever-lhe.
Às duas horas e meia a oradora terminou o seu discurso, dizendo:
— Agora quero que, com toda a sinceridade, me diga se conhece a minha enfermidade e o que devo fazer.
— Então V. Sª dá-me licença para falar com toda a sinceridade?
— Eu o exijo
— Pois, minha senhora, atendendo tudo quanto ouvi e principalmente a esses últimos incômodos, que tão amiúde sofre, e de que mais se queixa, como tonteiras, dores no ventre, calafrios, certas dificuldades, esse peso dos lombos, etc., concluo, e todo o mundo médico concluirá comigo, que V. Sa padece...
— Diga... não tenha medo.
— Hemorroidas.
D. Violante fez-se vermelha como um pimentão, horrível como a mais horrível das fúrias, encarou o estudante com despeito, e, fixando nele seus tristíssimos olhos furta-cores, perguntou:
guntou:
— O que foi que disse, senhor?
— Hemorroidas, minha senhora. Ela soltou uma risada sarcástica.
— V. Sºquer que lhe prescreva o tratamento conveniente?..
— Menino, respondeu com mau humor, tome o meu conselho: outro ofício; o senhor não nasceu para médico.
(A Moreninha, 2012.)
No trecho, D. Violante é descrita como
Leia o trecho do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão.
Eram duas horas da tarde e ela ainda dava conta de todos os seus costumes, de sua vida inteira; enfim, foi uma relação de comemorativos como nunca mais ouvirá o nosso estudante. Às vezes Augusto olhava para seus companheiros e os via alegremente praticando com as belas senhoras que abrilhantavam a sala, enquanto ele se via obrigado a ouvir a mais insuportável de todas as histórias. Daqui e de certos fenômenos que acusava a macista, nasceu-lhe o desejo de tomar uma vingançazinha. Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto-final, bem determinado a esmagá-la com o peso de seu diagnóstico, e ainda mais com o tratamento que tencionava prescrever-lhe.
Às duas horas e meia a oradora terminou o seu discurso, dizendo:
— Agora quero que, com toda a sinceridade, me diga se conhece a minha enfermidade e o que devo fazer.
— Então V. Sª dá-me licença para falar com toda a sinceridade?
— Eu o exijo
— Pois, minha senhora, atendendo tudo quanto ouvi e principalmente a esses últimos incômodos, que tão amiúde sofre, e de que mais se queixa, como tonteiras, dores no ventre, calafrios, certas dificuldades, esse peso dos lombos, etc., concluo, e todo o mundo médico concluirá comigo, que V. Sa padece...
— Diga... não tenha medo.
— Hemorroidas.
D. Violante fez-se vermelha como um pimentão, horrível como a mais horrível das fúrias, encarou o estudante com despeito, e, fixando nele seus tristíssimos olhos furta-cores, perguntou:
guntou:
— O que foi que disse, senhor?
— Hemorroidas, minha senhora. Ela soltou uma risada sarcástica.
— V. Sºquer que lhe prescreva o tratamento conveniente?..
— Menino, respondeu com mau humor, tome o meu conselho: outro ofício; o senhor não nasceu para médico.
(A Moreninha, 2012.)
Com seu diagnóstico, Augusto busca
Leia o trecho do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão.
Eram duas horas da tarde e ela ainda dava conta de todos os seus costumes, de sua vida inteira; enfim, foi uma relação de comemorativos como nunca mais ouvirá o nosso estudante. Às vezes Augusto olhava para seus companheiros e os via alegremente praticando com as belas senhoras que abrilhantavam a sala, enquanto ele se via obrigado a ouvir a mais insuportável de todas as histórias. Daqui e de certos fenômenos que acusava a macista, nasceu-lhe o desejo de tomar uma vingançazinha. Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto-final, bem determinado a esmagá-la com o peso de seu diagnóstico, e ainda mais com o tratamento que tencionava prescrever-lhe.
Às duas horas e meia a oradora terminou o seu discurso, dizendo:
— Agora quero que, com toda a sinceridade, me diga se conhece a minha enfermidade e o que devo fazer.
— Então V. Sª dá-me licença para falar com toda a sinceridade?
— Eu o exijo
— Pois, minha senhora, atendendo tudo quanto ouvi e principalmente a esses últimos incômodos, que tão amiúde sofre, e de que mais se queixa, como tonteiras, dores no ventre, calafrios, certas dificuldades, esse peso dos lombos, etc., concluo, e todo o mundo médico concluirá comigo, que V. Sa padece...
— Diga... não tenha medo.
— Hemorroidas.
D. Violante fez-se vermelha como um pimentão, horrível como a mais horrível das fúrias, encarou o estudante com despeito, e, fixando nele seus tristíssimos olhos furta-cores, perguntou:
guntou:
— O que foi que disse, senhor?
— Hemorroidas, minha senhora. Ela soltou uma risada sarcástica.
— V. Sºquer que lhe prescreva o tratamento conveniente?..
— Menino, respondeu com mau humor, tome o meu conselho: outro ofício; o senhor não nasceu para médico.
(A Moreninha, 2012.)
Está empregado em sentido figurado o termo sublinhado em:
Leia o trecho do romance A Moreninha, de Joaquim Manuel de Macedo, para responder à questão.
Eram duas horas da tarde e ela ainda dava conta de todos os seus costumes, de sua vida inteira; enfim, foi uma relação de comemorativos como nunca mais ouvirá o nosso estudante. Às vezes Augusto olhava para seus companheiros e os via alegremente praticando com as belas senhoras que abrilhantavam a sala, enquanto ele se via obrigado a ouvir a mais insuportável de todas as histórias. Daqui e de certos fenômenos que acusava a macista, nasceu-lhe o desejo de tomar uma vingançazinha. Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto-final, bem determinado a esmagá-la com o peso de seu diagnóstico, e ainda mais com o tratamento que tencionava prescrever-lhe.
Às duas horas e meia a oradora terminou o seu discurso, dizendo:
— Agora quero que, com toda a sinceridade, me diga se conhece a minha enfermidade e o que devo fazer.
— Então V. Sª dá-me licença para falar com toda a sinceridade?
— Eu o exijo
— Pois, minha senhora, atendendo tudo quanto ouvi e principalmente a esses últimos incômodos, que tão amiúde sofre, e de que mais se queixa, como tonteiras, dores no ventre, calafrios, certas dificuldades, esse peso dos lombos, etc., concluo, e todo o mundo médico concluirá comigo, que V. Sa padece...
— Diga... não tenha medo.
— Hemorroidas.
D. Violante fez-se vermelha como um pimentão, horrível como a mais horrível das fúrias, encarou o estudante com despeito, e, fixando nele seus tristíssimos olhos furta-cores, perguntou:
guntou:
— O que foi que disse, senhor?
— Hemorroidas, minha senhora. Ela soltou uma risada sarcástica.
— V. Sºquer que lhe prescreva o tratamento conveniente?..
— Menino, respondeu com mau humor, tome o meu conselho: outro ofício; o senhor não nasceu para médico.
(A Moreninha, 2012.)
Em “Firme neste propósito, esperou com paciência que D. Violante fizesse ponto-final” (1º parágrafo), o trecho sublinhado pode ser substituído, sem prejuízo para o sentido do texto, por:
Leia o trecho do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para responder a questão.
Uma janela aberta deixava entrar o vento, que sacudia frouxamente as cortinas, e eu fiquei a olhar para as cortinas, sem as ver. Empunhara o binóculo da imaginação; lobrigava, ao longe, uma casa nossa, uma vida nossa, um mundo nosso, em que não havia Lobo Neves, nem casamento, nem moral, nem nenhum outro liame, que nos tolhesse a expansão da vontade. Esta ideia embriagou-me; eliminados assim o mundo, a moral e o marido, bastava penetrar naquela habitação dos anjos.
— Virgília, disse eu, proponho-te uma coisa.
— Que é?
— Amas-me?
— Oh! suspirou ela, cingindo-me os braços ao pescoço.
Virgília amava-me com fúria; aquela resposta era a verdade patente. Com os braços ao meu pescoço, calada, respirando muito, deixou-se ficar a olhar para mim, com os seus grandes e belos olhos, que davam uma sensação singular de luz úmida; eu deixei-me estar a vê-los, a namorar-lhe a boca, fresca como a madrugada, e insaciável como a morte. A beleza de Virgília tinha agora um tom grandioso, que não possuíra antes de casar. Era dessas figuras talhadas em pentélico, de um lavor nobre, rasgado e puro, tranquilamente bela, como as estátuas, mas não apática nem fria. Ao contrário, tinha o aspecto das naturezas cálidas, e podia-se dizer que, na realidade, resumia todo o amor. Resumia-o sobretudo naquela ocasião, em que exprimia mudamente tudo quanto pode dizer a pupila humana. Mas o tempo urgia: deslacei- -lhe as mãos, peguei-lhe nos pulsos, e, fito nela, perguntei se tinha coragem.
— De quê?
— De fugir.
(Memórias póstumas de Brás Cubas, 2001.)
Sinestesia é a reunião de termos pertencentes a planos sensoriais diversos: por exemplo, palavras referentes à audição e ao tato, ao olfato e ao paladar, etc.
José Luiz Fiorin. Figuras de retórica, 2014. Adaptado.)
O narrador lança mão desse recurso estilístico no seguinte trecho do 6º parágrafo: