A maior [seca], a que dera a meu avô momentos de desespero, foi, se não me engano, a de 1907. [...] Desciam do sertão pela estrada levas e levas de pobres famintos. [...] Paravam por debaixo do engenho e meu avô mandava distribuir farinha de barco e mel de furo. No outro dia partiam para a capital. Muitos falavam do Amazonas e do Acre. O governo dava passagem para as terras onde as águas corriam de inverno a verão.
(José Lins do Rego. Meus verdes anos, 1957.)
José Lins do Rego nasceu na Paraíba, em 1901, e publicou a primeira edição de suas memórias em 1956.
O escritor relembra o seguinte acontecimento significativo da história brasileira de que foi, quando criança, testemunha presencial:
Observe as pinturas rupestres do Parque Estadual de Monte Alegre, no Pará, datadas de aproximadamente 11 200 anos atrás.
As pinturas
O rei é o homem bem-nascido, o homem nobre. Ele é definido não somente por uma boa família, mas também em relação à aristocracia e à nobreza. Há na aristocracia medieval uma tendência a rebaixar o rei, a reduzi-lo ao “primeiro entre os iguais”.
(Jacques Le Goff. “Rei”. In: Dicionário analítico do Ocidente medieval, vol. 2, 2017. Adaptado.)
Esse lugar ocupado pelo rei na sociedade medieval decorria, entre outros motivos, da
Os grandes lucros que diziam auferir os mercadores portugueses que fizeram o tráfico do pau-brasil nas duas primeiras décadas após o descobrimento, os rigores do monopólio fiscal decretado pelo rei de Portugal e até notícias fantasiosas de riquezas da terra virgem contribuíram, em primeira linha, para originar e desenvolver o contrabando nas costas da Santa Cruz.
(Bernardino José de Sousa. O pau-brasil na história nacional, 1978.)
O texto alude aos primeiros contatos dos colonizadores com o litoral da “nova terra” e descreve
Santa Teresa de Ávila (1515-1582) escreveu que a sua ascensão espiritual teve início quando viu a imagem que “representava de maneira edificante um Cristo coberto de chagas”.
Considerando o período histórico em que viveu Santa Teresa, pode-se afirmar que a sua experiência mística
A repressão oficial foi extremamente convincente: entre 15 e 20 de outubro de 1823, mais de duzentos e cinquenta prisioneiros, jogados nos porões do brigue Palhaço, morreram por asfixia, envenenamento e fuzilaria; outros, fuzilados em praça pública. O Império do Brasil já mostrava as suas garras muito antes de a Regência disparar contra a Cabanagem (1835-1840), que lutava contra o conservantismo e a continuidade do poder de bases coloniais no Grão-Pará.
(Geraldo Mártires Coelho. “Onde fica a Corte do senhor Imperador?”. In: István Jancsó (org.). Brasil: formação do Estado e da Nação, 2003. Adaptado.)
A Independência do Brasil, proclamada no Centro-Sul do país em 1822,