INSTRUÇÃO: Leia o texto, a seguir, para responder à questão.
TEXTO
Pergunta inevitável?
Marcelo Gleiser
Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas
200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.
Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto,
colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.
[5] Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa
discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu
significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir
minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.
Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que
[10] começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo,
cada qual com a sua história.
A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são,
talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua
finitude.
[15] Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a
literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história
coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender
a razão de nossas vidas.
Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como
[20] escolhemos viver nossas vidas.
Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as
culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde
veio tudo.
Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da
[25] existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda
quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões
de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.
Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial
Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade
[30] humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando
outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.
Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes
obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona
Lisa e às sinfonias de Beethoven.
[35] Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação
Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados
moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que
nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.
Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.
[40] E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta
inevitável: "O senhor acredita em Deus?"
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser. (publicado em 19/05/2013) Acesso em 24 mai. 2013.
Em relação à linguagem utilizada nesse texto, é CORRETO afirmar que:
INSTRUÇÃO: Leia o texto, a seguir, para responder à questão.
TEXTO
Pergunta inevitável?
Marcelo Gleiser
Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas
200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.
Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto,
colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.
[5] Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa
discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu
significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir
minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.
Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que
[10] começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo,
cada qual com a sua história.
A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são,
talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua
finitude.
[15] Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a
literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história
coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender
a razão de nossas vidas.
Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como
[20] escolhemos viver nossas vidas.
Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as
culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde
veio tudo.
Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da
[25] existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda
quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões
de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.
Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial
Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade
[30] humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando
outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.
Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes
obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona
Lisa e às sinfonias de Beethoven.
[35] Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação
Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados
moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que
nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.
Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.
[40] E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta
inevitável: "O senhor acredita em Deus?"
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser. (publicado em 19/05/2013) Acesso em 24 mai. 2013.
Todos os fragmentos, a seguir, demonstram a associação que o autor faz entre homem/universo, EXCETO:
INSTRUÇÃO: Leia o texto, a seguir, para responder à questão.
TEXTO
Pergunta inevitável?
Marcelo Gleiser
Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas
200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.
Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto,
colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.
[5] Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa
discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu
significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir
minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.
Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que
[10] começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo,
cada qual com a sua história.
A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são,
talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua
finitude.
[15] Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a
literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história
coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender
a razão de nossas vidas.
Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como
[20] escolhemos viver nossas vidas.
Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as
culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde
veio tudo.
Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da
[25] existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda
quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões
de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.
Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial
Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade
[30] humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando
outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.
Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes
obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona
Lisa e às sinfonias de Beethoven.
[35] Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação
Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados
moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que
nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.
Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.
[40] E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta
inevitável: "O senhor acredita em Deus?"
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser. (publicado em 19/05/2013) Acesso em 24 mai. 2013.
Todas as palavras em destaque podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido, por aquelas sugeridas entre parênteses, EXCETO:
INSTRUÇÃO: Leia o texto, a seguir, para responder à questão.
TEXTO
Pergunta inevitável?
Marcelo Gleiser
Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas
200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.
Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto,
colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.
[5] Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa
discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu
significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir
minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.
Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que
[10] começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo,
cada qual com a sua história.
A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são,
talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua
finitude.
[15] Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a
literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história
coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender
a razão de nossas vidas.
Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como
[20] escolhemos viver nossas vidas.
Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as
culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde
veio tudo.
Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da
[25] existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda
quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões
de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.
Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial
Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade
[30] humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando
outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.
Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes
obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona
Lisa e às sinfonias de Beethoven.
[35] Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação
Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados
moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que
nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.
Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.
[40] E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta
inevitável: "O senhor acredita em Deus?"
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser. (publicado em 19/05/2013) Acesso em 24 mai. 2013.
Em relação à organização das ideias que compõem esse texto, é INCORRETO afirmar que:
INSTRUÇÃO: Leia o texto, a seguir, para responder à questão.
TEXTO
Pergunta inevitável?
Marcelo Gleiser
Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas
200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.
Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto,
colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.
[5] Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa
discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu
significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir
minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.
Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que
[10] começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo,
cada qual com a sua história.
A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são,
talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua
finitude.
[15] Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a
literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história
coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender
a razão de nossas vidas.
Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como
[20] escolhemos viver nossas vidas.
Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as
culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde
veio tudo.
Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da
[25] existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda
quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões
de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.
Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial
Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade
[30] humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando
outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.
Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes
obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona
Lisa e às sinfonias de Beethoven.
[35] Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação
Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados
moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que
nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.
Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.
[40] E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta
inevitável: "O senhor acredita em Deus?"
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser. (publicado em 19/05/2013) Acesso em 24 mai. 2013.
Embora tenha utilizado a variedade padrão da língua portuguesa, há passagem em que o autor infringe algumas regras gramaticais. Observe os fragmentos, a seguir, e as considerações acerca das modificações necessárias para adequá-los à variedade padrão e assinale a única alternativa que apresenta uma sugestão CORRETA
TEXTO I
Pergunta inevitável?
Marcelo Gleiser
Nesta semana estive no Brasil dando uma palestra em um evento corporativo. Havia umas
200 pessoas, de várias regiões do Brasil, executivos e administradores.
Minha missão era iniciar uma reflexão macro, tirando as pessoas de sua área de conforto,
colocando questões que, na correria da vida, tendemos a deixar de lado.
[5] Como pediram para que eu falasse sobre o homem, o tempo e o espaço, embarquei numa
discussão de como a ciência moderna vê a questão da existência humana: suas origens, seu
significado, sua incumbência enquanto espécie, seu destino. Nada mais estimulante do que dividir
minhas reflexões sobre esses temas tão fundamentais.
Comecei falando de como somos criaturas limitadas pelo tempo, com uma história que
[10] começa e acaba; mostrei que, tal como nós, assim são também as estrelas e o próprio Universo,
cada qual com a sua história.
A passagem do tempo e o fato de que nós, como espécie, temos consciência dela são,
talvez, a condição que mais nos define: a consciência que temos da nossa existência e da sua
finitude.
[15] Argumentei que muito do esforço criativo humano, nossos poemas e nossas sinfonias, a
literatura, as ciências e a filosofia, enfim, a soma total da produção cultural da nossa história
coletiva podem ser vistos como uma resposta a esses anseios, como uma tentativa de compreender
a razão de nossas vidas.
Amor, reprodução, poder e relacionamentos, são manifestações de quem somos e de como
[20] escolhemos viver nossas vidas.
Passei para a questão das origens: do Cosmo, das estrelas, da vida, mostrando que todas as
culturas de que temos registro oferecem uma narrativa da criação, um esforço de explicar de onde
veio tudo.
Olhar para o céu e ver milhares de estrelas nos remete, inevitavelmente, à questão da
[25] existência de outros mundos, da possibilidade de que não estamos sós no Universo. Mais ainda
quando aprendemos que apenas em nossa galáxia, a Via Láctea, existem em torno de 200 bilhões
de estrelas, o Sol sendo apenas uma delas.
Mostrei imagens belíssimas tiradas por sondas espaciais, como o telescópio espacial
Hubble, explicando como essas máquinas maravilhosas são um depoimento da criatividade
[30] humana: esses pequenos robôs atravessam milhões de quilômetros pelo espaço sideral, visitando
outros mundos controlados aqui da Terra por pessoas como nós.
Sugeri que devemos celebrar esses feitos tecnológicos como celebramos outras grandes
obras da humanidade, das pirâmides às catedrais medievais, da arquitetura de Brasília à Mona
Lisa e às sinfonias de Beethoven.
[35] Mostrei que, diferentemente do que a maioria pensa, e como explico no livro "Criação
Imperfeita", quanto mais aprendemos sobre o Cosmo, mais relevantes ficamos: aglomerados
moleculares de poeira estelar capazes de refletir sobre quem somos, de construir máquinas que
nos permitem ver além da nossa percepção tão limitada do real.
Tentei, com palavras e imagens, celebrar a condição humana e a beleza austera do Cosmo.
[40] E, ao fim de tudo isso, tão inexorável quanto a passagem do tempo, veio a pergunta
inevitável: "O senhor acredita em Deus?"
http://www1.folha.uol.com.br/colunas/marcelogleiser. (publicado em 19/05/2013) Acesso em 24 mai. 2013.
TEXTO II
Cientistas acham conjunto planetário jovem, mas com planetas gigantes
Cientistas fizeram, literalmente, uma grande descoberta. Eles localizaram, orbitando uma estrela a 130 anos-luz de distância, quatro planetas gigantes, maiores do que qualquer um dos existentes no nosso Sistema Solar.
E mais: o sistema é relativamente novo em termos cósmicos --tem 30 milhões de anos-- e ainda tem grandes discos de poeira, além de asteroides e cometas.
Os planetas circundam a estrela HR 8799, um astro que tem cerca 1,5 vez o tamanho do Sol e é cinco vezes mais brilhante do que ele.
Ao contrário da maioria dos exoplanetas --planetas fora do Sistema Solar--, a descoberta desse sistema não foi feita de maneira indireta, pela análise de dados da estrela e de outros fatores. Os planetões foram diretamente vistos usando os telescópios Gemini e Keck, no Havaí.
Divulgação Dunlap Institute for Astronomy & Astrophysics
Concepção artística do sistema planetário HR 8799 em um estágio inicial de sua evolução, mostrando o planeta HR 8799c e um disco de gás e poeira
http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1246476 (publicado em 15/03/2013) Acesso em 20 mai. 2013.
A partir da associação entre o Texto I e o Texto II, pode-se afirmar que, EXCETO: