Leia o texto a seguir e responda à questão.
O consumo de carnes contaminadas e fora do prazo de validade pode causar infecções gastrointestinais graves, mas dificilmente levará ao desenvolvimento de câncer, segundo especialistas. Mesmo que os alimentos tenham recebido aditivos e conservantes em níveis acima do permitido e que essas substâncias favoreçam o aparecimento de tumores, é necessário um período de exposição prolongado a esses agentes para que eles causem danos significativos ao organismo. Segundo a investigação da Polícia Federal, algumas carnes estragadas recebiam ácido ascórbico (vitamina C) para maquiar o aspecto físico deteriorado.
“Todas as substâncias que são usadas para conservar o alimento são lesivas para as nossas células, mas para que elas causem problemas sérios, como câncer, seriam necessários anos ou até décadas de consumo desses produtos”, explica o infectologista Marcos Boulos, coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Segundo os especialistas, o principal risco associado ao consumo dos alimentos deteriorados é o desenvolvimento de infecções gastrointestinais graves causadas por bactérias resistentes. “A maioria das infecções gastrointestinais que vemos no dia a dia são consideradas autolimitadas, ou seja, a pessoa tem um quadro de diarreia, põe as toxinas para fora e fica boa depois de alguns dias. Já as bactérias geralmente presentes em carnes putrefatas podem entrar no intestino e levar a quadros mais graves, com muita diarreia e febre. Há casos em que as bactérias causam lesão no tecido intestinal e é necessário que o paciente passe por cirurgia”, diz Boulos.
Bactéria encontrada em alguns frigoríficos investigados pela Polícia Federal, a salmonela é um dos microrganismos que levam a problemas gastrointestinais graves. “Ela é muito resistente, podendo resistir a temperaturas muito baixas, até mesmo dentro de um freezer”, afirma o médico Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto Emílio Ribas. O especialista afirma ainda que crianças e idosos são os pacientes mais vulneráveis a desenvolver formas graves de infecções causadas pelo consumo de carne estragada. “A gravidade do caso vai depender do tipo de bactéria, da quantidade de agentes contaminantes e do sistema imunológico da pessoa afetada. As crianças ainda têm o sistema de defesa imaturo, então respondem pior a essas infecções. Os idosos têm imunodeficiência. Nos dois casos, os quadros de diarreia podem ser mais graves, levando à desidratação e, em algumas situações, até à morte”, diz o médico.
(Adaptado de: CAMBRICOLI, F. Frigoríficos sob suspeita. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 18 de mar. 2017. Economia. B7.)
Acerca das características do texto, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O consumo de carnes contaminadas e fora do prazo de validade pode causar infecções gastrointestinais graves, mas dificilmente levará ao desenvolvimento de câncer, segundo especialistas. Mesmo que os alimentos tenham recebido aditivos e conservantes em níveis acima do permitido e que essas substâncias favoreçam o aparecimento de tumores, é necessário um período de exposição prolongado a esses agentes para que eles causem danos significativos ao organismo. Segundo a investigação da Polícia Federal, algumas carnes estragadas recebiam ácido ascórbico (vitamina C) para maquiar o aspecto físico deteriorado.
“Todas as substâncias que são usadas para conservar o alimento são lesivas para as nossas células, mas para que elas causem problemas sérios, como câncer, seriam necessários anos ou até décadas de consumo desses produtos”, explica o infectologista Marcos Boulos, coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Segundo os especialistas, o principal risco associado ao consumo dos alimentos deteriorados é o desenvolvimento de infecções gastrointestinais graves causadas por bactérias resistentes. “A maioria das infecções gastrointestinais que vemos no dia a dia são consideradas autolimitadas, ou seja, a pessoa tem um quadro de diarreia, põe as toxinas para fora e fica boa depois de alguns dias. Já as bactérias geralmente presentes em carnes putrefatas podem entrar no intestino e levar a quadros mais graves, com muita diarreia e febre. Há casos em que as bactérias causam lesão no tecido intestinal e é necessário que o paciente passe por cirurgia”, diz Boulos.
Bactéria encontrada em alguns frigoríficos investigados pela Polícia Federal, a salmonela é um dos microrganismos que levam a problemas gastrointestinais graves. “Ela é muito resistente, podendo resistir a temperaturas muito baixas, até mesmo dentro de um freezer”, afirma o médico Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto Emílio Ribas. O especialista afirma ainda que crianças e idosos são os pacientes mais vulneráveis a desenvolver formas graves de infecções causadas pelo consumo de carne estragada. “A gravidade do caso vai depender do tipo de bactéria, da quantidade de agentes contaminantes e do sistema imunológico da pessoa afetada. As crianças ainda têm o sistema de defesa imaturo, então respondem pior a essas infecções. Os idosos têm imunodeficiência. Nos dois casos, os quadros de diarreia podem ser mais graves, levando à desidratação e, em algumas situações, até à morte”, diz o médico.
(Adaptado de: CAMBRICOLI, F. Frigoríficos sob suspeita. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 18 de mar. 2017. Economia. B7.)
Assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o objetivo do texto.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
O consumo de carnes contaminadas e fora do prazo de validade pode causar infecções gastrointestinais graves, mas dificilmente levará ao desenvolvimento de câncer, segundo especialistas. Mesmo que os alimentos tenham recebido aditivos e conservantes em níveis acima do permitido e que essas substâncias favoreçam o aparecimento de tumores, é necessário um período de exposição prolongado a esses agentes para que eles causem danos significativos ao organismo. Segundo a investigação da Polícia Federal, algumas carnes estragadas recebiam ácido ascórbico (vitamina C) para maquiar o aspecto físico deteriorado.
“Todas as substâncias que são usadas para conservar o alimento são lesivas para as nossas células, mas para que elas causem problemas sérios, como câncer, seriam necessários anos ou até décadas de consumo desses produtos”, explica o infectologista Marcos Boulos, coordenador de controle de doenças da Secretaria Estadual da Saúde de São Paulo e professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).
Segundo os especialistas, o principal risco associado ao consumo dos alimentos deteriorados é o desenvolvimento de infecções gastrointestinais graves causadas por bactérias resistentes. “A maioria das infecções gastrointestinais que vemos no dia a dia são consideradas autolimitadas, ou seja, a pessoa tem um quadro de diarreia, põe as toxinas para fora e fica boa depois de alguns dias. Já as bactérias geralmente presentes em carnes putrefatas podem entrar no intestino e levar a quadros mais graves, com muita diarreia e febre. Há casos em que as bactérias causam lesão no tecido intestinal e é necessário que o paciente passe por cirurgia”, diz Boulos.
Bactéria encontrada em alguns frigoríficos investigados pela Polícia Federal, a salmonela é um dos microrganismos que levam a problemas gastrointestinais graves. “Ela é muito resistente, podendo resistir a temperaturas muito baixas, até mesmo dentro de um freezer”, afirma o médico Jean Gorinchteyn, infectologista do Instituto Emílio Ribas. O especialista afirma ainda que crianças e idosos são os pacientes mais vulneráveis a desenvolver formas graves de infecções causadas pelo consumo de carne estragada. “A gravidade do caso vai depender do tipo de bactéria, da quantidade de agentes contaminantes e do sistema imunológico da pessoa afetada. As crianças ainda têm o sistema de defesa imaturo, então respondem pior a essas infecções. Os idosos têm imunodeficiência. Nos dois casos, os quadros de diarreia podem ser mais graves, levando à desidratação e, em algumas situações, até à morte”, diz o médico.
(Adaptado de: CAMBRICOLI, F. Frigoríficos sob suspeita. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 18 de mar. 2017. Economia. B7.)
Em relação aos recursos linguístico-semânticos presentes no texto, considere as afirmativas a seguir.
I. As expressões “carnes estragadas” e “carnes putrefatas” são exemplos de sinonímia no texto.
II. As aspas utilizadas ao longo do texto marcam o discurso direto.
III. A expressão “sistema de defesa imaturo” e o termo “imunodeficiência” têm o mesmo significado.
IV. A expressão “lesão no tecido intestinal” e o termo “câncer” são usados com o mesmo sentido no texto.
Assinale a alternativa correta.
Leia o poema a seguir e responda à questão
Minha desgraça
Minha desgraça, não, não é ser poeta,
Nem na terra de amor não ter um eco,
E meu anjo de Deus, o meu planeta,
Tratar-me como trata-se um boneco...
Não é andar de cotovelos rotos,
Ter duro como pedra o travesseiro...
Eu sei... O mundo é um lodaçal perdido
Cujo sol (quem m’o dera!) é o dinheiro...
Minha desgraça, ó cândida donzela,
O que faz que o meu peito assim blasfema,
É ter para escrever todo um poema
E não ter um vintém para uma vela.
(AZEVEDO, A. de. Minha desgraça. In: CÂNDIDO, A. Os melhores poemas de Álvares de Azevedo. São Paulo: Global, 1985.)
Quanto ao termo “vela”, utilizado no poema, considere as afirmativas a seguir.
I. É termo que aponta a dificuldade de acesso do sujeito lírico a certos bens materiais, como o travesseiro macio.
II. É mais um dos indícios de que estar desprovido de vinténs conduz o sujeito lírico a um desalento gradativamente anunciado no poema.
III. É termo que impede rima naquela estrofe, pois há diferença de timbre na vogal “e” de “vela” e “donzela”, assim como entre “poeta” e “planeta”, na primeira estrofe.
IV. É termo que proporciona a metáfora da falta de inspiração no sujeito lírico, assim como se observa no segundo verso da estrofe inicial.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
Mental Illness Recognized as Major Global Issue
Photo: Reuters // Beawiharta
Mental health is now a top priority for the World Health Organization, a group well known for battling infectious, physical diseases.
The WHO* made the announcement at a conference this week in Washington D.C., where government officials, medical professionals and representatives from aid groups are discussing the issue. Mental well-being will now be fully incorporated into the group’s broader goal of promoting health around the world.
In an interview with NPR, the WHO’s Dr. Shekhar Saxena said that depression, anxiety and other mental illnesses are costing the world more than $1 trillion per year.
That’s in line with a study that was recently published in The Lancet Psychiatry. In that same interview, Saxena pointed out that many countries have severely underfunded mental health programs, alluding to places that have a population of 19 million, but only three psychiatrists.
Top photo: A man suffering from mental illness sits chained on a bed in his room inside his family home in Curug Sulanjana village in Serang, Banten province, Indonesia March 23, 2016. In a program launched this year, Indonesia sends teams of workers into often-remote hamlets to help free patients kept in chains and ensure they get the medical treatment they need.
(SIMRIN, Jonathan. Mental Illness Recognized as Major Global Issue. In Seeker. 13 abril 2016. Web 2017. Disponível em: http://www.seeker.com/world-health-organization-mental-health-issue-1727746344.html?utm_source=facebook&utm_medium=dnews social&utm_campaign=blog. Acesso em: 28 mar. 2017.) * NOTA: WHO – sigla para (World Health Organization) em inglês; em português, OMS (Organização Mundial de Saúde).
Em relação à saúde mental, considere as afirmativas a seguir.
I. No mundo todo, os gastos anuais com tratamentos de doenças e transtornos mentais ultrapassam a cifra de bilhões.
II. As doenças e transtornos mentais foram adicionados ao rol de enfermidades combatidas pela OMS em sua meta de melhorar a saúde mundial.
III. Um objetivo da OMS é implementar programas de incentivo à formação de psiquiatras em locais onde haja carência de especialistas.
IV. A OMS planeja implementar o modelo de equipes de trabalho desenvolvido na Indonésia para levar mais agentes de saúde a lugares remotos.
Assinale a alternativa correta.