Leia os poemas a seguir e responda à questão.
Canção do Exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá;
As aves, que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
Nosso céu tem mais estrelas,
Nossas várzeas têm mais flores,
Nossos bosques têm mais vida,
Nossa vida mais amores.
Em cismar, sozinho, à noite,
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Minha terra tem primores,
Que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho, à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu volte para lá;
Sem que desfrute os primores
Que não encontro por cá;
Sem qu’inda aviste as palmeiras,
Onde canta o Sabiá.
(DIAS, G. Poemas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. p.27.)
Canto de Regresso à Pátria
Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá
Minha terra tem mais rosas
E quase tem mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra
Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que eu veja a rua 15
E o progresso de São Paulo
(ANDRADE, O. Poesias Reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1974. p.144.)
Observando a linguagem dos dois poemas, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
A medicina começa a investigar com maior rigor a influência das diferenças entre os sexos nas doenças cardiovasculares e seus desdobramentos. Na semana passada, um time de cientistas do Reino Unido, da Holanda e da Austrália anunciou que as mulheres diabéticas têm 44% mais probabilidade do que homens com a mesma condição de apresentar problemas nas artérias que irrigam o coração, as coronárias – o que pode levar à ocorrência de infarto e insuficiência cardíaca. O dado é fruto de uma meta-análise de 64 estudos. Ao todo, as informações contidas nesses trabalhos correspondem a 50 anos de observação de um contingente de 858.507 pessoas e 28.203 incidentes coronarianos. É o mais amplo levantamento já feito sobre o tema. A grande questão agora é identificar as razões dessa diferença. “Existem várias suspeitas, mas até agora nada foi comprovado”, diz a cardiologista Maria da Consolação Vieira Moreira, diretora científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Os autores do levantamento que constatou o risco mais elevado especulam que a diabetes parece prejudicar mais o metabolismo das mulheres. Por isso, quando iniciam o tratamento, elas já enfrentam maiores sequelas. Isso também explicaria o fato de as mulheres terem mais dificuldade para alcançar as metas do tratamento. “Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos reais responsáveis pela diferença no risco coronariano relacionada à diabetes entre os sexos”, disse Rachel Huxley, da Universidade de Queensland, na Austrália, uma das autoras da pesquisa. O estudo foi publicado na revista “Diabetologia”. Há de fato grande urgência em saber o que eleva o perigo para o coração feminino. “Uma em cada três mulheres no mundo morre por problemas cardiovasculares. É a doença que mais tira vidas femininas”, diz a cardiologista Maria da Consolação. Para piorar, elas também enfrentam um risco maior do que os homens de sofrer acidentes vasculares cerebrais. Se forem diabéticas, por exemplo, estudos indicam que o risco é 25% maior do que em homens na mesma condição. “Acima dos 55 anos de idade, o risco se torna altíssimo”, diz a médica. As descobertas estão fomentando o debate. “Se a mulher diabética é de maior risco, é de se pensar em um tratamento mais agressivo para elas. Mas, por enquanto, não existe nenhuma recomendação estabelecida nesse sentido”, diz Maria da Consolação.
(Adaptado de: TARANTINO, M. O Coração das Diabéticas em Risco. IstoÉ. Editora Três. n.2322. 28 maio 2014. ano 38. p.78-79.)
Sobre o fragmento “Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos reais responsáveis pela diferença no risco coronariano relacionada à diabetes entre os sexos”, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, o sentido do termo sublinhado.
Leia o texto a seguir e responda à questão.
A medicina começa a investigar com maior rigor a influência das diferenças entre os sexos nas doenças cardiovasculares e seus desdobramentos. Na semana passada, um time de cientistas do Reino Unido, da Holanda e da Austrália anunciou que as mulheres diabéticas têm 44% mais probabilidade do que homens com a mesma condição de apresentar problemas nas artérias que irrigam o coração, as coronárias – o que pode levar à ocorrência de infarto e insuficiência cardíaca. O dado é fruto de uma meta-análise de 64 estudos. Ao todo, as informações contidas nesses trabalhos correspondem a 50 anos de observação de um contingente de 858.507 pessoas e 28.203 incidentes coronarianos. É o mais amplo levantamento já feito sobre o tema. A grande questão agora é identificar as razões dessa diferença. “Existem várias suspeitas, mas até agora nada foi comprovado”, diz a cardiologista Maria da Consolação Vieira Moreira, diretora científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Os autores do levantamento que constatou o risco mais elevado especulam que a diabetes parece prejudicar mais o metabolismo das mulheres. Por isso, quando iniciam o tratamento, elas já enfrentam maiores sequelas. Isso também explicaria o fato de as mulheres terem mais dificuldade para alcançar as metas do tratamento. “Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos reais responsáveis pela diferença no risco coronariano relacionada à diabetes entre os sexos”, disse Rachel Huxley, da Universidade de Queensland, na Austrália, uma das autoras da pesquisa. O estudo foi publicado na revista “Diabetologia”. Há de fato grande urgência em saber o que eleva o perigo para o coração feminino. “Uma em cada três mulheres no mundo morre por problemas cardiovasculares. É a doença que mais tira vidas femininas”, diz a cardiologista Maria da Consolação. Para piorar, elas também enfrentam um risco maior do que os homens de sofrer acidentes vasculares cerebrais. Se forem diabéticas, por exemplo, estudos indicam que o risco é 25% maior do que em homens na mesma condição. “Acima dos 55 anos de idade, o risco se torna altíssimo”, diz a médica. As descobertas estão fomentando o debate. “Se a mulher diabética é de maior risco, é de se pensar em um tratamento mais agressivo para elas. Mas, por enquanto, não existe nenhuma recomendação estabelecida nesse sentido”, diz Maria da Consolação.
(Adaptado de: TARANTINO, M. O Coração das Diabéticas em Risco. IstoÉ. Editora Três. n.2322. 28 maio 2014. ano 38. p.78-79.)
Sobre as características do texto, assinale a alternativa correta
Leia o texto a seguir e responda à questão.
A medicina começa a investigar com maior rigor a influência das diferenças entre os sexos nas doenças cardiovasculares e seus desdobramentos. Na semana passada, um time de cientistas do Reino Unido, da Holanda e da Austrália anunciou que as mulheres diabéticas têm 44% mais probabilidade do que homens com a mesma condição de apresentar problemas nas artérias que irrigam o coração, as coronárias – o que pode levar à ocorrência de infarto e insuficiência cardíaca. O dado é fruto de uma meta-análise de 64 estudos. Ao todo, as informações contidas nesses trabalhos correspondem a 50 anos de observação de um contingente de 858.507 pessoas e 28.203 incidentes coronarianos. É o mais amplo levantamento já feito sobre o tema. A grande questão agora é identificar as razões dessa diferença. “Existem várias suspeitas, mas até agora nada foi comprovado”, diz a cardiologista Maria da Consolação Vieira Moreira, diretora científica da Sociedade Brasileira de Cardiologia e professora da Universidade Federal de Minas Gerais. Os autores do levantamento que constatou o risco mais elevado especulam que a diabetes parece prejudicar mais o metabolismo das mulheres. Por isso, quando iniciam o tratamento, elas já enfrentam maiores sequelas. Isso também explicaria o fato de as mulheres terem mais dificuldade para alcançar as metas do tratamento. “Mais estudos são necessários para determinar os mecanismos reais responsáveis pela diferença no risco coronariano relacionada à diabetes entre os sexos”, disse Rachel Huxley, da Universidade de Queensland, na Austrália, uma das autoras da pesquisa. O estudo foi publicado na revista “Diabetologia”. Há de fato grande urgência em saber o que eleva o perigo para o coração feminino. “Uma em cada três mulheres no mundo morre por problemas cardiovasculares. É a doença que mais tira vidas femininas”, diz a cardiologista Maria da Consolação. Para piorar, elas também enfrentam um risco maior do que os homens de sofrer acidentes vasculares cerebrais. Se forem diabéticas, por exemplo, estudos indicam que o risco é 25% maior do que em homens na mesma condição. “Acima dos 55 anos de idade, o risco se torna altíssimo”, diz a médica. As descobertas estão fomentando o debate. “Se a mulher diabética é de maior risco, é de se pensar em um tratamento mais agressivo para elas. Mas, por enquanto, não existe nenhuma recomendação estabelecida nesse sentido”, diz Maria da Consolação.
(Adaptado de: TARANTINO, M. O Coração das Diabéticas em Risco. IstoÉ. Editora Três. n.2322. 28 maio 2014. ano 38. p.78-79.)
Acerca dos recursos linguístico-semânticos utilizados no texto, atribua V (verdadeiro) ou F (falso) às afirmativas a seguir.
( ) No trecho “Os autores do levantamento que constatou o risco mais elevado especulam”, o objeto direto de “constatou” é o termo “risco” e o sujeito de “especulam” é “os autores”.
( ) Em “Por isso, quando iniciam o tratamento, elas já enfrentam maiores sequelas”, a expressão que introduz o período indica oposição de ideias.
( ) No fragmento “Se forem diabéticas, por exemplo, estudos indicam que o risco é 25% maior do que em homens na mesma condição”, o termo “se” introduz uma ideia condicional ao período.
( ) No trecho “ ‘Acima dos 55 anos de idade, o risco se torna altíssimo’, diz a médica”, as aspas indicam a presença do discurso direto.
( ) Em “Mas, por enquanto, não existe nenhuma recomendação estabelecida nesse sentido”, o termo “mas” estabelece uma relação explicativa entre os períodos.
Assinale a alternativa que contém, de cima para baixo, a sequência correta