TEXTO
Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes
Evelyn Eisenstein1
Susana B. Estefenon2
Se pudéssemos definir qual a geração digital, provavelmente, teríamos de considerar os adultos jovens que hoje têm 25 anos, quase a idade da internet. Muitos jogos de videogames que faziam sucesso naquela época, como o Super Mario Bros produzido pela Nintendo, são ainda hoje a porta de entrada para as crianças na longa teia da rede mundial de computadores. A primeira mensagem SMS foi enviada em 1992, os sites começaram a surgir em 1995 e o programa de correio eletrônico Hotmail apareceu em 1998, quando essas crianças ainda estavam no ensino médio. Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas. Os primeiros sistemas de redes sociais, como o Orkut, apareceram em 2002 e o Skype, sistema de comunicação, é de 2003. O Youtube, que exibe filmes e vídeos, surgiu em 2005 e marcou o momento em que aqueles jovens estavam entrando para a universidade.
Esses jovens cresceram num universo paralelo ao dos pais e ao de muitos de seus professores. Foram construindo novos conceitos, mudando comportamentos [...] Os adolescentes de hoje fotografam tudo com seus sofisticados celulares, têm acesso a todas as informações nos seus computadores e sabem de tudo em tempo real. São ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, existe a queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, um paradoxal isolamento no meio da rede de tantos contatos e conexões e a falta de comunicação e do afeto nas famílias em que todos ficam "perdidos". “Com-viver” num mundo em constante e cada vez mais veloz transformação pode ocasionar riscos e problemas à saúde, durante uma fase de crescimento e desenvolvimento na qual talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas em pixels que formam confusões e também problemas de memória e de concentração.
Está se tornando frequente uma nova síndrome denominada de tecnoestresse. Ela se caracteriza pelo desejo incontrolável de verificar constantemente o correio eletrônico ou os programas de mensagens instantâneas como o MSN; de estar sempre atento ao toque do celular ou de brincar no computador ou dedilhar no celular em todos os momentos livres e, muitas vezes, ao mesmo tempo, nas multitarefas, induzindo a quadros de ansiedade generalizada.
Quanto ao corpo, os riscos à saúde produzidos por horas e horas diante do computador não são poucos. Podem ocorrer: fadiga ocular e ressecamento da conjuntiva (síndrome do olho seco), conjuntivites, infecções de córnea e dores de cabeça; Síndrome do Túnel do Carpo e Lesões do Esforço Repetitivo (LER); transtornos do sono com alterações significativas do humor, irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva e dificuldade de atenção; Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR); obesidade abdominal; transtornos posturais, sensação de dormência no pescoço, braço e mão, e as tenossinovites; uso de drogas e medicamentos oferecidos por meio de compras realizadas pelo computador; uso de drogas digitais, músicas e sons capazes de provocar sensações sensoriais ou efeitos mentais psicodélicos, inclusive crises convulsivas por estímulo luminoso do monitor ou epilepsia fotossensível, produzidos por ruídos e imagens estranhas em programas selecionados.
Mas, o mais preocupante são as redes de pornografia, de pedofilia e de exploração sexual digital, com aliciamento de crianças e adolescentes e a produção de material com cenas de sexo explícito envolvendo menores de 18 anos. [...] Infelizmente, crianças e adolescentes não são apenas vítimas, mas também têm figurado como algozes, com mais frequência, numa lista cada vez maior de delitos cibernéticos, como ameaça, instigação ao suicídio, cyberbullying e pornografia.
1Médica Psiquiatra pela UERJ; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da UFF.
2Presidente do Instituto Integral do Jovem (INJO).
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105>. Acesso em: 20 dez. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação.
A expressão “universo paralelo”, no segundo parágrafo do Texto, indica que os jovens cresceram em um mundo
TEXTO
Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes
Evelyn Eisenstein1
Susana B. Estefenon2
Se pudéssemos definir qual a geração digital, provavelmente, teríamos de considerar os adultos jovens que hoje têm 25 anos, quase a idade da internet. Muitos jogos de videogames que faziam sucesso naquela época, como o Super Mario Bros produzido pela Nintendo, são ainda hoje a porta de entrada para as crianças na longa teia da rede mundial de computadores. A primeira mensagem SMS foi enviada em 1992, os sites começaram a surgir em 1995 e o programa de correio eletrônico Hotmail apareceu em 1998, quando essas crianças ainda estavam no ensino médio. Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas. Os primeiros sistemas de redes sociais, como o Orkut, apareceram em 2002 e o Skype, sistema de comunicação, é de 2003. O Youtube, que exibe filmes e vídeos, surgiu em 2005 e marcou o momento em que aqueles jovens estavam entrando para a universidade.
Esses jovens cresceram num universo paralelo ao dos pais e ao de muitos de seus professores. Foram construindo novos conceitos, mudando comportamentos [...] Os adolescentes de hoje fotografam tudo com seus sofisticados celulares, têm acesso a todas as informações nos seus computadores e sabem de tudo em tempo real. São ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, existe a queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, um paradoxal isolamento no meio da rede de tantos contatos e conexões e a falta de comunicação e do afeto nas famílias em que todos ficam "perdidos". “Com-viver” num mundo em constante e cada vez mais veloz transformação pode ocasionar riscos e problemas à saúde, durante uma fase de crescimento e desenvolvimento na qual talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas em pixels que formam confusões e também problemas de memória e de concentração.
Está se tornando frequente uma nova síndrome denominada de tecnoestresse. Ela se caracteriza pelo desejo incontrolável de verificar constantemente o correio eletrônico ou os programas de mensagens instantâneas como o MSN; de estar sempre atento ao toque do celular ou de brincar no computador ou dedilhar no celular em todos os momentos livres e, muitas vezes, ao mesmo tempo, nas multitarefas, induzindo a quadros de ansiedade generalizada.
Quanto ao corpo, os riscos à saúde produzidos por horas e horas diante do computador não são poucos. Podem ocorrer: fadiga ocular e ressecamento da conjuntiva (síndrome do olho seco), conjuntivites, infecções de córnea e dores de cabeça; Síndrome do Túnel do Carpo e Lesões do Esforço Repetitivo (LER); transtornos do sono com alterações significativas do humor, irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva e dificuldade de atenção; Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR); obesidade abdominal; transtornos posturais, sensação de dormência no pescoço, braço e mão, e as tenossinovites; uso de drogas e medicamentos oferecidos por meio de compras realizadas pelo computador; uso de drogas digitais, músicas e sons capazes de provocar sensações sensoriais ou efeitos mentais psicodélicos, inclusive crises convulsivas por estímulo luminoso do monitor ou epilepsia fotossensível, produzidos por ruídos e imagens estranhas em programas selecionados.
Mas, o mais preocupante são as redes de pornografia, de pedofilia e de exploração sexual digital, com aliciamento de crianças e adolescentes e a produção de material com cenas de sexo explícito envolvendo menores de 18 anos. [...] Infelizmente, crianças e adolescentes não são apenas vítimas, mas também têm figurado como algozes, com mais frequência, numa lista cada vez maior de delitos cibernéticos, como ameaça, instigação ao suicídio, cyberbullying e pornografia.
1Médica Psiquiatra pela UERJ; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da UFF.
2Presidente do Instituto Integral do Jovem (INJO).
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105>. Acesso em: 20 dez. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação.
Leia as afirmativas a seguir relativas à ideia principal de cada parágrafo do Texto.
I. O parágrafo 1 define geração digital.
II. O parágrafo 2 mostra a dificuldade de se viver em um mundo de velozes transformações.
III. O parágrafo 3 apresenta e define o tecnoestresse.
IV. O parágrafo 4 apresenta os riscos sociais decorrentes do uso frequente das novas tecnologias.
Estão corretas apenas as afirmativas
TEXTO
Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes
Evelyn Eisenstein1
Susana B. Estefenon2
Se pudéssemos definir qual a geração digital, provavelmente, teríamos de considerar os adultos jovens que hoje têm 25 anos, quase a idade da internet. Muitos jogos de videogames que faziam sucesso naquela época, como o Super Mario Bros produzido pela Nintendo, são ainda hoje a porta de entrada para as crianças na longa teia da rede mundial de computadores. A primeira mensagem SMS foi enviada em 1992, os sites começaram a surgir em 1995 e o programa de correio eletrônico Hotmail apareceu em 1998, quando essas crianças ainda estavam no ensino médio. Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas. Os primeiros sistemas de redes sociais, como o Orkut, apareceram em 2002 e o Skype, sistema de comunicação, é de 2003. O Youtube, que exibe filmes e vídeos, surgiu em 2005 e marcou o momento em que aqueles jovens estavam entrando para a universidade.
Esses jovens cresceram num universo paralelo ao dos pais e ao de muitos de seus professores. Foram construindo novos conceitos, mudando comportamentos [...] Os adolescentes de hoje fotografam tudo com seus sofisticados celulares, têm acesso a todas as informações nos seus computadores e sabem de tudo em tempo real. São ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, existe a queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, um paradoxal isolamento no meio da rede de tantos contatos e conexões e a falta de comunicação e do afeto nas famílias em que todos ficam "perdidos". “Com-viver” num mundo em constante e cada vez mais veloz transformação pode ocasionar riscos e problemas à saúde, durante uma fase de crescimento e desenvolvimento na qual talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas em pixels que formam confusões e também problemas de memória e de concentração.
Está se tornando frequente uma nova síndrome denominada de tecnoestresse. Ela se caracteriza pelo desejo incontrolável de verificar constantemente o correio eletrônico ou os programas de mensagens instantâneas como o MSN; de estar sempre atento ao toque do celular ou de brincar no computador ou dedilhar no celular em todos os momentos livres e, muitas vezes, ao mesmo tempo, nas multitarefas, induzindo a quadros de ansiedade generalizada.
Quanto ao corpo, os riscos à saúde produzidos por horas e horas diante do computador não são poucos. Podem ocorrer: fadiga ocular e ressecamento da conjuntiva (síndrome do olho seco), conjuntivites, infecções de córnea e dores de cabeça; Síndrome do Túnel do Carpo e Lesões do Esforço Repetitivo (LER); transtornos do sono com alterações significativas do humor, irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva e dificuldade de atenção; Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR); obesidade abdominal; transtornos posturais, sensação de dormência no pescoço, braço e mão, e as tenossinovites; uso de drogas e medicamentos oferecidos por meio de compras realizadas pelo computador; uso de drogas digitais, músicas e sons capazes de provocar sensações sensoriais ou efeitos mentais psicodélicos, inclusive crises convulsivas por estímulo luminoso do monitor ou epilepsia fotossensível, produzidos por ruídos e imagens estranhas em programas selecionados.
Mas, o mais preocupante são as redes de pornografia, de pedofilia e de exploração sexual digital, com aliciamento de crianças e adolescentes e a produção de material com cenas de sexo explícito envolvendo menores de 18 anos. [...] Infelizmente, crianças e adolescentes não são apenas vítimas, mas também têm figurado como algozes, com mais frequência, numa lista cada vez maior de delitos cibernéticos, como ameaça, instigação ao suicídio, cyberbullying e pornografia.
1Médica Psiquiatra pela UERJ; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da UFF.
2Presidente do Instituto Integral do Jovem (INJO).
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105>. Acesso em: 20 dez. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação.
O Texto tem como objetivo principal
TEXTO
Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes
Evelyn Eisenstein1
Susana B. Estefenon2
Se pudéssemos definir qual a geração digital, provavelmente, teríamos de considerar os adultos jovens que hoje têm 25 anos, quase a idade da internet. Muitos jogos de videogames que faziam sucesso naquela época, como o Super Mario Bros produzido pela Nintendo, são ainda hoje a porta de entrada para as crianças na longa teia da rede mundial de computadores. A primeira mensagem SMS foi enviada em 1992, os sites começaram a surgir em 1995 e o programa de correio eletrônico Hotmail apareceu em 1998, quando essas crianças ainda estavam no ensino médio. Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas. Os primeiros sistemas de redes sociais, como o Orkut, apareceram em 2002 e o Skype, sistema de comunicação, é de 2003. O Youtube, que exibe filmes e vídeos, surgiu em 2005 e marcou o momento em que aqueles jovens estavam entrando para a universidade.
Esses jovens cresceram num universo paralelo ao dos pais e ao de muitos de seus professores. Foram construindo novos conceitos, mudando comportamentos [...] Os adolescentes de hoje fotografam tudo com seus sofisticados celulares, têm acesso a todas as informações nos seus computadores e sabem de tudo em tempo real. São ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, existe a queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, um paradoxal isolamento no meio da rede de tantos contatos e conexões e a falta de comunicação e do afeto nas famílias em que todos ficam "perdidos". “Com-viver” num mundo em constante e cada vez mais veloz transformação pode ocasionar riscos e problemas à saúde, durante uma fase de crescimento e desenvolvimento na qual talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas em pixels que formam confusões e também problemas de memória e de concentração.
Está se tornando frequente uma nova síndrome denominada de tecnoestresse. Ela se caracteriza pelo desejo incontrolável de verificar constantemente o correio eletrônico ou os programas de mensagens instantâneas como o MSN; de estar sempre atento ao toque do celular ou de brincar no computador ou dedilhar no celular em todos os momentos livres e, muitas vezes, ao mesmo tempo, nas multitarefas, induzindo a quadros de ansiedade generalizada.
Quanto ao corpo, os riscos à saúde produzidos por horas e horas diante do computador não são poucos. Podem ocorrer: fadiga ocular e ressecamento da conjuntiva (síndrome do olho seco), conjuntivites, infecções de córnea e dores de cabeça; Síndrome do Túnel do Carpo e Lesões do Esforço Repetitivo (LER); transtornos do sono com alterações significativas do humor, irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva e dificuldade de atenção; Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR); obesidade abdominal; transtornos posturais, sensação de dormência no pescoço, braço e mão, e as tenossinovites; uso de drogas e medicamentos oferecidos por meio de compras realizadas pelo computador; uso de drogas digitais, músicas e sons capazes de provocar sensações sensoriais ou efeitos mentais psicodélicos, inclusive crises convulsivas por estímulo luminoso do monitor ou epilepsia fotossensível, produzidos por ruídos e imagens estranhas em programas selecionados.
Mas, o mais preocupante são as redes de pornografia, de pedofilia e de exploração sexual digital, com aliciamento de crianças e adolescentes e a produção de material com cenas de sexo explícito envolvendo menores de 18 anos. [...] Infelizmente, crianças e adolescentes não são apenas vítimas, mas também têm figurado como algozes, com mais frequência, numa lista cada vez maior de delitos cibernéticos, como ameaça, instigação ao suicídio, cyberbullying e pornografia.
1Médica Psiquiatra pela UERJ; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da UFF.
2Presidente do Instituto Integral do Jovem (INJO).
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105>. Acesso em: 20 dez. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação.
A intenção comunicativa principal do Texto é
TEXTO
Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes
Evelyn Eisenstein1
Susana B. Estefenon2
Se pudéssemos definir qual a geração digital, provavelmente, teríamos de considerar os adultos jovens que hoje têm 25 anos, quase a idade da internet. Muitos jogos de videogames que faziam sucesso naquela época, como o Super Mario Bros produzido pela Nintendo, são ainda hoje a porta de entrada para as crianças na longa teia da rede mundial de computadores. A primeira mensagem SMS foi enviada em 1992, os sites começaram a surgir em 1995 e o programa de correio eletrônico Hotmail apareceu em 1998, quando essas crianças ainda estavam no ensino médio. Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas. Os primeiros sistemas de redes sociais, como o Orkut, apareceram em 2002 e o Skype, sistema de comunicação, é de 2003. O Youtube, que exibe filmes e vídeos, surgiu em 2005 e marcou o momento em que aqueles jovens estavam entrando para a universidade.
Esses jovens cresceram num universo paralelo ao dos pais e ao de muitos de seus professores. Foram construindo novos conceitos, mudando comportamentos [...] Os adolescentes de hoje fotografam tudo com seus sofisticados celulares, têm acesso a todas as informações nos seus computadores e sabem de tudo em tempo real. São ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, existe a queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, um paradoxal isolamento no meio da rede de tantos contatos e conexões e a falta de comunicação e do afeto nas famílias em que todos ficam "perdidos". “Com-viver” num mundo em constante e cada vez mais veloz transformação pode ocasionar riscos e problemas à saúde, durante uma fase de crescimento e desenvolvimento na qual talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas em pixels que formam confusões e também problemas de memória e de concentração.
Está se tornando frequente uma nova síndrome denominada de tecnoestresse. Ela se caracteriza pelo desejo incontrolável de verificar constantemente o correio eletrônico ou os programas de mensagens instantâneas como o MSN; de estar sempre atento ao toque do celular ou de brincar no computador ou dedilhar no celular em todos os momentos livres e, muitas vezes, ao mesmo tempo, nas multitarefas, induzindo a quadros de ansiedade generalizada.
Quanto ao corpo, os riscos à saúde produzidos por horas e horas diante do computador não são poucos. Podem ocorrer: fadiga ocular e ressecamento da conjuntiva (síndrome do olho seco), conjuntivites, infecções de córnea e dores de cabeça; Síndrome do Túnel do Carpo e Lesões do Esforço Repetitivo (LER); transtornos do sono com alterações significativas do humor, irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva e dificuldade de atenção; Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR); obesidade abdominal; transtornos posturais, sensação de dormência no pescoço, braço e mão, e as tenossinovites; uso de drogas e medicamentos oferecidos por meio de compras realizadas pelo computador; uso de drogas digitais, músicas e sons capazes de provocar sensações sensoriais ou efeitos mentais psicodélicos, inclusive crises convulsivas por estímulo luminoso do monitor ou epilepsia fotossensível, produzidos por ruídos e imagens estranhas em programas selecionados.
Mas, o mais preocupante são as redes de pornografia, de pedofilia e de exploração sexual digital, com aliciamento de crianças e adolescentes e a produção de material com cenas de sexo explícito envolvendo menores de 18 anos. [...] Infelizmente, crianças e adolescentes não são apenas vítimas, mas também têm figurado como algozes, com mais frequência, numa lista cada vez maior de delitos cibernéticos, como ameaça, instigação ao suicídio, cyberbullying e pornografia.
1Médica Psiquiatra pela UERJ; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da UFF.
2Presidente do Instituto Integral do Jovem (INJO).
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105>. Acesso em: 20 dez. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação.
O uso do advérbio “provavelmente”, na primeira linha do Texto, evoca a ideia de
TEXTO
Geração digital: riscos das novas tecnologias para crianças e adolescentes
Evelyn Eisenstein1
Susana B. Estefenon2
Se pudéssemos definir qual a geração digital, provavelmente, teríamos de considerar os adultos jovens que hoje têm 25 anos, quase a idade da internet. Muitos jogos de videogames que faziam sucesso naquela época, como o Super Mario Bros produzido pela Nintendo, são ainda hoje a porta de entrada para as crianças na longa teia da rede mundial de computadores. A primeira mensagem SMS foi enviada em 1992, os sites começaram a surgir em 1995 e o programa de correio eletrônico Hotmail apareceu em 1998, quando essas crianças ainda estavam no ensino médio. Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas. Os primeiros sistemas de redes sociais, como o Orkut, apareceram em 2002 e o Skype, sistema de comunicação, é de 2003. O Youtube, que exibe filmes e vídeos, surgiu em 2005 e marcou o momento em que aqueles jovens estavam entrando para a universidade.
Esses jovens cresceram num universo paralelo ao dos pais e ao de muitos de seus professores. Foram construindo novos conceitos, mudando comportamentos [...] Os adolescentes de hoje fotografam tudo com seus sofisticados celulares, têm acesso a todas as informações nos seus computadores e sabem de tudo em tempo real. São ágeis, curiosos, informados e dominam a tecnologia. Mesmo assim, existe a queda do rendimento escolar, as dificuldades do diálogo, um paradoxal isolamento no meio da rede de tantos contatos e conexões e a falta de comunicação e do afeto nas famílias em que todos ficam "perdidos". “Com-viver” num mundo em constante e cada vez mais veloz transformação pode ocasionar riscos e problemas à saúde, durante uma fase de crescimento e desenvolvimento na qual talvez a maturação cerebral seja estimulada por tantas imagens coloridas em pixels que formam confusões e também problemas de memória e de concentração.
Está se tornando frequente uma nova síndrome denominada de tecnoestresse. Ela se caracteriza pelo desejo incontrolável de verificar constantemente o correio eletrônico ou os programas de mensagens instantâneas como o MSN; de estar sempre atento ao toque do celular ou de brincar no computador ou dedilhar no celular em todos os momentos livres e, muitas vezes, ao mesmo tempo, nas multitarefas, induzindo a quadros de ansiedade generalizada.
Quanto ao corpo, os riscos à saúde produzidos por horas e horas diante do computador não são poucos. Podem ocorrer: fadiga ocular e ressecamento da conjuntiva (síndrome do olho seco), conjuntivites, infecções de córnea e dores de cabeça; Síndrome do Túnel do Carpo e Lesões do Esforço Repetitivo (LER); transtornos do sono com alterações significativas do humor, irritabilidade, redução da capacidade intelectual e produtiva e dificuldade de atenção; Perda Auditiva Induzida pelo Ruído (PAIR); obesidade abdominal; transtornos posturais, sensação de dormência no pescoço, braço e mão, e as tenossinovites; uso de drogas e medicamentos oferecidos por meio de compras realizadas pelo computador; uso de drogas digitais, músicas e sons capazes de provocar sensações sensoriais ou efeitos mentais psicodélicos, inclusive crises convulsivas por estímulo luminoso do monitor ou epilepsia fotossensível, produzidos por ruídos e imagens estranhas em programas selecionados.
Mas, o mais preocupante são as redes de pornografia, de pedofilia e de exploração sexual digital, com aliciamento de crianças e adolescentes e a produção de material com cenas de sexo explícito envolvendo menores de 18 anos. [...] Infelizmente, crianças e adolescentes não são apenas vítimas, mas também têm figurado como algozes, com mais frequência, numa lista cada vez maior de delitos cibernéticos, como ameaça, instigação ao suicídio, cyberbullying e pornografia.
1Médica Psiquiatra pela UERJ; Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Neurologia e Neurociências da UFF.
2Presidente do Instituto Integral do Jovem (INJO).
Disponível em: <http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=105>. Acesso em: 20 dez. 2013. Texto adaptado para uso nesta avaliação.
Leia o fragmento a seguir retirado do Texto para responder à questão.
Em poucos anos, uma revolução, nem tão silenciosa, foi invadindo todas as casas e universidades e muitas escolas, inclusive públicas.
Considerando-se o registro formal da língua escrita e mantendo o sentido original, assinale o vocábulo que substitui, no trecho, a palavra “revolução”.