TEXTO V
[...]
O povo em São Saruê
tudo tem felicidade
passa bem anda decente
não há contrariedade
não precisa trabalhar
e tem dinheiro a vontade (sic)
Lá os tijolos das casas
são de cristal e marfim
as portas barra de prata
fechaduras de "rubim"
as telhas folhas de ouro
e o piso de cetim
Lá eu vi rios de leite
barreiras de carne assada
lagoas de mel de abelha
atoleiros de coalhada
açudes de vinho do porto
montes de carne guisada
As pedras em São Saruê
são de queijo e rapadura
as cacimbas são café
já coado e com quentura
de tudo assim por diante
existe grande fartura
Feijão lá nasce no mato
maduro e já cozinhado
o arroz nasce nas várzeas
já prontinho e dispolpado [sic]
peru nasce de escova
sem comer vive cevado
[...]
Com relação ao texto 5, evidencia-se
TEXTO III
[...]
Um dos tipos de fatores que produzem diferenças na fala de pessoas são externos à
língua. Os principais são os fatores geográficos, de classe, de idade, de sexo, de etnia, de
[3] profissão etc. Ou seja: as pessoas que moram em lugares diferentes acabam
caracterizando-se por falar de algum modo de maneira diferente em relação a outro grupo.
Pessoas que pertencem a classes sociais diferentes, do mesmo modo (e, de certa forma,
[6] pela mesma razão, a distância - só que esta é social) acabam caracterizando sua fala por
traços diversos em relação aos de outra classe. O mesmo vale para diferentes sexos,
idades, etnias, profissões. De uma forma um pouco simplificada: assim como certos grupos
[9] se caracterizam através de alguma marca (digamos, por utilizarem certos trajes, por terem
determinados hábitos etc.), também podem caracterizar-se por traços linguísticos.
[...]
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: ALB – Mercado Aberto, 2005. p.34.
TEXTO IV
Xaxado Chiado
Gabriel O Pensador / André Gomes
Eu botei o som na caixa e testei o microfone no capricho mas o som saiu chiado
Eu tentei fazer um xote, um chorinho ou um maxixe mas não sei quem foi que disse que o
[3] que eu fiz era xaxado
Ó xente, vixe! Um xaxado diferente, de repente tá chegando pra ficar
Resolvi dar um chegada lá no Sul pra mostrar o meu xaxado porque achei que lá embaixo
[6] iam gostar
Chinelo, chapéu, xampu
Enchi minha mochila e parti pro Sul
[9] Encaixei um toca-fitas no chevete e achei o meu cassete do Raul
Na estrada eu nem parei na lanchonete porque eu tinha pouco cash e esperei até chegar
Em território gaúcho só pra rechear o bucho de chuleta na chapa na churrascada de lá
[12] Ó xente, vixe! É o xaxado é o maxixe!
Não se avexe, chefe,chega nesse show só de chinfra
Ó xente, vixe! É o xaxado é o maxixe!
[15] Não se avexe, se mexe, meu chefe, chama na xinxa!
Uai, sô! Quem trem doido sô! Que som doido sô! Que troço doido é esse ?
Uai, sô! Que trem doido sô! Que som doido sô! Que trem bão!
[...]
Disponível em:http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/96120/xaxado-chiado. Acesso em: 08 jun. 2010
Com relação ao uso diferenciado da língua,
TEXTO III
[...]
Um dos tipos de fatores que produzem diferenças na fala de pessoas são externos à
língua. Os principais são os fatores geográficos, de classe, de idade, de sexo, de etnia, de
[3] profissão etc. Ou seja: as pessoas que moram em lugares diferentes acabam
caracterizando-se por falar de algum modo de maneira diferente em relação a outro grupo.
Pessoas que pertencem a classes sociais diferentes, do mesmo modo (e, de certa forma,
[6] pela mesma razão, a distância - só que esta é social) acabam caracterizando sua fala por
traços diversos em relação aos de outra classe. O mesmo vale para diferentes sexos,
idades, etnias, profissões. De uma forma um pouco simplificada: assim como certos grupos
[9] se caracterizam através de alguma marca (digamos, por utilizarem certos trajes, por terem
determinados hábitos etc.), também podem caracterizar-se por traços linguísticos.
[...]
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: ALB – Mercado Aberto, 2005. p.34.
TEXTO IV
Xaxado Chiado
Gabriel O Pensador / André Gomes
Eu botei o som na caixa e testei o microfone no capricho mas o som saiu chiado
Eu tentei fazer um xote, um chorinho ou um maxixe mas não sei quem foi que disse que o
[3] que eu fiz era xaxado
Ó xente, vixe! Um xaxado diferente, de repente tá chegando pra ficar
Resolvi dar um chegada lá no Sul pra mostrar o meu xaxado porque achei que lá embaixo
[6] iam gostar
Chinelo, chapéu, xampu
Enchi minha mochila e parti pro Sul
[9] Encaixei um toca-fitas no chevete e achei o meu cassete do Raul
Na estrada eu nem parei na lanchonete porque eu tinha pouco cash e esperei até chegar
Em território gaúcho só pra rechear o bucho de chuleta na chapa na churrascada de lá
[12] Ó xente, vixe! É o xaxado é o maxixe!
Não se avexe, chefe,chega nesse show só de chinfra
Ó xente, vixe! É o xaxado é o maxixe!
[15] Não se avexe, se mexe, meu chefe, chama na xinxa!
Uai, sô! Quem trem doido sô! Que som doido sô! Que troço doido é esse ?
Uai, sô! Que trem doido sô! Que som doido sô! Que trem bão!
[...]
Disponível em:http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/96120/xaxado-chiado. Acesso em: 08 jun. 2010
Quanto à coesão textual observada no texto 3,
TEXTO III
[...]
Um dos tipos de fatores que produzem diferenças na fala de pessoas são externos à
língua. Os principais são os fatores geográficos, de classe, de idade, de sexo, de etnia, de
[3] profissão etc. Ou seja: as pessoas que moram em lugares diferentes acabam
caracterizando-se por falar de algum modo de maneira diferente em relação a outro grupo.
Pessoas que pertencem a classes sociais diferentes, do mesmo modo (e, de certa forma,
[6] pela mesma razão, a distância - só que esta é social) acabam caracterizando sua fala por
traços diversos em relação aos de outra classe. O mesmo vale para diferentes sexos,
idades, etnias, profissões. De uma forma um pouco simplificada: assim como certos grupos
[9] se caracterizam através de alguma marca (digamos, por utilizarem certos trajes, por terem
determinados hábitos etc.), também podem caracterizar-se por traços linguísticos.
[...]
POSSENTI, Sírio. Por que (não) ensinar gramática na escola. Campinas: ALB – Mercado Aberto, 2005. p.34.
TEXTO IV
Xaxado Chiado
Gabriel O Pensador / André Gomes
Eu botei o som na caixa e testei o microfone no capricho mas o som saiu chiado
Eu tentei fazer um xote, um chorinho ou um maxixe mas não sei quem foi que disse que o
[3] que eu fiz era xaxado
Ó xente, vixe! Um xaxado diferente, de repente tá chegando pra ficar
Resolvi dar um chegada lá no Sul pra mostrar o meu xaxado porque achei que lá embaixo
[6] iam gostar
Chinelo, chapéu, xampu
Enchi minha mochila e parti pro Sul
[9] Encaixei um toca-fitas no chevete e achei o meu cassete do Raul
Na estrada eu nem parei na lanchonete porque eu tinha pouco cash e esperei até chegar
Em território gaúcho só pra rechear o bucho de chuleta na chapa na churrascada de lá
[12] Ó xente, vixe! É o xaxado é o maxixe!
Não se avexe, chefe,chega nesse show só de chinfra
Ó xente, vixe! É o xaxado é o maxixe!
[15] Não se avexe, se mexe, meu chefe, chama na xinxa!
Uai, sô! Quem trem doido sô! Que som doido sô! Que troço doido é esse ?
Uai, sô! Que trem doido sô! Que som doido sô! Que trem bão!
[...]
Disponível em:http://letras.terra.com.br/gabriel-pensador/96120/xaxado-chiado. Acesso em: 08 jun. 2010
Considerando o tema apresentado no texto 4, os autores,
TEXTO V
[...]
O povo em São Saruê
tudo tem felicidade
passa bem anda decente
não há contrariedade
não precisa trabalhar
e tem dinheiro a vontade (sic)
Lá os tijolos das casas
são de cristal e marfim
as portas barra de prata
fechaduras de "rubim"
as telhas folhas de ouro
e o piso de cetim
Lá eu vi rios de leite
barreiras de carne assada
lagoas de mel de abelha
atoleiros de coalhada
açudes de vinho do porto
montes de carne guisada
As pedras em São Saruê
são de queijo e rapadura
as cacimbas são café
já coado e com quentura
de tudo assim por diante
existe grande fartura
Feijão lá nasce no mato
maduro e já cozinhado
o arroz nasce nas várzeas
já prontinho e dispolpado [sic]
peru nasce de escova
sem comer vive cevado
[...]
Com relação ao ponto de vista expresso em cada um dos textos, é correto afirmar: