[Parece que] raramente a diversidade das culturas mostrou-se aos homens tal como ela é: um fenômeno natural, resultante das relações diretas ou indiretas entre as sociedades; viu-se nisto sempre uma espécie de monstruosidade ou escândalo [...]. A atitude mais antiga[...] consiste em repudiar pura e simplesmente a formas culturais, morais, religiosas, sociais, estéticas, que são as mais afastadas daquelas com as quais nos identificamos. “Hábitos de selvagens”, “na minha terra é diferente”, “não se deveria permitir isto”, etc. – tantas reações grosseiras que traduzem esse mesmo calafrio, essa mesma repulsa diante de maneiras de viver, crer ou pensar que nos são estranhas.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Raça e História. In: Antropologia estrutural II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1976, p.333.
Para Claude Lévi-Strauss, a diversidade cultural:
Observe as imagens a seguir e responda à questão.
A religião está presente em todas as culturas, relacionando a humanidade com a espiritualidade e os valores morais. Em nome de diversas manifestações religiosas, conflitos têm sido travados desde os tempos mais remotos até os dias atuais. Estudá-las, portanto, mostra-se fundamental para a compreensão da geopolítica mundial.
Sabendo que as imagens anteriores representam símbolos das religiões, assinale a alternativa que corresponde às religiões das imagens de 1 a 4, respectivamente.
No mesmo dia, nas primeiras horas da tarde, uma grande fábrica situada em Crosley foi atacada por eles [quebradores de máquinas]. O chefe da fábrica pôde, com ajuda de alguns vizinhos, rechaçar o ataque e salvar a fábrica por esta vez. Dois dos assaltantes morreram no lugar. Aquela gente se exasperou e jurou vingar-se. Assim, pois, passaram o domingo e a manhã de segunda reunindo fuzis e munições. Mineiros se juntaram então a 8 mil homens, [que] marcharam [...] até a fábrica de onde haviam sido rechaçados no sábado. Acharam ali sir Richard Clyton à frente de uma guarda de 50 inválidos. Que podia fazer com um punhado de homens contra esses milhares enraivecidos? Tiveram que se retirar [...] enquanto a multidão destruía de cima a baixo máquinas avaliadas em mais de 10 mil libras. Na terça pela manhã, ouvimos seus tambores a uma distância de duas milhas, pouco antes de abandonar Bolton. Sua intenção declarada era apoderar-se da cidade, depois de Manchester, Stockport, e daí marchar para Cromford para destruir máquinas não só nestes lugares como em toda a Inglaterra.
Carta de Josiah Wedgewood a Th. Bentley [1779]. In: Coletânea de documentos históricos para o 1º grau – 5ª a 8ª série. São Paulo: Secretaria da Educação, 1978. p. 89.
O movimento conhecido como ludismo, ou dos quebradores de máquinas, foi uma das principais formas de:
Leia com atenção aos textos a seguir:
TEXTO
Art. 2° É assegurada a todos a oportunidade de acesso à propriedade da terra, condicionada pela sua função social, na forma prevista nesta Lei.
§ 1° A propriedade da terra desempenha integralmente a sua função social quando, simultaneamente:
a) favorece o bem-estar dos proprietários e dos trabalhadores que nela labutam, assim como de suas famílias;
b) mantém níveis satisfatórios de produtividade;
c) assegura a conservação dos recursos naturais;
d) observa as disposições legais que regulam as justas relações de trabalho entre os que a possuem e a cultivem.
(Estatuto da Terra - LEI Nº 4.504, DE 30 DE NOVEMBRO DE 1964. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L4504.htm)
TEXTO:
Atentos aos mínimos detalhes, os fiscais do grupo móvel de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) vasculham propriedades rurais em todo o Brasil em busca de trabalhadores na chamada “situação análoga à escravidão”. Na lista dos mais de 240 itens a serem verificados estão o registro dos funcionários, os equipamentos de segurança, o pagamento de salários, as condições dos alojamentos e até o espaço entre as camas, que deve ser de no mínimo um metro. A busca é implacável. Tanto que só neste ano, foram cerca 1.692 autos de infração lavrados, que atingiram inclusive grandes grupos empresariais.
Revista Dinheiro Rural ed. 72 de out. 2010. Juliana Ribeiro – A Sombra da Escravidão no Campo Disponível em: http://dinheirorural.com.br/secao/agroeconomia/a-sombra-daescravidao-no-campo acessado em 01 de maio de 2016.
Sobre o tema abordado e seus conhecimentos acerca do assunto, assinale a alternativa correta:
TEXTO – INFÂNCIA ROUBADA
Não! O trabalho infantil não tem função formadora. Esse foi um mito criado para justificar a ausência de proteção da família e do Estado. É ingênuo acreditar que o ambiente de trabalho é adequado à formação de uma criança. O caráter de cada um de nós é forjado a partir de lições dadas no seio familiar e nos bancos de sala de aula.
Não se enganem: na maioria das vezes, aquele que contrata menores quer tão somente se valer da vulnerabilidade da criança e do adolescente para aproveitar-se dessa mão de obra barata, colocando em risco sua saúde e vida.
Nossas crianças não estão trabalhando em escritórios com ar condicionado e supervisão de profissionais treinados. Estão nas ruas, nos postos de gasolina, nas carvoarias, nos semáforos, nas oficinas mecânicas, no trabalho doméstico, nos estabelecimentos de lava a jato... expostas a toda sorte de violência moral, física e sexual. E o que há de formação nisso?
As verdadeiras lições que a criança retira do trabalho infantil são as de exclusão, de falta de perspectiva, de exploração mesmo. Lições essas que forma na verdade, uma criança revoltada, com baixa autoestima, pronta para, muitas vezes, afogar suas mágoas no mundo do crime organizado.
A construção de uma sociedade verdadeiramente solitária e cidadã pressupõe compaixão das gerações passadas para com as futuras, pressupõe que os adultos zelem pelos direitos de nossas crianças vulneráveis. A sociedade precisa se mobilizar, repudiar, e mesmo censurar aquele que se aproveita dessa mão de obra frágil.
Assim, lembrando do Dia Internacional de Combate ao Trabalho infantil (12 de junho), espera-se que nossa sociedade, em vez de compactuar com o trabalho de crianças e adolescentes, reivindique energicamente do Estado e das famílias o respeito ao direito a uma infância feliz, lúdica e com educação de qualidade.
Só assim, conseguiremos romper com ciclos de pobreza e empoderar nossas crianças do direito de construírem, futuramente, um projeto de vida próprio, calcado em um trabalho digno.
(SCHULZ, Suzane; BORGES, Vitor. Infância roubada. A Gazeta – Opinião, Vitória, 18 jun. 2015, p.17)
Ao produzir um texto, o autor estabelece determinados pressupostos presentes nas intenções que aparecem na superfície textual. Observe as assertivas:
I. Mostrar que o trabalho infantil não tem função formadora.
II. Expor que a construção de caráter do ser humano é papel da família e da escola.
III. Mostrar que o trabalho infantil leva, necessariamente, ao crime organizado.
IV. Expor que é papel da sociedade censurar condutas lesivas que se aproveitam da mão de obra infantil.
Assinale a alternativa correta.