Considere a tirinha de Laerte.
A tirinha aponta para uma situação anormal.
Tal situação se aproximaria da normalidade, caso houvesse uma terceira caixa associada a uma etiqueta com a palavra:
Leia o poema de Rubem Braga para responder à questão.
E quando nós saímos era a Lua,
Era o vento caído e o mar sereno
Azul e cinza azul anoitecendo
A tarde ruiva das amendoeiras.
E respiramos, livres das ardências
Do sol, que nos levara à sombra cauta
Tangidos pelo canto das cigarras
Dentro e fora de nós exasperadas.
Andamos em silêncio pela praia.
Nos corpos leves e levados ia
O sentimento do prazer cumprido.
Se mágoa me ficou na despedida,
Não fez mal que ficasse, nem doesse −
Era bem doce, perto das antigas.
(Livro de versos, 1998.)
O verbo sublinhado indica um fato pontual, ocorrido no passado, em:
Leia o início do conto “Músculos e nervos”, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.
Terminava a primeira parte do espetáculo, quando D. Olímpia entrou no circo, pelo braço do pai.
Havia grande enchente. O público vibrava ainda sob a impressão do último trabalho exibido, que devia ter sido maravilhoso, porque o entusiasmo explodia por toda a plateia e de todos os lados gritavam ferozmente: “Scott! À cena Scott!” Dois sujeitos de libré azul com alamares dourados conduziam para o interior do teatro um cavalo que acabava de servir. Muitos espectadores, de chapéu no alto da cabeça, estavam de pé e batiam com a bengala nas costas das cadeiras; as cocotes pareciam loucas e soltavam guinchos, que ninguém entendia; das galerias trovejava um barulho infernal, e, por entre aquela descarga atroadora, só o nome do idolatrado acrobata sobressaía, exclamado com delírio por mil vozes.
— Scott! Scott!
Olímpia sentiu-se aturdida; o pai, no íntimo, arrependia-se de lhe ter feito a vontade, consentindo em levá-la ao circo, mas o médico recomendara tanto que não a contrariassem... e ela havia mostrado tanto empenho no capricho de ir aquela noite ao Politeama...
De repente, um grito uníssono partiu da multidão. Estalaram as palmas com mais ímpetos; choveram chapéus; arremessaram-se leques e ramalhetes, Scott havia reaparecido.
— Bravo! Bravo, Scott!
E os aplausos recrudesceram ainda.
O ginasta, que entrara de carreira, parou em meio da arena, aprumou o corpo, sacudiu a cabeleira anelada, e, voltando-se para a direita e para a esquerda, atirava beijos, sorrindo, no meio daquela tempestade gloriosa.
(Demônios, 2007.)
“De repente, um grito uníssono partiu da multidão. Estalaram as palmas com mais ímpetos; choveram chapéus; arremessaram-se leques e ramalhetes, Scott havia reaparecido.” (5° parágrafo)
A palavra sublinhada tem o sentido equivalente ao de:
Leia o início do conto “Músculos e nervos”, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.
Terminava a primeira parte do espetáculo, quando D. Olímpia entrou no circo, pelo braço do pai.
Havia grande enchente. O público vibrava ainda sob a impressão do último trabalho exibido, que devia ter sido maravilhoso, porque o entusiasmo explodia por toda a plateia e de todos os lados gritavam ferozmente: “Scott! À cena Scott!” Dois sujeitos de libré azul com alamares dourados conduziam para o interior do teatro um cavalo que acabava de servir. Muitos espectadores, de chapéu no alto da cabeça, estavam de pé e batiam com a bengala nas costas das cadeiras; as cocotes pareciam loucas e soltavam guinchos, que ninguém entendia; das galerias trovejava um barulho infernal, e, por entre aquela descarga atroadora, só o nome do idolatrado acrobata sobressaía, exclamado com delírio por mil vozes.
— Scott! Scott!
Olímpia sentiu-se aturdida; o pai, no íntimo, arrependia-se de lhe ter feito a vontade, consentindo em levá-la ao circo, mas o médico recomendara tanto que não a contrariassem... e ela havia mostrado tanto empenho no capricho de ir aquela noite ao Politeama...
De repente, um grito uníssono partiu da multidão. Estalaram as palmas com mais ímpetos; choveram chapéus; arremessaram-se leques e ramalhetes, Scott havia reaparecido.
— Bravo! Bravo, Scott!
E os aplausos recrudesceram ainda.
O ginasta, que entrara de carreira, parou em meio da arena, aprumou o corpo, sacudiu a cabeleira anelada, e, voltando-se para a direita e para a esquerda, atirava beijos, sorrindo, no meio daquela tempestade gloriosa.
(Demônios, 2007.)
“O público vibrava ainda sob a impressão do último trabalho exibido, que devia ter sido maravilhoso, porque o entusiasmo explodia por toda a plateia e de todos os lados gritavam ferozmente” (2° parágrafo)
No contexto em que está inserido, o termo sublinhado introduz uma oração
Leia o início do conto “Músculos e nervos”, de Aluísio Azevedo, para responder à questão.
Terminava a primeira parte do espetáculo, quando D. Olímpia entrou no circo, pelo braço do pai.
Havia grande enchente. O público vibrava ainda sob a impressão do último trabalho exibido, que devia ter sido maravilhoso, porque o entusiasmo explodia por toda a plateia e de todos os lados gritavam ferozmente: “Scott! À cena Scott!” Dois sujeitos de libré azul com alamares dourados conduziam para o interior do teatro um cavalo que acabava de servir. Muitos espectadores, de chapéu no alto da cabeça, estavam de pé e batiam com a bengala nas costas das cadeiras; as cocotes pareciam loucas e soltavam guinchos, que ninguém entendia; das galerias trovejava um barulho infernal, e, por entre aquela descarga atroadora, só o nome do idolatrado acrobata sobressaía, exclamado com delírio por mil vozes.
— Scott! Scott!
Olímpia sentiu-se aturdida; o pai, no íntimo, arrependia-se de lhe ter feito a vontade, consentindo em levá-la ao circo, mas o médico recomendara tanto que não a contrariassem... e ela havia mostrado tanto empenho no capricho de ir aquela noite ao Politeama...
De repente, um grito uníssono partiu da multidão. Estalaram as palmas com mais ímpetos; choveram chapéus; arremessaram-se leques e ramalhetes, Scott havia reaparecido.
— Bravo! Bravo, Scott!
E os aplausos recrudesceram ainda.
O ginasta, que entrara de carreira, parou em meio da arena, aprumou o corpo, sacudiu a cabeleira anelada, e, voltando-se para a direita e para a esquerda, atirava beijos, sorrindo, no meio daquela tempestade gloriosa.
(Demônios, 2007.)
“Dois sujeitos de libré azul com alamares dourados conduziam para o interior do teatro um cavalo que acabava de servir.” (2° parágrafo)
Transpondo-se para a voz passiva a oração centrada no verbo sublinhando, surge a forma verbal:
Leia o texto de Nílson José Machado para responder à questão.
Uma imagem comum para representar o que é o conhecimento é a do iceberg. Nesse caso, a ideia norteadora é a de que nosso conhecimento sobre qualquer tema é sempre apenas parcialmente explícito, ou passível de explicitação, sendo, na maior parte, tácito, subjazendo como a parte submersa de um iceberg. Cada um de nós sempre sabe muito mais, sobre qualquer assunto, do que aquilo que consegue explicitar, expressar em palavras. Os mecanismos da percepção são muito mais ricos e complexos do que imaginam as simplificadas teorias baseadas em associações do tipo estímulo e resposta. Também como docentes, sempre ensinamos muito mais do que pretendemos explicitamente, para o bem e para o mal, servindo tacitamente de exemplo ou de contraexemplo. A parte submersa do conhecimento de que dispomos, que aprendemos ou que ensinamos é, no entanto, absolutamente fundamental para sustentar o que conseguimos explicar. A educação escolar formal seria sempre orientada pela busca de uma ampliação na capacidade de explicitação. Um adulto não escolarizado sabe muitas coisas, mas busca na escola o desenvolvimento de tal capacidade. Como seres humanos, nosso conhecimento pessoal sempre estaria representado por estes dois domínios fundamentais: o tácito1 e o explícito. Articulá-los, arquitetando estratégias de emergência do tácito, seria função precípua2 do trabalho escolar. Mas sabemos que nunca será possível explicitar tudo o que se conhece. Assim como em cada pessoa convivem e articulam-se as dimensões consciente e inconsciente, também estamos “condenados” a um permanente ir e vir entre o que se sabe tacitamente, o que se incorporou por meio de vivências, hábitos e estratégias culturais e o conhecimento de que precisamos dar “provas” explícitas nos processos de avaliação.
(Conhecimento e valor, 2004. Adaptado.)
1 tácito: aquilo que não é expresso, que não é dito.
2 precípuo: mais importante, principal.
“Articulá-los, arquitetando estratégias de emergência do tácito, seria função precípua do trabalho escolar.”
No contexto em que está inserido, o segmento sublinhado tem sentido equivalente a: