Sobre o frei Gaspar de Carvajal, que foi o cronista da expedição de Francisco Orellana, no século XVI, pesa a acusação de ter “inventado” as amazonas. Entretanto, o documento que produziu parece-nos possuir, nas demais partes, o mérito de ser um relato fiel dos costumes dos índios da região antes que a colonização os modificasse. A situação é diferente do que se observa na atualidade, pois esses cronistas de hoje, não se pode confiar neles.
A figura de sintaxe ou de construção que se observa no último período do texto acima se chama:
A superstição é antiquada. Até a época em que um grande imperador, com a educação de seu povo, conseguiu a obra maravilhosa da transformação do Japão em menos de meio século, espíritos bem intencionados, mas ingênuos, deixavam-se dominar pela noção anatômica da caracterização mental das raças.
Erro quase velho, verdade já não muito nova, desarvorado jaz o critério dessa decadente teoria biológica, etnográfica, social.
Sobre todas as influências – mesológicas e intrínsecas – na caracterização, diferenciação e aperfeiçoamento das raças, só uma prevalece irrefutável: a psicológica, que dignifica os povos civilizados. Dominam-se pela inteligência os fatores anatômicos, étnicos, atávicos.
(LIMA, Araújo. Amazônia, a terra e o homem. Texto adaptado.)
Assinale a opção que NÃO expressa a verdade em relação a processos de construção do texto:
É impossível estudar a Amazônia sem que se dê atenção à cultura dos caboclos, que são a fusão, em teoria, dos brancos com os índios. Porém, não se pense que se deva estudá-los como um exotismo. E não nos enganemos achando que essa gente permanece sem estar “antenada” com o mundo: vivem com um pé na tradição e outro na modernidade. Da tradição, observamos que ainda conservam o imaginário simbólico, o imaginário secular, o imaginário próprio da floresta. Quanto à modernidade, essa se expressa, dentre outras coisas, pelo crescente grau de escolaridade.
No terceiro período (que tem início com “E não nos enganemos”) e no quarto (que começa com “Da tradição”), observamos, respectivamente, as seguintes figuras de sintaxe ou de construção:
As Memórias póstumas de Brás Cubas é uma famosa obra de Machado de Assis e Grande Sertão: Veredas é o livro máximo de João Guimarães Rosa. Ambas são obras monstro da literatura brasileira. Os anos passam e um contingente cada vez maior de leitores admira essas obras-primas, equivalentes, em qualidade, às antigas epopeias greco-romanas, o que é motivo de orgulho para o povo e a cultura brasileira. Infelizmente, a futilidade dos tempos modernos não dá a esses livros toda a importância que merecem. No meu caso particular, porém, digo que tenho bastante livros, mas esses dois possuem a primazia de ser os primeiros.
(NEPOMUCENO, Ari. Lendo a literatura brasileira. Texto adaptado.)
O texto acima apresenta um ERRO de concordância, que pode ser verificado em:
Contrariamente ao que se pensa na atualidade, a cerâmica indígena amazônica, nos tempos précolombianos, era artística e muito resistente ao fogo. Conforme relataram os primeiros cronistas e confirmam os historiadores, nas tribos era difícil de encontrar alguém sem habilidade para trabalhar o barro. Nenhum indivíduo se mostrava avesso para fazer vasilhas e, dessa maneira, colaborar com o coletivo, o que tornava cada habitante digno de integrar o corpo social. Por isso, é bom evitar os julgamentos estereotipados e, antes de emitir juízos de valor sobre qualquer assunto, fazer consultas aos especialistas.
O texto acima apresenta uma regência nominal IMPRÓPRIA, o que pode ser verificado em:
A espécie humana, desde há muito, aspira o conhecimento do cosmos. No momento, embora travada por crises econômicas diversas, prossegue a corrida espacial. Na verdade, poderíamos dizer que assistimos nova escalada no rumo das estrelas. Cada nova descoberta – de planetas, estrelas, galáxias – implica em novas deduções, em novas esperanças de, quem sabe, encontrarmos vida complexa fora da Terra. Entretanto, nunca podemos esquecer das longas distâncias que, aliadas à pequenez e à insignificância do homem, tornam quase impossível o sonho das viagens intergalácticas. Vale a pena perguntar se não seria melhor preferirmos nosso planeta do que vagar pela imensidão em busca do improvável.
No texto acima, a regência verbal corretamente empregada é: