Em agosto de 2020, a descoberta de uma vacina para a COVID-19 estava levando os presidentes dos EUA, Donald Trump, e da Rússia, Vladimir Putin, a passarem por cima de protocolos científicos rigorosos para anunciar o quanto antes a cura da doença. Ambos deram declarações e tomaram atitudes que despertaram a preocupação de que etapas de verificação da segurança de novas drogas fossem abreviadas na busca pela primazia de um anúncio aguardado no mundo todo.
(www.nexojornal.com.br, 24.08.2020. Adaptado.)
A disputa de EUA e Rússia em torno da vacina contra a COVID-19 remete a outras controvérsias no passado, por exemplo,
O Império Romano, após a profunda crise do século III, tentou a sobrevivência através do estabelecimento de novas estruturas, que não impediram (e algumas até mesmo aceleraram) sua decadência, mas que permaneceriam vigentes por séculos. Foi o caso, por exemplo, do caráter sagrado da monarquia, da aceitação de germanos no exército imperial, da petrificação da hierarquia social, do crescente fiscalismo sobre o campo, do desenvolvimento de uma nova espiritualidade.
(Hilário Franco Junior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
O texto apresenta alguns elementos que se aprofundaram nos dois séculos seguintes e caracterizaram a transição entre
A exploração de ouro nas Minas Gerais, entre a última década do século XVII e a metade do século XVIII,
O Estado que começava a se organizar depois de atingida a independência [na América espanhola] assumiu como tarefa destruir a velha ordem colonial.
(Maria Ligia Prado. A formação das nações latino-americanas, 1985.)
A destruição da “velha ordem colonial” envolvia a
A República procurou converter Canudos num grande exemplo: um exemplo da barbárie contra a civilização; do atraso contra a modernidade. [...] Havia mesmo um abismo entre as diferentes partes do país, e era premente o alerta para que as elites intelectuais e políticas olhassem, finalmente, para seu interior.
(Lilia M. Schwarcz e Heloisa M. Starling. Brasil: uma biografia, 2018.)
A partir do texto e de conhecimentos sobre Canudos, é possível associar este movimento à
O pan-africanismo era um movimento político, filosófico e social que pressupunha a união identitária e política de todos aqueles que estivessem vinculados à África, fossem eles africanos ou seus descendentes.
(Ynaê Lopes dos Santos. História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
Na primeira metade do século XX, o movimento pan-africanista assumiu diversas feições e tarefas.
Dentre elas, pode-se destacar a luta pela