Considere o excerto a seguir para responder à questão.
Clementina de Jesus
(Valença, RJ, 1901 – Rio de Janeiro, RJ, 1987)
“Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé, carregava consigo os banzos de seus ancestrais, transformados em cantos, encantos e segredos nos jongos, no partido-alto e nas curimbas que cantava. Diferentemente das conhecidas e famosas “divas do rádio” que brilharam na primeira metade do século XX, a cantora negra tinha um timbre de voz grave, mas com grande extensão e um repertório de músicas afro-brasileiras tradicionais.
Nascida na cidade de Valença (RJ), região do Vale do Paraíba, tradicional reduto de jongueiros, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e de Paulo Batista dos Santos, capoeira e violeiro da região. Uma de suas avós chamava-se Teresa Mina. A pequena Clementina viveu a infância na cidade natal, ouvindo sua mãe cantar enquanto lavava as roupas à beira do rio. Assim foi guardando na memória tesouros que mais tarde gravaria em discos. Aos sete anos veio com a família para a cidade do Rio de Janeiro, bairro de Oswaldo Cruz, onde mais tarde surgiria a tradicional Escola de Samba Portela. Lá frequentou em regime semi-interno o Orfanato Santo Antônio e “Cresceu assim num misticismo estranho: vendo a mãe rezar em jejê nagô e cantar num dialeto provavelmente iorubano, e ao mesmo tempo apegada à crença católica.” (Hermínio Bello de Carvalho).
(Museu Afrobrasil. Disponível emhttp://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/ hist%C3%B3ria-e-mem%C3%B3ria/historia-ememoria/2014/07/17/clementina-de-jesus).
Os gêneros textuais existem em função das nossas necessidades comunicativas e se diferenciam, entre outros aspectos, de acordo com a situação de comunicação.
Levando em conta essa informação e considerando a estrutura e o conteúdo que apresenta, o excerto de Hermínio Bello de Carvalho pode ser considerado:
Considere o excerto a seguir para responder à questão.
Clementina de Jesus
(Valença, RJ, 1901 – Rio de Janeiro, RJ, 1987)
“Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé, carregava consigo os banzos de seus ancestrais, transformados em cantos, encantos e segredos nos jongos, no partido-alto e nas curimbas que cantava. Diferentemente das conhecidas e famosas “divas do rádio” que brilharam na primeira metade do século XX, a cantora negra tinha um timbre de voz grave, mas com grande extensão e um repertório de músicas afro-brasileiras tradicionais.
Nascida na cidade de Valença (RJ), região do Vale do Paraíba, tradicional reduto de jongueiros, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e de Paulo Batista dos Santos, capoeira e violeiro da região. Uma de suas avós chamava-se Teresa Mina. A pequena Clementina viveu a infância na cidade natal, ouvindo sua mãe cantar enquanto lavava as roupas à beira do rio. Assim foi guardando na memória tesouros que mais tarde gravaria em discos. Aos sete anos veio com a família para a cidade do Rio de Janeiro, bairro de Oswaldo Cruz, onde mais tarde surgiria a tradicional Escola de Samba Portela. Lá frequentou em regime semi-interno o Orfanato Santo Antônio e “Cresceu assim num misticismo estranho: vendo a mãe rezar em jejê nagô e cantar num dialeto provavelmente iorubano, e ao mesmo tempo apegada à crença católica.” (Hermínio Bello de Carvalho).
(Museu Afrobrasil. Disponível emhttp://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/ hist%C3%B3ria-e-mem%C3%B3ria/historia-ememoria/2014/07/17/clementina-de-jesus).
Em “Nascida na cidade de Valença (RJ), região do Vale do Paraíba, tradicional reduto de jongueiros, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e de Paulo Batista dos Santos, capoeira e violeiro da região.
Uma de suas avós chamava-se Teresa Mina”, o trecho em destaque é:
Considere o excerto a seguir para responder à questão.
Clementina de Jesus
(Valença, RJ, 1901 – Rio de Janeiro, RJ, 1987)
“Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa. Conhecida como Rainha Quelé, carregava consigo os banzos de seus ancestrais, transformados em cantos, encantos e segredos nos jongos, no partido-alto e nas curimbas que cantava. Diferentemente das conhecidas e famosas “divas do rádio” que brilharam na primeira metade do século XX, a cantora negra tinha um timbre de voz grave, mas com grande extensão e um repertório de músicas afro-brasileiras tradicionais.
Nascida na cidade de Valença (RJ), região do Vale do Paraíba, tradicional reduto de jongueiros, Clementina era filha da parteira Amélia de Jesus dos Santos e de Paulo Batista dos Santos, capoeira e violeiro da região. Uma de suas avós chamava-se Teresa Mina. A pequena Clementina viveu a infância na cidade natal, ouvindo sua mãe cantar enquanto lavava as roupas à beira do rio. Assim foi guardando na memória tesouros que mais tarde gravaria em discos. Aos sete anos veio com a família para a cidade do Rio de Janeiro, bairro de Oswaldo Cruz, onde mais tarde surgiria a tradicional Escola de Samba Portela. Lá frequentou em regime semi-interno o Orfanato Santo Antônio e “Cresceu assim num misticismo estranho: vendo a mãe rezar em jejê nagô e cantar num dialeto provavelmente iorubano, e ao mesmo tempo apegada à crença católica.” (Hermínio Bello de Carvalho).
(Museu Afrobrasil. Disponível emhttp://www.museuafrobrasil.org.br/pesquisa/ hist%C3%B3ria-e-mem%C3%B3ria/historia-ememoria/2014/07/17/clementina-de-jesus).
Em “Sambista fluminense, dona de uma voz inconfundível, potente e ancestral, Clementina de Jesus foi a síntese do Brasil, expressão de um país de forte herança africana e de singular formação religiosa”, a palavra em destaque é acentuada por ser:
Considere o excerto a seguir para responder à questão.
O que é o jongo?
O jongo é uma prática com versos, dança, ritmos e crenças africanas, originalmente cultivada pelos escravos nas fazendas de café do Vale do Paraíba, durante o período colonial. Os senhores de escravos achavam que era só festa, mas os versos dos(as) jongueiros(as) traziam mensagens que só eles(as) entendiam, com alusão às entidades (espíritos dos “pretos velhos”) e protestos, por exemplo. Com o fim da escravidão, sem uma política de distribuição de terras, muitos(as) negros(as) foram morar nas áreas mais periféricas do Rio de Janeiro, como os morros de São Carlos, Salgueiro, Mangueira e Serrinha, e lá mantiveram essa tradição. Na medida em que eles(as) foram morrendo, o jongo foi desaparecendo. Na Serrinha, o músico Darcy Monteiro, filho de Pedro Monteiro e da mãe de santo e jongueira Vovó Maria Joana Rezadeira, passou a ensinar a dança para as crianças e levou o jongo para os palcos de teatros do Brasil e do exterior. Para alguns, ele salvou o jongo do desaparecimento; para outros, desrespeitou a tradição”.
(BALTHASAR; GOULART. Singular & Plural: leitura, produção e estudos de linguagem. São Paulo: Moderna, 2018).
O trecho “Com o fim da escravidão, sem uma política de distribuição de terras, muitos(as) negros(as) foram morar nas áreas mais periféricas do Rio de Janeiro, como os morros de São Carlos, Salgueiro, Mangueira e Serrinha, e lá mantiveram essa tradição” poderia ser reescrito, sem alteração de sentido na alternativa:
Considere o excerto a seguir para responder à questão.
O que é o jongo?
O jongo é uma prática com versos, dança, ritmos e crenças africanas, originalmente cultivada pelos escravos nas fazendas de café do Vale do Paraíba, durante o período colonial. Os senhores de escravos achavam que era só festa, mas os versos dos(as) jongueiros(as) traziam mensagens que só eles(as) entendiam, com alusão às entidades (espíritos dos “pretos velhos”) e protestos, por exemplo. Com o fim da escravidão, sem uma política de distribuição de terras, muitos(as) negros(as) foram morar nas áreas mais periféricas do Rio de Janeiro, como os morros de São Carlos, Salgueiro, Mangueira e Serrinha, e lá mantiveram essa tradição. Na medida em que eles(as) foram morrendo, o jongo foi desaparecendo. Na Serrinha, o músico Darcy Monteiro, filho de Pedro Monteiro e da mãe de santo e jongueira Vovó Maria Joana Rezadeira, passou a ensinar a dança para as crianças e levou o jongo para os palcos de teatros do Brasil e do exterior. Para alguns, ele salvou o jongo do desaparecimento; para outros, desrespeitou a tradição”.
(BALTHASAR; GOULART. Singular & Plural: leitura, produção e estudos de linguagem. São Paulo: Moderna, 2018).
Em “Para alguns, ele salvou o jongo do desaparecimento; para outros, desrespeitou a tradição”, o pronome destacado retoma qual termo do período que o antecede?
Sabendo que o fenômeno conhecido como crase é a fusão da preposição (a) com o artigo feminino (a), indique a opção em que o acento indicador da crase foi corretamente empregado.