Sobre praças e parques
Sílvio Oksman
Qual é a diferença entre um parque e uma praça? O que faz com que um local seja chamado de um jeito ou de outro? Há lugar que já foi parque e hoje é praça; e vice-versa. Tem praça verde, praça seca, parque com grade, parque sem grade. A questão não é nome, mas o que esses lugares oferecem como espaço público.
Público? Pensemos sobre uma metrópole como São Paulo. O novo prefeito quer privatizar e a sociedade cada vez mais exige áreas de uso comum de qualidade. Zonas de livre acesso, das quais todos possam usufruir, onde o convívio entre diferentes seja possível: crianças, idosos, skatistas, bebês, mendigos, o simples passante que para com a intenção de descansar ou o grupo de adolescentes saindo da escola.
A questão principal é que ainda precisamos aprender a partilhar esses ambientes – é o que vai fazer com que eles se qualifiquem. Logo, a apropriação por parte dos usuários é a única possibilidade.
Se a gestão vai ser do governo ou privada, já é outra discussão. Se essa administração deixar o acesso liberado, não segregar ninguém e mantiver tudo muito bem cuidado, por que não dividir as contas? Não se trata de vender espaço público. Até porque, se a iniciativa particular não cuidar direito, a prefeitura passa para outro candidato. Um bom exemplo? O High Line, em Nova York, tão divulgado no mundo inteiro, é privado – e, além de sua qualidade excepcional, foi capaz ainda de gerar recursos para a prefeitura. Tudo depende da regulação, a qual deve ser bem definida. Caso contrário, o encarregado pode atuar conforme o seu interesse e isso, definitivamente, não será em favor de todos.
Estamos tão carentes de áreas abertas que acabamos ocupando pontos sem mínimas virtudes para o lazer. Pobres de nós, que precisamos brigar para utilizar uma pista elevada de asfalto, sem sombra, sem mobiliário urbano adequado e achar que está tudo bem. Não, não está!
Arquitetura e construção, jan. 2017, p. 98. (O autor é arquiteto, professor, mestre e doutorando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo).
Na frase: “Tem praça verde, praça seca, parque com grade, parque sem grade”, as vírgulas separam
Sobre praças e parques
Sílvio Oksman
Qual é a diferença entre um parque e uma praça? O que faz com que um local seja chamado de um jeito ou de outro? Há lugar que já foi parque e hoje é praça; e vice-versa. Tem praça verde, praça seca, parque com grade, parque sem grade. A questão não é nome, mas o que esses lugares oferecem como espaço público.
Público? Pensemos sobre uma metrópole como São Paulo. O novo prefeito quer privatizar e a sociedade cada vez mais exige áreas de uso comum de qualidade. Zonas de livre acesso, das quais todos possam usufruir, onde o convívio entre diferentes seja possível: crianças, idosos, skatistas, bebês, mendigos, o simples passante que para com a intenção de descansar ou o grupo de adolescentes saindo da escola.
A questão principal é que ainda precisamos aprender a partilhar esses ambientes – é o que vai fazer com que eles se qualifiquem. Logo, a apropriação por parte dos usuários é a única possibilidade.
Se a gestão vai ser do governo ou privada, já é outra discussão. Se essa administração deixar o acesso liberado, não segregar ninguém e mantiver tudo muito bem cuidado, por que não dividir as contas? Não se trata de vender espaço público. Até porque, se a iniciativa particular não cuidar direito, a prefeitura passa para outro candidato. Um bom exemplo? O High Line, em Nova York, tão divulgado no mundo inteiro, é privado – e, além de sua qualidade excepcional, foi capaz ainda de gerar recursos para a prefeitura. Tudo depende da regulação, a qual deve ser bem definida. Caso contrário, o encarregado pode atuar conforme o seu interesse e isso, definitivamente, não será em favor de todos.
Estamos tão carentes de áreas abertas que acabamos ocupando pontos sem mínimas virtudes para o lazer. Pobres de nós, que precisamos brigar para utilizar uma pista elevada de asfalto, sem sombra, sem mobiliário urbano adequado e achar que está tudo bem. Não, não está!
Arquitetura e construção, jan. 2017, p. 98. (O autor é arquiteto, professor, mestre e doutorando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo).
A leitura do texto permite realizar a(s) seguinte(s) inferência(s):
I. espaços urbanos de lazer são necessários, independentemente de serem públicos ou privados.
II. o usuário de ambientes de lazer é descuidado com sua preservação.
III. para bem usufruir dos parques e praças é conveniente saber a diferença entre eles.
IV. a privatização de espaços públicos pode ser viável, desde que bem administrada e compromissada com a inclusão de todos os segmentos sociais.
Está correto apenas o que se afirma em:
Sobre praças e parques
Sílvio Oksman
Qual é a diferença entre um parque e uma praça? O que faz com que um local seja chamado de um jeito ou de outro? Há lugar que já foi parque e hoje é praça; e vice-versa. Tem praça verde, praça seca, parque com grade, parque sem grade. A questão não é nome, mas o que esses lugares oferecem como espaço público.
Público? Pensemos sobre uma metrópole como São Paulo. O novo prefeito quer privatizar e a sociedade cada vez mais exige áreas de uso comum de qualidade. Zonas de livre acesso, das quais todos possam usufruir, onde o convívio entre diferentes seja possível: crianças, idosos, skatistas, bebês, mendigos, o simples passante que para com a intenção de descansar ou o grupo de adolescentes saindo da escola.
A questão principal é que ainda precisamos aprender a partilhar esses ambientes – é o que vai fazer com que eles se qualifiquem. Logo, a apropriação por parte dos usuários é a única possibilidade.
Se a gestão vai ser do governo ou privada, já é outra discussão. Se essa administração deixar o acesso liberado, não segregar ninguém e mantiver tudo muito bem cuidado, por que não dividir as contas? Não se trata de vender espaço público. Até porque, se a iniciativa particular não cuidar direito, a prefeitura passa para outro candidato. Um bom exemplo? O High Line, em Nova York, tão divulgado no mundo inteiro, é privado – e, além de sua qualidade excepcional, foi capaz ainda de gerar recursos para a prefeitura. Tudo depende da regulação, a qual deve ser bem definida. Caso contrário, o encarregado pode atuar conforme o seu interesse e isso, definitivamente, não será em favor de todos.
Estamos tão carentes de áreas abertas que acabamos ocupando pontos sem mínimas virtudes para o lazer. Pobres de nós, que precisamos brigar para utilizar uma pista elevada de asfalto, sem sombra, sem mobiliário urbano adequado e achar que está tudo bem. Não, não está!
Arquitetura e construção, jan. 2017, p. 98. (O autor é arquiteto, professor, mestre e doutorando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo).
A intenção comunicativa do artigo “Sobre praças e parques” é focalizar
Sobre praças e parques
Sílvio Oksman
Qual é a diferença entre um parque e uma praça? O que faz com que um local seja chamado de um jeito ou de outro? Há lugar que já foi parque e hoje é praça; e vice-versa. Tem praça verde, praça seca, parque com grade, parque sem grade. A questão não é nome, mas o que esses lugares oferecem como espaço público.
Público? Pensemos sobre uma metrópole como São Paulo. O novo prefeito quer privatizar e a sociedade cada vez mais exige áreas de uso comum de qualidade. Zonas de livre acesso, das quais todos possam usufruir, onde o convívio entre diferentes seja possível: crianças, idosos, skatistas, bebês, mendigos, o simples passante que para com a intenção de descansar ou o grupo de adolescentes saindo da escola.
A questão principal é que ainda precisamos aprender a partilhar esses ambientes – é o que vai fazer com que eles se qualifiquem. Logo, a apropriação por parte dos usuários é a única possibilidade.
Se a gestão vai ser do governo ou privada, já é outra discussão. Se essa administração deixar o acesso liberado, não segregar ninguém e mantiver tudo muito bem cuidado, por que não dividir as contas? Não se trata de vender espaço público. Até porque, se a iniciativa particular não cuidar direito, a prefeitura passa para outro candidato. Um bom exemplo? O High Line, em Nova York, tão divulgado no mundo inteiro, é privado – e, além de sua qualidade excepcional, foi capaz ainda de gerar recursos para a prefeitura. Tudo depende da regulação, a qual deve ser bem definida. Caso contrário, o encarregado pode atuar conforme o seu interesse e isso, definitivamente, não será em favor de todos.
Estamos tão carentes de áreas abertas que acabamos ocupando pontos sem mínimas virtudes para o lazer. Pobres de nós, que precisamos brigar para utilizar uma pista elevada de asfalto, sem sombra, sem mobiliário urbano adequado e achar que está tudo bem. Não, não está!
Arquitetura e construção, jan. 2017, p. 98. (O autor é arquiteto, professor, mestre e doutorando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo).
Em qual alternativa a classe gramatical do termo destacado está corretamente indicada?
Sobre praças e parques
Sílvio Oksman
Qual é a diferença entre um parque e uma praça? O que faz com que um local seja chamado de um jeito ou de outro? Há lugar que já foi parque e hoje é praça; e vice-versa. Tem praça verde, praça seca, parque com grade, parque sem grade. A questão não é nome, mas o que esses lugares oferecem como espaço público.
Público? Pensemos sobre uma metrópole como São Paulo. O novo prefeito quer privatizar e a sociedade cada vez mais exige áreas de uso comum de qualidade. Zonas de livre acesso, das quais todos possam usufruir, onde o convívio entre diferentes seja possível: crianças, idosos, skatistas, bebês, mendigos, o simples passante que para com a intenção de descansar ou o grupo de adolescentes saindo da escola.
A questão principal é que ainda precisamos aprender a partilhar esses ambientes – é o que vai fazer com que eles se qualifiquem. Logo, a apropriação por parte dos usuários é a única possibilidade.
Se a gestão vai ser do governo ou privada, já é outra discussão. Se essa administração deixar o acesso liberado, não segregar ninguém e mantiver tudo muito bem cuidado, por que não dividir as contas? Não se trata de vender espaço público. Até porque, se a iniciativa particular não cuidar direito, a prefeitura passa para outro candidato. Um bom exemplo? O High Line, em Nova York, tão divulgado no mundo inteiro, é privado – e, além de sua qualidade excepcional, foi capaz ainda de gerar recursos para a prefeitura. Tudo depende da regulação, a qual deve ser bem definida. Caso contrário, o encarregado pode atuar conforme o seu interesse e isso, definitivamente, não será em favor de todos.
Estamos tão carentes de áreas abertas que acabamos ocupando pontos sem mínimas virtudes para o lazer. Pobres de nós, que precisamos brigar para utilizar uma pista elevada de asfalto, sem sombra, sem mobiliário urbano adequado e achar que está tudo bem. Não, não está!
Arquitetura e construção, jan. 2017, p. 98. (O autor é arquiteto, professor, mestre e doutorando pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de São Paulo).
Observe os seguintes fragmentos textuais.
►“Logo, a apropriação por parte dos usuários é a única possibilidade.”
►“Pobres de nós, que precisamos brigar para utilizar uma pista elevada de asfalto...”
►“A questão não é o nome, mas o que esses lugares oferecem...”
Nesses fragmentos, os termos destacados estabelecem, respectivamente, as ideias de:
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
Andrade, Carlos Drummond de. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002. p. 23.
“Eta vida besta, meu Deus.”
Nesse verso, a vírgula é utilizada para