Baruch Spinoza, inspirado em Maquiavel, diz que um poder sem leis é quimera. Contudo, observa ele, os líderes não podem impor aos dirigidos coisas absurdas e revoltantes. Explica Spinoza em seu Tratado Político: “É impossível aos governantes e seu poder público violar ou menosprezar abertamente as leis por eles mesmos estabelecidas e, mesmo assim, manter sua majestade, pois tais atos transformam o temor em indignação e o estado civil em estado de guerra”.
O autoritarismo pode ser compreendido como a tentativa de impor às pessoas posturas que neguem sua força mental. Na democracia, argumenta Spinoza em outro livro, o Tratado Teológico- Político, “é quase impossível que a maioria dos homens concorde com algum absurdo”, porque nela “ninguém transfere seu direito natural a outro, de tal modo que não seja mais consultado”. O regime democrático “mostra quanto é útil a liberdade no estado”.
Sem a democracia, conclui o filósofo holandês naquela mesma obra, “os que governam o estado ou dele se tornam donos sempre se esforçam para tingir os crimes cometidos com uma aparência de direito e persuadir o povo de que agiram honestamente; eles conseguem facilmente tal coisa se a interpretação do direito só depende deles. Pois é claro que de semelhante direito eles arrancam grande licença para fazer o que desejam e seu apetite exige. Uma grande parte da licença lhes é subtraída se o direito de interpretar as leis pertence a outros e sua interpretação verdadeira é manifesta e incontestável para todos”.
Em um estado onde reina a democracia, ninguém, sobretudo os governantes, tem licença para impor seus fins e doutrinas à cidadania. A situação piora, segundo Spinoza, se a imposição de atitudes e crenças se faz em proveito de quem ocupa os palácios.
(Roberto Romano – Veja especial 45 anos, setembro 2013, p. 106 –trecho)
“Um poder sem leis é quimera”
Assinale a alternativa que representa a(s) assertiva(s) em que a substituição da palavra quimera ocorre sem prejuízo para o seu valor semântico original.
I Um poder sem leis é um disparate.
II Um poder sem leis é uma utopia.
III Um poder sem leis é um absurdo.
Baruch Spinoza, inspirado em Maquiavel, diz que um poder sem leis é quimera. Contudo, observa ele, os líderes não podem impor aos dirigidos coisas absurdas e revoltantes. Explica Spinoza em seu Tratado Político: “É impossível aos governantes e seu poder público violar ou menosprezar abertamente as leis por eles mesmos estabelecidas e, mesmo assim, manter sua majestade, pois tais atos transformam o temor em indignação e o estado civil em estado de guerra”.
O autoritarismo pode ser compreendido como a tentativa de impor às pessoas posturas que neguem sua força mental. Na democracia, argumenta Spinoza em outro livro, o Tratado Teológico- Político, “é quase impossível que a maioria dos homens concorde com algum absurdo”, porque nela “ninguém transfere seu direito natural a outro, de tal modo que não seja mais consultado”. O regime democrático “mostra quanto é útil a liberdade no estado”.
Sem a democracia, conclui o filósofo holandês naquela mesma obra, “os que governam o estado ou dele se tornam donos sempre se esforçam para tingir os crimes cometidos com uma aparência de direito e persuadir o povo de que agiram honestamente; eles conseguem facilmente tal coisa se a interpretação do direito só depende deles. Pois é claro que de semelhante direito eles arrancam grande licença para fazer o que desejam e seu apetite exige. Uma grande parte da licença lhes é subtraída se o direito de interpretar as leis pertence a outros e sua interpretação verdadeira é manifesta e incontestável para todos”.
Em um estado onde reina a democracia, ninguém, sobretudo os governantes, tem licença para impor seus fins e doutrinas à cidadania. A situação piora, segundo Spinoza, se a imposição de atitudes e crenças se faz em proveito de quem ocupa os palácios.
(Roberto Romano – Veja especial 45 anos, setembro 2013, p. 106 –trecho)
Em “É impossível aos governantes e seu poder público violar ou menosprezar abertamente as leis por eles mesmos estabelecidas e, mesmo assim, manter sua majestade, pois tais atos transformam o temor em indignação e o estado civil em estado de guerra”, os elementos grifados adquirem, no contexto, respectivamente, valor
Baruch Spinoza, inspirado em Maquiavel, diz que um poder sem leis é quimera. Contudo, observa ele, os líderes não podem impor aos dirigidos coisas absurdas e revoltantes. Explica Spinoza em seu Tratado Político: “É impossível aos governantes e seu poder público violar ou menosprezar abertamente as leis por eles mesmos estabelecidas e, mesmo assim, manter sua majestade, pois tais atos transformam o temor em indignação e o estado civil em estado de guerra”.
O autoritarismo pode ser compreendido como a tentativa de impor às pessoas posturas que neguem sua força mental. Na democracia, argumenta Spinoza em outro livro, o Tratado Teológico- Político, “é quase impossível que a maioria dos homens concorde com algum absurdo”, porque nela “ninguém transfere seu direito natural a outro, de tal modo que não seja mais consultado”. O regime democrático “mostra quanto é útil a liberdade no estado”.
Sem a democracia, conclui o filósofo holandês naquela mesma obra, “os que governam o estado ou dele se tornam donos sempre se esforçam para tingir os crimes cometidos com uma aparência de direito e persuadir o povo de que agiram honestamente; eles conseguem facilmente tal coisa se a interpretação do direito só depende deles. Pois é claro que de semelhante direito eles arrancam grande licença para fazer o que desejam e seu apetite exige. Uma grande parte da licença lhes é subtraída se o direito de interpretar as leis pertence a outros e sua interpretação verdadeira é manifesta e incontestável para todos”.
Em um estado onde reina a democracia, ninguém, sobretudo os governantes, tem licença para impor seus fins e doutrinas à cidadania. A situação piora, segundo Spinoza, se a imposição de atitudes e crenças se faz em proveito de quem ocupa os palácios.
(Roberto Romano – Veja especial 45 anos, setembro 2013, p. 106 –trecho)
Os anafóricos grifados retomam um único referente no terceiro parágrafo:
Baruch Spinoza, inspirado em Maquiavel, diz que um poder sem leis é quimera. Contudo, observa ele, os líderes não podem impor aos dirigidos coisas absurdas e revoltantes. Explica Spinoza em seu Tratado Político: “É impossível aos governantes e seu poder público violar ou menosprezar abertamente as leis por eles mesmos estabelecidas e, mesmo assim, manter sua majestade, pois tais atos transformam o temor em indignação e o estado civil em estado de guerra”.
O autoritarismo pode ser compreendido como a tentativa de impor às pessoas posturas que neguem sua força mental. Na democracia, argumenta Spinoza em outro livro, o Tratado Teológico- Político, “é quase impossível que a maioria dos homens concorde com algum absurdo”, porque nela “ninguém transfere seu direito natural a outro, de tal modo que não seja mais consultado”. O regime democrático “mostra quanto é útil a liberdade no estado”.
Sem a democracia, conclui o filósofo holandês naquela mesma obra, “os que governam o estado ou dele se tornam donos sempre se esforçam para tingir os crimes cometidos com uma aparência de direito e persuadir o povo de que agiram honestamente; eles conseguem facilmente tal coisa se a interpretação do direito só depende deles. Pois é claro que de semelhante direito eles arrancam grande licença para fazer o que desejam e seu apetite exige. Uma grande parte da licença lhes é subtraída se o direito de interpretar as leis pertence a outros e sua interpretação verdadeira é manifesta e incontestável para todos”.
Em um estado onde reina a democracia, ninguém, sobretudo os governantes, tem licença para impor seus fins e doutrinas à cidadania. A situação piora, segundo Spinoza, se a imposição de atitudes e crenças se faz em proveito de quem ocupa os palácios.
(Roberto Romano – Veja especial 45 anos, setembro 2013, p. 106 –trecho)
Podem-se considerar palavras-chave para a construção do texto:
Baruch Spinoza, inspirado em Maquiavel, diz que um poder sem leis é quimera. Contudo, observa ele, os líderes não podem impor aos dirigidos coisas absurdas e revoltantes. Explica Spinoza em seu Tratado Político: “É impossível aos governantes e seu poder público violar ou menosprezar abertamente as leis por eles mesmos estabelecidas e, mesmo assim, manter sua majestade, pois tais atos transformam o temor em indignação e o estado civil em estado de guerra”.
O autoritarismo pode ser compreendido como a tentativa de impor às pessoas posturas que neguem sua força mental. Na democracia, argumenta Spinoza em outro livro, o Tratado Teológico- Político, “é quase impossível que a maioria dos homens concorde com algum absurdo”, porque nela “ninguém transfere seu direito natural a outro, de tal modo que não seja mais consultado”. O regime democrático “mostra quanto é útil a liberdade no estado”.
Sem a democracia, conclui o filósofo holandês naquela mesma obra, “os que governam o estado ou dele se tornam donos sempre se esforçam para tingir os crimes cometidos com uma aparência de direito e persuadir o povo de que agiram honestamente; eles conseguem facilmente tal coisa se a interpretação do direito só depende deles. Pois é claro que de semelhante direito eles arrancam grande licença para fazer o que desejam e seu apetite exige. Uma grande parte da licença lhes é subtraída se o direito de interpretar as leis pertence a outros e sua interpretação verdadeira é manifesta e incontestável para todos”.
Em um estado onde reina a democracia, ninguém, sobretudo os governantes, tem licença para impor seus fins e doutrinas à cidadania. A situação piora, segundo Spinoza, se a imposição de atitudes e crenças se faz em proveito de quem ocupa os palácios.
(Roberto Romano – Veja especial 45 anos, setembro 2013, p. 106 –trecho)
Quanto à tipologia, o texto de Roberto Romano apresenta-se como predominantemente dissertativo, uma vez que
“... é na obra de Pessanha que se encontra a primeira realização cabal de poesia pura, poesia de essência musical, depurada do Pathos romântico, liberta das pretensões esculturais do parnasianismo, poesia em que não há propriamente assuntos, temas, mas unicamente um fluxo ritmado de palavras imponderáveis, de significação imprecisa, fluida, em suma, uma atmosfera, uma tonalidade.”
FERRO Túlio. Revista Vértice: Perfil de Camilo Pessanha. Coimbra, Editorial Caminho vol. XI.
Pathos: é uma palavra grega que significa paixão, excesso, catástrofe, passagem, passividade, sofrimento.
As características listadas por Túlio Ferro sobre a poética de Camilo Pessanha, escritor português, são evidenciadas de forma mais completa na estrofe: