TEXTO
[1] – Pode deixar o tabuleiro aí mesmo. Já estava com fome.
– Sinhá Mariana manda dizer ao senhor para desculpar. Hoje é dia de guarda, e o povo da casa-grande está no
jejum.
– Este povo vai todo pro céu. Estão pensando que Deus Nosso Senhor gosta de gado magro. Deus gosta é de
[5] ver gado de sedenho abrindo. O que foi que a velha mandou hoje? Esta história de bacalhau não é comigo.
– Todo mundo está no bacalhau, mestre Zé.
– Não venho trabalhar aqui para comer isto.
– Os brancos estão comendo, mestre.
– Quero lá saber de branco. Quero é a minha barriga cheia.
[10] O moleque abriu os dentes numa risada gostosa.
– Mestre, o velho anda com essa leseira de reza que não acaba mais.
– É o que eles querem. Estão pensando que oficial é cachorro. Pensam que me machucam, não me chamando
para comer na casa-grande. Não sou o pintor Laurentino que vive por aí contando prosa. O mestre José Amaro,
menino, tem a sua bondade, também. Tenho trabalhado para senhor de engenho de muitas posses, gente de mesa
[15] de banquete, e nunca vi este luxo aqui no Santa Fé.
(REGO, José Lins. Fogo Morto. 53ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p.24-25).
A palavra ‘leseira’ (linha 11), em seu contexto semântico, tem como sinônimo:
TEXTO
[1] – Pode deixar o tabuleiro aí mesmo. Já estava com fome.
– Sinhá Mariana manda dizer ao senhor para desculpar. Hoje é dia de guarda, e o povo da casa-grande está no
jejum.
– Este povo vai todo pro céu. Estão pensando que Deus Nosso Senhor gosta de gado magro. Deus gosta é de
[5] ver gado de sedenho abrindo. O que foi que a velha mandou hoje? Esta história de bacalhau não é comigo.
– Todo mundo está no bacalhau, mestre Zé.
– Não venho trabalhar aqui para comer isto.
– Os brancos estão comendo, mestre.
– Quero lá saber de branco. Quero é a minha barriga cheia.
[10] O moleque abriu os dentes numa risada gostosa.
– Mestre, o velho anda com essa leseira de reza que não acaba mais.
– É o que eles querem. Estão pensando que oficial é cachorro. Pensam que me machucam, não me chamando
para comer na casa-grande. Não sou o pintor Laurentino que vive por aí contando prosa. O mestre José Amaro,
menino, tem a sua bondade, também. Tenho trabalhado para senhor de engenho de muitas posses, gente de mesa
[15] de banquete, e nunca vi este luxo aqui no Santa Fé.
(REGO, José Lins. Fogo Morto. 53ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p.24-25).
Quanto à tipologia, o texto acima é:
TEXTO
[1] – Pode deixar o tabuleiro aí mesmo. Já estava com fome.
– Sinhá Mariana manda dizer ao senhor para desculpar. Hoje é dia de guarda, e o povo da casa-grande está no
jejum.
– Este povo vai todo pro céu. Estão pensando que Deus Nosso Senhor gosta de gado magro. Deus gosta é de
[5] ver gado de sedenho abrindo. O que foi que a velha mandou hoje? Esta história de bacalhau não é comigo.
– Todo mundo está no bacalhau, mestre Zé.
– Não venho trabalhar aqui para comer isto.
– Os brancos estão comendo, mestre.
– Quero lá saber de branco. Quero é a minha barriga cheia.
[10] O moleque abriu os dentes numa risada gostosa.
– Mestre, o velho anda com essa leseira de reza que não acaba mais.
– É o que eles querem. Estão pensando que oficial é cachorro. Pensam que me machucam, não me chamando
para comer na casa-grande. Não sou o pintor Laurentino que vive por aí contando prosa. O mestre José Amaro,
menino, tem a sua bondade, também. Tenho trabalhado para senhor de engenho de muitas posses, gente de mesa
[15] de banquete, e nunca vi este luxo aqui no Santa Fé.
(REGO, José Lins. Fogo Morto. 53ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p.24-25).
A temática do texto é:
TEXTO
[1] – Pode deixar o tabuleiro aí mesmo. Já estava com fome.
– Sinhá Mariana manda dizer ao senhor para desculpar. Hoje é dia de guarda, e o povo da casa-grande está no
jejum.
– Este povo vai todo pro céu. Estão pensando que Deus Nosso Senhor gosta de gado magro. Deus gosta é de
[5] ver gado de sedenho abrindo. O que foi que a velha mandou hoje? Esta história de bacalhau não é comigo.
– Todo mundo está no bacalhau, mestre Zé.
– Não venho trabalhar aqui para comer isto.
– Os brancos estão comendo, mestre.
– Quero lá saber de branco. Quero é a minha barriga cheia.
[10] O moleque abriu os dentes numa risada gostosa.
– Mestre, o velho anda com essa leseira de reza que não acaba mais.
– É o que eles querem. Estão pensando que oficial é cachorro. Pensam que me machucam, não me chamando
para comer na casa-grande. Não sou o pintor Laurentino que vive por aí contando prosa. O mestre José Amaro,
menino, tem a sua bondade, também. Tenho trabalhado para senhor de engenho de muitas posses, gente de mesa
[15] de banquete, e nunca vi este luxo aqui no Santa Fé.
(REGO, José Lins. Fogo Morto. 53ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p.24-25).
Podemos dizer que a cena do texto desenvolve-se durante:
TEXTO
[1] – Pode deixar o tabuleiro aí mesmo. Já estava com fome.
– Sinhá Mariana manda dizer ao senhor para desculpar. Hoje é dia de guarda, e o povo da casa-grande está no
jejum.
– Este povo vai todo pro céu. Estão pensando que Deus Nosso Senhor gosta de gado magro. Deus gosta é de
[5] ver gado de sedenho abrindo. O que foi que a velha mandou hoje? Esta história de bacalhau não é comigo.
– Todo mundo está no bacalhau, mestre Zé.
– Não venho trabalhar aqui para comer isto.
– Os brancos estão comendo, mestre.
– Quero lá saber de branco. Quero é a minha barriga cheia.
[10] O moleque abriu os dentes numa risada gostosa.
– Mestre, o velho anda com essa leseira de reza que não acaba mais.
– É o que eles querem. Estão pensando que oficial é cachorro. Pensam que me machucam, não me chamando
para comer na casa-grande. Não sou o pintor Laurentino que vive por aí contando prosa. O mestre José Amaro,
menino, tem a sua bondade, também. Tenho trabalhado para senhor de engenho de muitas posses, gente de mesa
[15] de banquete, e nunca vi este luxo aqui no Santa Fé.
(REGO, José Lins. Fogo Morto. 53ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1999. p.24-25).
A expressão “... reza que não acaba mais.” (linha 11) é um exemplo de:
Possui o mesmo número de letras e fonemas, a palavra: