Em 1776, Charles Burney publicou em Londres o primeiro volume de sua História Geral da Música, que contém a seguinte afirmação: “Música é um luxo inocente e desnecessário para nossa existência, mas oferece um aperfeiçoamento e gratificação ao nosso sentido de ouvir”. Menos de um século antes disso, Andreas Werckmeister se referiu à música como “um dom de Deus, para ser usado apenas em Sua honra”. O contraste entre estas duas afirmações ilustra a mudança de pensamento que ocorreu no século XVIII e afetou todas as áreas da vida. O complexo movimento conhecido como Iluminismo começou como uma revolta do espírito: uma revolta contra a religião sobrenatural e a Igreja, em favor de uma religião natural e uma moralidade prática; contra a metafísica, em favor do senso comum, da psicologia empírica, da ciência aplicada e da sociologia; contra a formalidade, em favor do naturalismo; contra a autoridade, em favor da liberdade individual; e contra o privilégio, em favor de direitos iguais e de uma educação universal.
Donald J. Grout. A History of Western Music. New York: W. W. Norton, 1973 (traduzido e adaptado).
Tendo como referência inicial o texto acima, julgue o próximo item.
A visão iluminista no século XVIII contribuiu para a popularização da arte e do conhecimento, com o surgimento de concertos públicos de música, uma vasta publicação de música direcionada a amadores e o florescimento do jornalismo musical, o que permitiu ao grande público a leitura e discussão de assuntos relacionados à arte musical.
Histórias em quadrinhos são geralmente compostas por requadros, embora haja histórias em quadrinhos que não os utilizem. Os requadros são as margens que delimitam as cenas e podem ser utilizados de diversos modos: em forma de nuvem para indicar uma lembrança, dentado para indicar um grito ou emoção, inclinado, com diferentes tamanhos.
Considerando o texto e a imagem apresentados acima, julgue o item a seguir.
Na imagem, não há um conjunto de linhas que delimitem o espaço da cena na composição da página, portanto, não há requadro no quadrinho apresentado.
Eliminarei os movimentos sinuosos, indecisos, os gestos mal definidos, os percursos inúteis. Quero apenas o ritmo e os passos absolutamente indispensáveis. Enriquecerei o meu vocabulário como fazem os poetas. A imobilidade? Serei o primeiro a utilizá-la de uma forma consciente. A estática é o equilíbrio das forças. A imobilidade pode acentuar o sentido da ação, do mesmo modo que o silêncio pode ser mais eficaz que as palavras. A dança, como as demais artes, é expressão da pessoa humana e dos seus pensamentos, deve ir para além das regras recebidas, é extensível até ao infinito.
José Sasportes. Pensar a dança: a reflexão estética de Marllamé a Cocteau. Vila da Maia, Portugal: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1983, p. 51-52 (com adaptações).
Considerando o fragmento de texto acima, que é parte do diário do bailarino e coreógrafo Vaslav Nijinski (1889-1950), julgue o item a seguir.
Infere-se do texto que a criação artística em dança visada por Nijinski dialoga ou compactua com ideias presentes em outras linguagens artísticas.
Eliminarei os movimentos sinuosos, indecisos, os gestos mal definidos, os percursos inúteis. Quero apenas o ritmo e os passos absolutamente indispensáveis. Enriquecerei o meu vocabulário como fazem os poetas. A imobilidade? Serei o primeiro a utilizá-la de uma forma consciente. A estática é o equilíbrio das forças. A imobilidade pode acentuar o sentido da ação, do mesmo modo que o silêncio pode ser mais eficaz que as palavras. A dança, como as demais artes, é expressão da pessoa humana e dos seus pensamentos, deve ir para além das regras recebidas, é extensível até ao infinito.
José Sasportes. Pensar a dança: a reflexão estética de Marllamé a Cocteau. Vila da Maia, Portugal: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1983, p. 51-52 (com adaptações).
Considerando o fragmento de texto acima, que é parte do diário do bailarino e coreógrafo Vaslav Nijinski (1889-1950), julgue o item a seguir.
Ao longo da história, de modo semelhante ao verificado na ciência, ocorreram quebras de paradigmas nas artes, o que, entretanto, não atingiu o universo específico das artes cênicas.
Eliminarei os movimentos sinuosos, indecisos, os gestos mal definidos, os percursos inúteis. Quero apenas o ritmo e os passos absolutamente indispensáveis. Enriquecerei o meu vocabulário como fazem os poetas. A imobilidade? Serei o primeiro a utilizá-la de uma forma consciente. A estática é o equilíbrio das forças. A imobilidade pode acentuar o sentido da ação, do mesmo modo que o silêncio pode ser mais eficaz que as palavras. A dança, como as demais artes, é expressão da pessoa humana e dos seus pensamentos, deve ir para além das regras recebidas, é extensível até ao infinito.
José Sasportes. Pensar a dança: a reflexão estética de Marllamé a Cocteau. Vila da Maia, Portugal: Imprensa Nacional, Casa da Moeda, 1983, p. 51-52 (com adaptações).
Considerando o fragmento de texto acima, que é parte do diário do bailarino e coreógrafo Vaslav Nijinski (1889-1950), julgue o item a seguir.
No âmbito do teatro, um dos pontos importantes que a virada do século XIX para o século XX trouxe foi o interesse pelo “mundo das essências”, com o objetivo de dar mais vazão ao simbólico do que ao real.
Irmãos Campana. Poltrona banquete.
Quando pouco se falava em sustentabilidade, os irmãos Campana a conjugaram com um espírito inovador e inconformista e se lançaram no mundo do design criando, em 1989, o Estúdio Campana, cuja especialidade era mobiliário. Hoje, são os designers brasileiros de maior destaque na atualidade. Seus trabalhos atualmente não se restringem mais a móveis. As obras dos irmãos recorrem à reutilização de matérias cheias de significados ligados à cultura brasileira — como a cor e a referência folclórica.
Internet: <www.obviousmag.org> (com adaptações).
Tendo como referência o texto e a figura apresentados acima, julgue o seguinte item.
Para o desenvolvimento de peças exclusivas e dignas de exposição artística, os irmãos Campana, conforme exemplificado na figura, recorrem a materiais reutilizáveis — como plástico bolha, cordas e bonecos de pelúcia —, para o design de móveis preenchidos de ressignificação de objetos utilitários.