Hoje o mundo das mídias tem afetado substancialmente o conceito e a prática da arte, transformando a criação artística no interior da sociedade midiática. É suficiente considerar o fato de que, em meios despontados no século XX, como o cinema, os produtos da criação artística e da produção midiática não são mais tão fáceis de ser distinguidos com clareza. Ainda hoje, em certos meios intelectuais, há uma controvérsia sobre se o cinema seria uma arte ou um meio de comunicação de massa. Já houve um tempo em que se podia distinguir com total clareza entre uma cultura elevada, densa, secular e sublimada e, de outro lado, uma subcultura dita “de massa”, banalizada, efêmera e rebaixada ao nível da compreensão e da sensibilidade do mais rude dos mortais. A cisão entre os vários níveis de cultura não parece tão cristalina. Em nossa época, o universo da cultura se mostra muito mais híbrido e turbulento do que o foi em qualquer outra época.
Arlindo Machado. Arte e mídia: aproximações e distinções. Internet: (com adaptações).
Considerando o texto e a fotografia apresentados acima, julgue o item.
A pesquisa constitui aspecto fundamental da prática sociológica. Isso pode implicar, também, a tomada de depoimentos, além de filmagens documentais, para problematizar conceitos e teoria.
Hoje o mundo das mídias tem afetado substancialmente o conceito e a prática da arte, transformando a criação artística no interior da sociedade midiática. É suficiente considerar o fato de que, em meios despontados no século XX, como o cinema, os produtos da criação artística e da produção midiática não são mais tão fáceis de ser distinguidos com clareza. Ainda hoje, em certos meios intelectuais, há uma controvérsia sobre se o cinema seria uma arte ou um meio de comunicação de massa. Já houve um tempo em que se podia distinguir com total clareza entre uma cultura elevada, densa, secular e sublimada e, de outro lado, uma subcultura dita “de massa”, banalizada, efêmera e rebaixada ao nível da compreensão e da sensibilidade do mais rude dos mortais. A cisão entre os vários níveis de cultura não parece tão cristalina. Em nossa época, o universo da cultura se mostra muito mais híbrido e turbulento do que o foi em qualquer outra época.
Arlindo Machado. Arte e mídia: aproximações e distinções. Internet: (com adaptações).
Considerando o texto e a fotografia apresentados acima, julgue o item.
As situações retratadas na obra audiovisual Pro Dia Nascer Feliz pouco ou nada contribuem para que se possa desenvolver uma reflexão sociológica aprofundada a respeito de temas no Brasil, como o da desigualdade
[1] Em outubro de 1917, os bolcheviques (maioria,
em russo) lideraram uma revolução, invadiram o palácio
do czar, subiram pelas escadarias e derrubaram séculos de
[4] absolutismo, instalando um governo de operários e camponeses.
Tudo mentira. Os bolcheviques não eram maioria,
o czar não morava no palácio de inverno (ele abdicara em
[7] março e estava preso a quilômetros de distância). Em outubro
de 1917, não havia mais monarquia, e a Rússia era uma
república mambembe. Os poucos revoltosos entraram no
[10] palácio por janelas laterais, e o prédio não estava guarnecido
por tropa capaz de defendê-lo. A cena da tomada do palácio,
com uma heroica multidão subindo sua escadaria, foi uma
[13] invenção do cineasta Sergei Eisenstein. Ele teve a ajuda de
cinco mil figurantes, e a filmagem, em 1928, causou mais
danos ao palácio que a sua tomada em 1917. A grandiosidade
[16] de Eisenstein fez que suas cenografias engolissem a realidade.
O massacre da escadaria de Odessa, do Encouraçado
Potemkin, também não aconteceu.
Elio Gaspari. O centenário da Rússia de 1917. In: O Globo, 11/1/2017, p. 16 (com adaptações).
Tendo o trecho precedente como referência, julgue o item.
A partir da publicação do Manifesto Comunista, o socialismo de inspiração marxista se expandiu e, na esteira da derrota francesa na guerra franco-prussiana, sobressaiu-se ao concorrente movimento anarquista, confirmando suas teses com a vitoriosa e duradoura Comuna de Paris.
[1] Em outubro de 1917, os bolcheviques (maioria,
em russo) lideraram uma revolução, invadiram o palácio
do czar, subiram pelas escadarias e derrubaram séculos de
[4] absolutismo, instalando um governo de operários e camponeses.
Tudo mentira. Os bolcheviques não eram maioria,
o czar não morava no palácio de inverno (ele abdicara em
[7] março e estava preso a quilômetros de distância). Em outubro
de 1917, não havia mais monarquia, e a Rússia era uma
república mambembe. Os poucos revoltosos entraram no
[10] palácio por janelas laterais, e o prédio não estava guarnecido
por tropa capaz de defendê-lo. A cena da tomada do palácio,
com uma heroica multidão subindo sua escadaria, foi uma
[13] invenção do cineasta Sergei Eisenstein. Ele teve a ajuda de
cinco mil figurantes, e a filmagem, em 1928, causou mais
danos ao palácio que a sua tomada em 1917. A grandiosidade
[16] de Eisenstein fez que suas cenografias engolissem a realidade.
O massacre da escadaria de Odessa, do Encouraçado
Potemkin, também não aconteceu.
Elio Gaspari. O centenário da Rússia de 1917. In: O Globo, 11/1/2017, p. 16 (com adaptações).
Tendo o trecho precedente como referência, julgue o item.
Conforme a teoria marxista, a transição ao comunismo se iniciaria com o levante do proletariado frente ao esgotamento do sistema capitalista e a subsequente instauração de um governo proletário. Assim, a ausência de um proletariado organizado na Rússia se colocava como um desafio para a revolução concebida pela teoria marxista.