Uma revolução em cinco minutos
Usar a tecnologia para construir um
mundo melhor tem seu lado frívolo. Mas, felizmente,
também tem um lado bem sério. Principalmente
na política. A tecnologia pode ajudar
governos a adotar medidas que beneficiam
a população.
Avanços tecnológicos facilitaram a
criação de ferramentas que ajudam não só a
promover a cidadania, mas também a vigiar, a
reportar e a agir contra a restrição dos direitos
civis. Por isso, pode-se argumentar que está
cada vez mais difícil manter um governo
injusto e cada vez mais fácil se rebelar contra
regimes antidemocráticos.
Se você quiser monitorar os países onde
há desrespeito à democracia, uma das
melhores ferramentas é o projeto ChokePoint.
Inspirado nos acontecimentos no Egito e na
Líbia, o ChokePoint (chokepointproject.net) é
uma plataforma que expõe o intercâmbio de
informação entre países. Se houver uma
parada súbita no tráfego de dados, o sistema
alerta sobre um provável corte da liberdade
de expressão naquele país. [...]
E se você quiser organizar um protesto?
Aqui entra a tecnologia também. Em agosto,
manifestantes contra o governo usaram
em Londres o API do GoogleMaps para mostrar,
em tempo real, por quais ruas a polícia
estava se aproximando. [...]
Mas se você não mora em áreas de
conflito e protesto não é seu estilo, há várias
maneiras de usar a tecnologia para facilitar o
engajamento. Em sites como o Change.org
(change.org) é possível reunir milhares de
pessoas para assinar uma petição. Em sites
locais, como o FixMyStreet (fixmystreet.com)
ou eDemocracy (forums.e-democracy.
org/about), é possível discutir problemas da
comunidade e acionar as autoridades.
É claro que a tecnologia também pode
ser usada para terrorismo, mas a maioria da
população é contra esse tipo de atividade. É
gratificante saber que podemos contar com a
tecnologia para engajar grupos que vão
provocar mudanças, sejam para a denúncia
de buracos na sua rua ou a derrubada de
regimes ditatoriais. O mundo conectado é capaz
de construir uma sociedade mais justa.
Fonte: LARIU, Alessandra. Uma revolução em cinco minutos. INFO, Nov. 2011, p.52. (adaptado)
O texto é um artigo de opinião que apresenta recursos linguísticos típicos de estruturas dissertativo- argumentativas. Assinale a alternativa em que o elemento linguístico está corretamente analisado no contexto em que ocorre.
Uma revolução em cinco minutos
Usar a tecnologia para construir um
mundo melhor tem seu lado frívolo. Mas, felizmente,
também tem um lado bem sério. Principalmente
na política. A tecnologia pode ajudar
governos a adotar medidas que beneficiam
a população.
Avanços tecnológicos facilitaram a
criação de ferramentas que ajudam não só a
promover a cidadania, mas também a vigiar, a
reportar e a agir contra a restrição dos direitos
civis. Por isso, pode-se argumentar que está
cada vez mais difícil manter um governo
injusto e cada vez mais fácil se rebelar contra
regimes antidemocráticos.
Se você quiser monitorar os países onde
há desrespeito à democracia, uma das
melhores ferramentas é o projeto ChokePoint.
Inspirado nos acontecimentos no Egito e na
Líbia, o ChokePoint (chokepointproject.net) é
uma plataforma que expõe o intercâmbio de
informação entre países. Se houver uma
parada súbita no tráfego de dados, o sistema
alerta sobre um provável corte da liberdade
de expressão naquele país. [...]
E se você quiser organizar um protesto?
Aqui entra a tecnologia também. Em agosto,
manifestantes contra o governo usaram
em Londres o API do GoogleMaps para mostrar,
em tempo real, por quais ruas a polícia
estava se aproximando. [...]
Mas se você não mora em áreas de
conflito e protesto não é seu estilo, há várias
maneiras de usar a tecnologia para facilitar o
engajamento. Em sites como o Change.org
(change.org) é possível reunir milhares de
pessoas para assinar uma petição. Em sites
locais, como o FixMyStreet (fixmystreet.com)
ou eDemocracy (forums.e-democracy.
org/about), é possível discutir problemas da
comunidade e acionar as autoridades.
É claro que a tecnologia também pode
ser usada para terrorismo, mas a maioria da
população é contra esse tipo de atividade. É
gratificante saber que podemos contar com a
tecnologia para engajar grupos que vão
provocar mudanças, sejam para a denúncia
de buracos na sua rua ou a derrubada de
regimes ditatoriais. O mundo conectado é capaz
de construir uma sociedade mais justa.
Fonte: LARIU, Alessandra. Uma revolução em cinco minutos. INFO, Nov. 2011, p.52. (adaptado)
No artigo de opinião, a autora aborda um tema sobre o qual defende uma tese fundamentada por argumentos, articulados por diferentes estratégias argumentativas. Com relação a esses aspectos de conteúdo, considere as afirmativas a seguir.
I - O campo semântico usado ao longo do texto aponta como tema o uso da tecnologia no contexto sociopolítico.
II - A utilização de índices de avaliação, como “felizmente” (ℓ.2-3), “facilitar” (ℓ.33) e “gratificante” (ℓ.44), sinaliza um posicionamento favorável ao uso de recursos tecnológicos para promover o engajamento de pessoas em prol da justiça social.
III - Para evidenciar o potencial do uso de tecnologia no processo de engajamento social, é empregada a estratégia de exemplificação, com indicação de recursos tecnológicos e suas finalidades.
IV - No último parágrafo, ao admitir a possibilidade de emprego da tecnologia em prejuízo da sociedade, a articulista busca enfraquecer tal argumento por meio da estratégia de contra-argumentação, mantendo, assim, válida a sua tese.
Está(ão) correta(s)
Os versos destacados a seguir fazem parte de “Uma didática da invenção” (1993), poema de Manoel de Barros.
No tratado das grandezas do ínfimo estava
escrito:
Poesia é quando a tarde está competente para
dálias.
É quando
Ao lado de um pardal o dia dorme antes.
[...]
Poesia é voar fora da asa.
A partir do último verso, pode-se concluir que a poesia
Ele elevou à décima potência a disseminação
do conhecimento. Ele nos permite
viajar sem sair do lugar, mas, além disso,
pode guardar informações por séculos.
Romanos escreviam em tábuas, egípcios, em
papiros, e os maias e astecas tinham uma
espécie de livro feito com casca de árvore.
Mas o papel, desenvolvido no século 2 pelos
chineses, e a prensa de Gutenberg, do século
15, foram as criações mais importantes para o
surgimento do livro da forma como o temos
hoje. A primeira impressão ocorreu em 1442.
Depois que o uso da prensa se consolidou,
comerciantes lançaram uma variedade de
títulos, muitos deles originários de manuscritos
antigos. Mas o boom ocorreu mesmo no
século 19. A Revolução Industrial trouxe inovações
tecnológicas para o papel, tornando-o
mais barato e acessível às editoras. Sem
esses calhamaços de folhas, provavelmente
boa parte da história da humanidade teria se
perdido.
Fonte: SUPERINTERESSANTE. As 101 maiores invenções da humanidade. Ed. Especial. 2013, p. 60. (Adaptado).
Com relação ao emprego de recursos de coesão e de pontuação no texto, considere as afirmativas a seguir.
I - O livro é referido, ao longo do texto, duas vezes pelo pronome “Ele” e duas vezes pelo pronome “o”.
II - A vírgula que sucede “egípcios” (ℓ.5) foi usada para indicar a elipse da palavra “escreviam” (ℓ.5), evitando sua repetição.
III - A vírgula que antecede “e os maias e astecas” (ℓ.6) poderia ser eliminada, sem prejuízo à normapadrão.
Está(ão) correta(s)
No conto “Felicidade clandestina” (1971), de Clarice Lispector, a narradora em primeira pessoa recorda um acontecimento de sua infância: o desejo de obter umlivro emprestado (As reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato). Quando finalmente o consegue, porém, a personagem tem uma reação inesperada:
Peguei o livro. Não, não saí pulando como sempre. Saí andando bem devagar. [...]. Meu peito estava quente, meu coração pensativo. Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter.[...]. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade.
O período sublinhado revela que
No romance Noite (1954), de Érico Veríssimo, o protagonista não é nomeado, recebendo a alcunha de Desconhecido. Pode-se entender a ausência do nome próprio do personagem como