Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer
Rafael Garcia
(1) A descoberta de uma mutação genética (alteração no DNA), que tem o efeito de proteger contra o mal de Alzheimer, pode ajudar cientistas na busca de uma droga contra a doença, que leva à perda de memória e à morte.
(2) A pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islândia, que estudou as informações genéticas por meio de sequenciamento de DNA de 1.795 nativos do paísilha. Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito menor entre os portadores de uma mutação específica, que funciona como uma proteção dos neurônios. A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado pelos pesquisadores de APP), que contém a receita para a produção de uma proteína de função ainda mal conhecida.
(3) No estudo da "Nature", os autores descrevem como diferentes alterações nesse gene originam versões distintas de moléculas amiloides, umas mais nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Alzheimer são as beta-amiloides. Essas moléculas, quando se unem em grandes quantidades, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capacidades de memória características do paciente com o mal de Alzheimer. A mutação identificada pelos cientistas faz com que o cérebro consiga digerir as moléculas formadoras dessas fibras, impedindo que elas se agreguem. Com isso, a capacidade de memorização é mantida em níveis normais. Em outras palavras, essa proteína precisa ser produzida e destruída de maneira adequada pelo organismo.
(4) As células nervosas de pessoas sem a mutação benéfica apontada pelo estudo quebram a proteína de maneira "errada", por meio de uma enzima (chamada Bace-1). É como se os pedaços da proteína ficassem indigestos e acabassem se acumulando.
Mutação protetora
(5) Quem tem a mutação protetora é resistente a essa enzima. E é justamente disso que a indústria farmacêutica estava atrás.
(6) "A busca de drogas contra a Bace-1 [a enzima que quebra de maneira inadequada as fibras, causando o Alzheimer] já vinha ocorrendo nos últimos 10 a 15 anos, mas de forma lenta", disse à Folha Kári Stefánsson, presidente da deCODE e cientista coordenador do estudo. "Não havia uma prova de princípio mostrando que essa estratégia iria funcionar. Essa mutação fornece a prova que faltava", conclui.
(7) Outra descoberta embutida nesse estudo é um mecanismo biológico que liga o mal de Alzheimer à demência senil generalizada, que provoca falhas de memória em pessoas muito idosas. Antes, acreditava-se que a doença não tivesse relação com o declínio de capacidades cognitivas no envelhecimento. Eram duas situações diferentes e desconectadas. No entanto, os cientistas viram que a mutação do gene que protege contra o Alzheimer também ajuda as pessoas com problemas de memória em idade avançada.
(8) "Nossos resultados sugerem que a doença de Alzheimer com início tardio seria o lado extremo do declínio de funções cognitivas ligadas à idade", afirma Stefánsson. Segundo o cientista, estudar portadores da mutação também pode ajudar na criação de tratamentos. "Podemos medir o nível de beta-amiloides [as moléculas que podem se acumular nos neurônios] no sangue dessas pessoas para saber quão longe é preciso ir em um tratamento antes de se verificar um efeito terapêutico."
Com base na leitura e compreensão do Texto 1, é CORRETO afirmar que
Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer
Rafael Garcia
(1) A descoberta de uma mutação genética (alteração no DNA), que tem o efeito de proteger contra o mal de Alzheimer, pode ajudar cientistas na busca de uma droga contra a doença, que leva à perda de memória e à morte.
(2) A pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islândia, que estudou as informações genéticas por meio de sequenciamento de DNA de 1.795 nativos do paísilha. Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito menor entre os portadores de uma mutação específica, que funciona como uma proteção dos neurônios. A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado pelos pesquisadores de APP), que contém a receita para a produção de uma proteína de função ainda mal conhecida.
(3) No estudo da "Nature", os autores descrevem como diferentes alterações nesse gene originam versões distintas de moléculas amiloides, umas mais nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Alzheimer são as beta-amiloides. Essas moléculas, quando se unem em grandes quantidades, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capacidades de memória características do paciente com o mal de Alzheimer. A mutação identificada pelos cientistas faz com que o cérebro consiga digerir as moléculas formadoras dessas fibras, impedindo que elas se agreguem. Com isso, a capacidade de memorização é mantida em níveis normais. Em outras palavras, essa proteína precisa ser produzida e destruída de maneira adequada pelo organismo.
(4) As células nervosas de pessoas sem a mutação benéfica apontada pelo estudo quebram a proteína de maneira "errada", por meio de uma enzima (chamada Bace-1). É como se os pedaços da proteína ficassem indigestos e acabassem se acumulando.
Mutação protetora
(5) Quem tem a mutação protetora é resistente a essa enzima. E é justamente disso que a indústria farmacêutica estava atrás.
(6) "A busca de drogas contra a Bace-1 [a enzima que quebra de maneira inadequada as fibras, causando o Alzheimer] já vinha ocorrendo nos últimos 10 a 15 anos, mas de forma lenta", disse à Folha Kári Stefánsson, presidente da deCODE e cientista coordenador do estudo. "Não havia uma prova de princípio mostrando que essa estratégia iria funcionar. Essa mutação fornece a prova que faltava", conclui.
(7) Outra descoberta embutida nesse estudo é um mecanismo biológico que liga o mal de Alzheimer à demência senil generalizada, que provoca falhas de memória em pessoas muito idosas. Antes, acreditava-se que a doença não tivesse relação com o declínio de capacidades cognitivas no envelhecimento. Eram duas situações diferentes e desconectadas. No entanto, os cientistas viram que a mutação do gene que protege contra o Alzheimer também ajuda as pessoas com problemas de memória em idade avançada.
(8) "Nossos resultados sugerem que a doença de Alzheimer com início tardio seria o lado extremo do declínio de funções cognitivas ligadas à idade", afirma Stefánsson. Segundo o cientista, estudar portadores da mutação também pode ajudar na criação de tratamentos. "Podemos medir o nível de beta-amiloides [as moléculas que podem se acumular nos neurônios] no sangue dessas pessoas para saber quão longe é preciso ir em um tratamento antes de se verificar um efeito terapêutico."
Sobre as características de organização do Texto 1 e considerando o gênero em que se inscreve, analise as proposições a seguir.
I. Apesar de resumir bem o tema e apresentar destaque gráfico, o título é inadequado, por empregar uma forma verbal no tempo presente para referir-se a um fato já concluído.
II. No primeiro parágrafo, a estratégia de trazer um segmento entre parênteses busca atender um preceito básico da linguagem nesse gênero: esclarecer o leitor.
III. No segundo parágrafo do tópico “Mutação protetora”, as aspas, entre outros recursos, têm a função de delimitar as vozes de enunciadores distintos.
IV. A linguagem clara e acessível do texto verbal faz o infográfico que acompanha a notícia ter função meramente ilustrativa, isto é, ornamentar o texto para atrair o leitor.
Estão CORRETAS, apenas,
Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer
Rafael Garcia
(1) A descoberta de uma mutação genética (alteração no DNA), que tem o efeito de proteger contra o mal de Alzheimer, pode ajudar cientistas na busca de uma droga contra a doença, que leva à perda de memória e à morte.
(2) A pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islândia, que estudou as informações genéticas por meio de sequenciamento de DNA de 1.795 nativos do paísilha. Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito menor entre os portadores de uma mutação específica, que funciona como uma proteção dos neurônios. A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado pelos pesquisadores de APP), que contém a receita para a produção de uma proteína de função ainda mal conhecida.
(3) No estudo da "Nature", os autores descrevem como diferentes alterações nesse gene originam versões distintas de moléculas amiloides, umas mais nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Alzheimer são as beta-amiloides. Essas moléculas, quando se unem em grandes quantidades, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capacidades de memória características do paciente com o mal de Alzheimer. A mutação identificada pelos cientistas faz com que o cérebro consiga digerir as moléculas formadoras dessas fibras, impedindo que elas se agreguem. Com isso, a capacidade de memorização é mantida em níveis normais. Em outras palavras, essa proteína precisa ser produzida e destruída de maneira adequada pelo organismo.
(4) As células nervosas de pessoas sem a mutação benéfica apontada pelo estudo quebram a proteína de maneira "errada", por meio de uma enzima (chamada Bace-1). É como se os pedaços da proteína ficassem indigestos e acabassem se acumulando.
Mutação protetora
(5) Quem tem a mutação protetora é resistente a essa enzima. E é justamente disso que a indústria farmacêutica estava atrás.
(6) "A busca de drogas contra a Bace-1 [a enzima que quebra de maneira inadequada as fibras, causando o Alzheimer] já vinha ocorrendo nos últimos 10 a 15 anos, mas de forma lenta", disse à Folha Kári Stefánsson, presidente da deCODE e cientista coordenador do estudo. "Não havia uma prova de princípio mostrando que essa estratégia iria funcionar. Essa mutação fornece a prova que faltava", conclui.
(7) Outra descoberta embutida nesse estudo é um mecanismo biológico que liga o mal de Alzheimer à demência senil generalizada, que provoca falhas de memória em pessoas muito idosas. Antes, acreditava-se que a doença não tivesse relação com o declínio de capacidades cognitivas no envelhecimento. Eram duas situações diferentes e desconectadas. No entanto, os cientistas viram que a mutação do gene que protege contra o Alzheimer também ajuda as pessoas com problemas de memória em idade avançada.
(8) "Nossos resultados sugerem que a doença de Alzheimer com início tardio seria o lado extremo do declínio de funções cognitivas ligadas à idade", afirma Stefánsson. Segundo o cientista, estudar portadores da mutação também pode ajudar na criação de tratamentos. "Podemos medir o nível de beta-amiloides [as moléculas que podem se acumular nos neurônios] no sangue dessas pessoas para saber quão longe é preciso ir em um tratamento antes de se verificar um efeito terapêutico."
Quanto à hierarquização das informações na notícia lida, identifique o tópico que tem maior destaque no texto 1.
Texto
Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer
Rafael Garcia
(1) A descoberta de uma mutação genética (alteração no DNA), que tem o efeito de proteger contra o mal de Alzheimer, pode ajudar cientistas na busca de uma droga contra a doença, que leva à perda de memória e à morte.
(2) A pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islândia, que estudou as informações genéticas por meio de sequenciamento de DNA de 1.795 nativos do paísilha. Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito menor entre os portadores de uma mutação específica, que funciona como uma proteção dos neurônios. A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado pelos pesquisadores de APP), que contém a receita para a produção de uma proteína de função ainda mal conhecida.
(3) No estudo da "Nature", os autores descrevem como diferentes alterações nesse gene originam versões distintas de moléculas amiloides, umas mais nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Alzheimer são as beta-amiloides. Essas moléculas, quando se unem em grandes quantidades, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capacidades de memória características do paciente com o mal de Alzheimer. A mutação identificada pelos cientistas faz com que o cérebro consiga digerir as moléculas formadoras dessas fibras, impedindo que elas se agreguem. Com isso, a capacidade de memorização é mantida em níveis normais. Em outras palavras, essa proteína precisa ser produzida e destruída de maneira adequada pelo organismo.
(4) As células nervosas de pessoas sem a mutação benéfica apontada pelo estudo quebram a proteína de maneira "errada", por meio de uma enzima (chamada Bace-1). É como se os pedaços da proteína ficassem indigestos e acabassem se acumulando.
Mutação protetora
(5) Quem tem a mutação protetora é resistente a essa enzima. E é justamente disso que a indústria farmacêutica estava atrás.
(6) "A busca de drogas contra a Bace-1 [a enzima que quebra de maneira inadequada as fibras, causando o Alzheimer] já vinha ocorrendo nos últimos 10 a 15 anos, mas de forma lenta", disse à Folha Kári Stefánsson, presidente da deCODE e cientista coordenador do estudo. "Não havia uma prova de princípio mostrando que essa estratégia iria funcionar. Essa mutação fornece a prova que faltava", conclui.
(7) Outra descoberta embutida nesse estudo é um mecanismo biológico que liga o mal de Alzheimer à demência senil generalizada, que provoca falhas de memória em pessoas muito idosas. Antes, acreditava-se que a doença não tivesse relação com o declínio de capacidades cognitivas no envelhecimento. Eram duas situações diferentes e desconectadas. No entanto, os cientistas viram que a mutação do gene que protege contra o Alzheimer também ajuda as pessoas com problemas de memória em idade avançada.
(8) "Nossos resultados sugerem que a doença de Alzheimer com início tardio seria o lado extremo do declínio de funções cognitivas ligadas à idade", afirma Stefánsson. Segundo o cientista, estudar portadores da mutação também pode ajudar na criação de tratamentos. "Podemos medir o nível de beta-amiloides [as moléculas que podem se acumular nos neurônios] no sangue dessas pessoas para saber quão longe é preciso ir em um tratamento antes de se verificar um efeito terapêutico."
Em relação aos aspectos de construção do infográfico que acompanha a notícia, analise as proposições a seguir.
I. A distribuição das informações entre textos verbais e recursos multimodais evidencia que as informações são fornecidas, simultaneamente, nas duas linguagens.
II. No lado esquerdo do infográfico, o papel dos numerais (1, 2 e 3) é distinguir as principais fases da pesquisa; no centro, essa função é promovida pelas setas.
III. A diversidade de cores e formas do infográfico, mesmo que sirva para atrair a atenção do leitor, não contribui para elevar o nível de compreensão da leitura.
IV. A linguagem do infográfico se caracteriza por valorizar a precisão dos dados científicos em detrimento dos aspectos visuais.
V. O elaborador do infográfico contou com o conhecimento prévio do leitor na escolha de imagens, por exemplo, o tubo de ensaio e a dupla hélice.
Estão CORRETAS, apenas,
Mutação dá nova pista contra mal de Alzheimer
Rafael Garcia
(1) A descoberta de uma mutação genética (alteração no DNA), que tem o efeito de proteger contra o mal de Alzheimer, pode ajudar cientistas na busca de uma droga contra a doença, que leva à perda de memória e à morte.
(2) A pesquisa foi liderada pela empresa deCODE, da Islândia, que estudou as informações genéticas por meio de sequenciamento de DNA de 1.795 nativos do paísilha. Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito menor entre os portadores de uma mutação específica, que funciona como uma proteção dos neurônios. A alteração rara foi encontrada nesse gene (batizado pelos pesquisadores de APP), que contém a receita para a produção de uma proteína de função ainda mal conhecida.
(3) No estudo da "Nature", os autores descrevem como diferentes alterações nesse gene originam versões distintas de moléculas amiloides, umas mais nocivas que outras. Aquelas envolvidas no mal de Alzheimer são as beta-amiloides. Essas moléculas, quando se unem em grandes quantidades, formam fibras que sobrecarregam e matam os neurônios de diferentes áreas do cérebro, ocasionando a perda das capacidades de memória características do paciente com o mal de Alzheimer. A mutação identificada pelos cientistas faz com que o cérebro consiga digerir as moléculas formadoras dessas fibras, impedindo que elas se agreguem. Com isso, a capacidade de memorização é mantida em níveis normais. Em outras palavras, essa proteína precisa ser produzida e destruída de maneira adequada pelo organismo.
(4) As células nervosas de pessoas sem a mutação benéfica apontada pelo estudo quebram a proteína de maneira "errada", por meio de uma enzima (chamada Bace-1). É como se os pedaços da proteína ficassem indigestos e acabassem se acumulando.
Mutação protetora
(5) Quem tem a mutação protetora é resistente a essa enzima. E é justamente disso que a indústria farmacêutica estava atrás.
(6) "A busca de drogas contra a Bace-1 [a enzima que quebra de maneira inadequada as fibras, causando o Alzheimer] já vinha ocorrendo nos últimos 10 a 15 anos, mas de forma lenta", disse à Folha Kári Stefánsson, presidente da deCODE e cientista coordenador do estudo. "Não havia uma prova de princípio mostrando que essa estratégia iria funcionar. Essa mutação fornece a prova que faltava", conclui.
(7) Outra descoberta embutida nesse estudo é um mecanismo biológico que liga o mal de Alzheimer à demência senil generalizada, que provoca falhas de memória em pessoas muito idosas. Antes, acreditava-se que a doença não tivesse relação com o declínio de capacidades cognitivas no envelhecimento. Eram duas situações diferentes e desconectadas. No entanto, os cientistas viram que a mutação do gene que protege contra o Alzheimer também ajuda as pessoas com problemas de memória em idade avançada.
(8) "Nossos resultados sugerem que a doença de Alzheimer com início tardio seria o lado extremo do declínio de funções cognitivas ligadas à idade", afirma Stefánsson. Segundo o cientista, estudar portadores da mutação também pode ajudar na criação de tratamentos. "Podemos medir o nível de beta-amiloides [as moléculas que podem se acumular nos neurônios] no sangue dessas pessoas para saber quão longe é preciso ir em um tratamento antes de se verificar um efeito terapêutico."
Ao longo do Texto 1, são usadas palavras e expressões que conectam diferentes partes dele, ajudando a promover a sua coesão e a construir os efeitos de sentido pretendidos pelo autor. Em relação ao uso desses conectivos, assinale a alternativa CORRETA.
Filme “O Predador” inspira batismo de 17 espécies de aranhas no país
Marco Varella
Colaboração para a Folha
(1) A presença do caçador alienígena à espreita na floresta no filme "O Predador"
parece longe da realidade. Mas pesquisadores do Instituto Butantan encontraram 17
novas espécies de caçadores como o Predador espalhados pelo que restou da nossa
Mata Atlântica.
(2) São todas aranhas caçadoras de insetos, pertencentes ao novo gênero
Predatoroonops. Esse gênero foi descrito pelos cientistas neste ano e recebeu esse
nome em homenagem aos 25 anos de "O Predador", do diretor John McTiernan.
(3) Cada uma das 17 novas espécies recebeu um nome em homenagem a um
personagem ou ator do filme: da Predatoroonops schwarzeneggeri à Predatoroonops
chicano.
(4) Já os caçadores de novas espécies de aranhas são liderados por Antonio
Brescovit, aracnólogo do Laboratório Especial de Coleções Zoológicas que vem
estudando regiões da Mata Atlântica por seis anos.
(5) "Essa descoberta é fundamental para mapear a diversidade da fauna local e
mundial, além do estudo dos venenos e da biologia dos animais", disse Brescovit em
comunicado oficial. Com um investimento de mais de US$ 3 milhões, o projeto
pretende descobrir, agora, todas as espécies de aranhas da família Oonopidae, à qual
pertence o novo gênero.
(6) Para Hilton Japyassú, aracnólogo do Instituto de Biologia da UFBA (Universidade
Federal da Bahia), "trabalhos como este mostram o quanto ainda temos por descobrir.
Vez por outra, alguém descreve um mamífero, ou uma ave nova, mas nossa maior
riqueza, sem dúvida, vem dos invertebrados, fonte permanente de novos compostos
orgânicos para explorações futuras".
CARA DE UM, FOCINHO DO OUTRO
(7) As aranhas do novo gênero apresentam uma morfologia na parte da frente do
corpo semelhante à cara do Predador, personagem do filme, daí a ideia de fazer a
homenagem cinematográfica.
(8) Elas têm suas quelíceras – primeiro par de apêndices perto da boca – com
diversas articulações. Nos invertebrados, as quelíceras em geral servem para
apanhar as presas e, nas aranhas, podem ser pontiagudas para injetar a peçonha,
tóxica para a caça. Apenas os machos da espécie apresentam essa especialização e
ainda não se sabe ao certo quais as suas funções. Os bichos medem apenas entre
1mm e 2mm.
(9) O fato de estarem presentes apenas nos machos pode indicar serem fruto da
seleção sexual, funcionando tanto como armas na competição com outros machos
quanto como ornamentos, atraindo as fêmeas para a reprodução.
IMPORTÂNCIA ECOLÓGICA
(10) "Essas aranhas geralmente habitam a serrapilheira – aquela camada de folhas mortas que recobre o solo das florestas tropicais – e o conhecimento de sua diversidade e hábitos pode nos ajudar a entender os mecanismos biológicos associados aos processos de decomposição, um elo fundamental na manutenção de nossos ecossistemas", diz Hilton Japyassú.
Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1134806-filme-o-predador-inspira-batismo-de-17-especies-dearanhas-no-pais.shtml. (Adaptado)
Ainda sobre os recursos que promovem a coesão do Texto 1, analise as proposições a seguir.
I. No trecho “A descoberta de uma mutação genética (...) que tem o efeito de proteger contra o mal de Alzheimer pode ajudar cientistas na busca de uma droga contra a doença (...)” (1º parágrafo), os termos destacados retomam, respectivamente, “mutação genética” e “mal de Alzheimer”.
II. No trecho “Eles viram que a incidência de Alzheimer era muito menor entre os portadores de uma mutação específica que funciona como uma proteção dos neurônios” (2º parágrafo), os termos destacados retomam, respectivamente, “Eles” e “os portadores”.
III. No trecho “No estudo da ‘Nature’, os autores descrevem como diferentes alterações nesse gene originam versões distintas de moléculas amiloides, umas mais nocivas que outras” (3º parágrafo), o processo coesivo se dá, também, por meio de elipse da palavra “moléculas”.
IV. Com o emprego de “Com isso” (3º parágrafo), o autor evita a repetição de um longo trecho anteriormente apresentado e garante, assim, concisão ao texto.
Estão CORRETAS, apenas,