Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento, no Recife, do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo, no mês de novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet…), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe, e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja
uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas…
Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas”, e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas…
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
Francisco Cunha. In: Revista Algomais, Ano 11, nº 124, julho de 2016, p.50. Adaptado.
Acerca de algumas relações lógico-semânticas presentes no Texto 1, analise as afirmações a seguir.
I. No trecho: “Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife.” (2º parágrafo), o segmento sublinhado deve ser interpretado como uma ressalva.
II. Com o trecho: “Depois, portanto, que, na prática, me „pós-graduei‟ pelos pés.” (2º parágrafo), o autor apresenta a conclusão do que tinha dito, anteriormente, no texto.
III. Com o segmento destacado no trecho: “O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim” (2º parágrafo), o autor faz uma afirmação categórica.
IV. O segmento destacado no trecho: “Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja uma inversão de sentido” (3º parágrafo) situa temporalmente o segmento final.
Estão CORRETAS:
Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento, no Recife, do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo, no mês de novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet…), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe, e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja
uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas…
Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas”, e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas…
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
Francisco Cunha. In: Revista Algomais, Ano 11, nº 124, julho de 2016, p.50. Adaptado.
No Texto 1, seu autor defende, principalmente, a ideia de que
Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento, no Recife, do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo, no mês de novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet…), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe, e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja
uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas…
Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas”, e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas…
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
Francisco Cunha. In: Revista Algomais, Ano 11, nº 124, julho de 2016, p.50. Adaptado.
No que se refere ao título e aos aspectos gráficos de apresentação do Texto 1, analise as proposições a seguir.
I. A adequação do título se evidencia pelo fato de ele representar uma síntese da principal ideia expressa no texto.
II. A disposição gráfica dos parágrafos, em colunas, é uma estratégia do autor que provoca estranhamento no leitor, uma vez que essa não é a disposição característica do gênero textual em questão.
III. Já no título fica óbvio que o autor pretende dialogar com a categoria “pedestres”, sendo essa categoria o público-alvo do texto.
IV. O recurso gráfico “itálico” aparece no texto com diferentes funções: no parágrafo introdutório, indica, de forma diferenciada, os títulos dos eventos mencionados; no parágrafo conclusivo, além de indicar denominação com substantivos próprios, marca o uso de palavras/expressões estrangeiras.
Estão CORRETAS:
Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento, no Recife, do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo, no mês de novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet…), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe, e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja
uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas…
Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas”, e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas…
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
Francisco Cunha. In: Revista Algomais, Ano 11, nº 124, julho de 2016, p.50. Adaptado.
Considerando os recursos utilizados para assegurar a coesão e a coerência do Texto 1, assinale a alternativa CORRETA.
Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento, no Recife, do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo, no mês de novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet…), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe, e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja
uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas…
Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas”, e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas…
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
Francisco Cunha. In: Revista Algomais, Ano 11, nº 124, julho de 2016, p.50. Adaptado.
Há, no Texto 1, alguns recursos linguísticos que situam o leitor em relação ao contexto no qual o texto é construído. Acerca desses recursos, assinale a alternativa CORRETA.
Pedestre, a medida de todas as coisas
Na palestra que fiz mês passado no seminário A Mobilidade a Pé e o Futuro do Recife, organizado pelo INTG – Instituto da Gestão – e apoiado pelo Cesar, pela Urbana/PE e pela Fiepe, tive oportunidade de falar sobre a importância crucial do pedestre para o urbanismo contemporâneo. Esse seminário regional foi um desdobramento, no Recife, do seminário internacional Cidades A Pé, realizado em São Paulo, no mês de novembro do ano passado.
Disse que, embora graduado em Arquitetura e Urbanismo pela UFPE, só fui entender o que considero vital na questão urbana atual depois que andei milhares de quilômetros no Recife. Depois, portanto, que, na prática, me “pós-graduei” pelos pés. O essencial do que aprendi foi que se o pedestre se sente mal no solo é porque o urbanismo é ruim e o planejamento urbano, se houve, falhou.
O planejamento urbano tradicional, o que se aprende na escola e amiúde se aplica por aí, começa olhando o espaço pelo satélite (ainda mais agora com a proliferação das tecnologias de internet…), depois “desce” para o mapa, para a planta, para o detalhe, e termina por não chegar ao nível do chão, de quem está andando na rua. Depois de gastar muita sola de sapato por aí, defendo que haja
uma inversão de sentido, que o planejamento comece pelo chão, por onde anda o pedestre e, aí, vá “subindo” até chegar ao satélite. Se isso fosse feito, com certeza, não teríamos muitas das atrocidades que suportamos nas cidades brasileiras andando por elas…
Na Grécia antiga, a filosofia pré-socrática defendia que “o homem é a medida de todas as coisas”. Na cidade, a medida de todas as coisas, sem a menor sombra de dúvida, é o pedestre! Não entender isso é ficar na contramão da história contemporânea do urbanismo. Que o digam Jan Gerl com seu consagrado livro “Cidade para as Pessoas”, e Jeff Speck com o seu excelente livro “Cidade Caminhável”. Que o digam as cidades da Europa e, já, muitas dos EUA, além de praticamente todas as capitais latino-americanas…
Já existem, inclusive, um conceito e um conjunto de indicadores que ajudam a materializar essa tendência. Trata-se, o conceito, do Walkability, e o conjunto de indicadores, do Walk Score, que mede o quanto “caminhável” é determinado local, bairro ou cidade. Temos que seguir por aí. Afinal, como repete aquele complemento de comercial de rádio e TV, independente do meio de transporte que utilizemos, “na cidade, todos somos pedestres”.
Francisco Cunha. In: Revista Algomais, Ano 11, nº 124, julho de 2016, p.50. Adaptado.
Considerando aspectos semânticos do vocabulário utilizado no Texto 1, assinale a alternativa CORRETA.