“A história social ensina que não existe política social sem um movimento social capaz de impô-la, e que não é o mercado, como se tenta convencer hoje em dia, mas sim o movimento social que ‘civilizou’ a economia de mercado, contribuind o ao mesmo tempo para sua eficiência”.
(BOURDIEU, Pier re. Contrafogos 2: por um movimento social europeu. Rio de Janei ro: Jorge Zahar, 2001. p. 19) .
Em diferentes momentos históricos, seja no Brasil ou em outros países do mundo, existiram diversos e distintos movimentos sociais no campo e na cidade. Considerando a dinâmica dos movimentos sociais e a citação de texto, do autor Pierre Bourdieu, extraída do seu livro “Contrafogos 2: por um movimento social europeu”, considera -se que:
“Numa palavra, ao invés de conceber políticas públicas de que todos seriam beneficiários independente da sua raça, cor ou sexo, o Estado passa a levar em conta esses fatores na implementação das suas decisões, não para prejudicar quem quer que seja, mas para evitar que a discriminação, que inegavelmente tem fundo histórico e cultural, e não raro se subtrai ao enquadramento nas categoriais jurídicas clássicas, finde por perpetuar as iniquidades sociais”.
(GOMES, Joaquim B. Barbosa. Ação Afirmativa & Princípio Constitucional da Igualdade : o direito como instrumento de transformação social. Rio de Janeiro: Renovar, 2001. p. 39)
O fragmento de texto citado, do pesquisador e jurista Joaquim B. Barbosa Gomes, reflete sobre a nova postura do Estado no entendimento e construção de políticas públicas afirmativas. Sobre as ações afirmativas, argumenta-se que: