No novo acordo ortográfico, algumas regras do hífen foram alteradas. Uma delas trata de vocábulos formados por prefixação, recomposição e sufixação. A palavra micro-ondas, como mostra a propaganda abaixo, obedece à nova regra: o prefixo micro e a palavra ondas se juntam, ocasionando uma nova palavra. O encontro de vogais idênticas (o+o) obriga a separação por meio do hífen.
Analise alguns outros itens da regra no trecho transcrito abaixo:
I. Emprega-se o hífen quando o segundo elemento da formação começa por h ou pela mesma vogal ou consoante com que termina o prefixo ou pseudoprefixo.
II. Emprega-se o hífen quando o prefixo ou falso prefixo termina em m e o segundo elemento começa por vogal, m ou n.
III. Não se usa, no entanto, o hífen nas formações em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s, devendo estas consoantes duplicar-se, prática aliás já generalizada em palavras deste tipo pertencentes aos domínios científico e técnico.
Agora, assinale a alternativa que contém desvio da norma culta atual:
Na tirinha acima, em – Agora resta descobrir se também existe vida inteligente no planeta – a palavra “se” desempenha a função de conjunção subordinativa integrante. Assinale a alternativa em que “se” possui a mesma função do enunciado:
Leia as alternativas abaixo e assinale a que apresenta apenas palavras escritas de acordo com a norma padrão:
Receita para fazer um poema Dadaísta
(Tristan Tzara)
Pegue um jornal.
Pegue uma tesoura.
Escolha no jornal um artigo com o comprimento que pensa dar ao seu poema.
Recorte o artigo.
Depois, recorte cuidadosamente todas as palavras que formam o artigo e meta-as num saco.
Agite suavemente.
Seguidamente, tire os recortes um por um.
Copie conscienciosamente pela ordem em que saem do saco.
O poema será parecido consigo.
E pronto: será um escritor infinitamente original e duma adorável sensibilidade, embora incompreendido pelo vulgo.
O fato de o poema ser referente a ele mesmo (uma receita sobre fazer um poema) faz com que uma (entre as 6 funções da linguagem) predomine em sua composição. A referida função se chama:
Leia a letra da canção:
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho seu como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
A música Construção de Chico Buarque aborda de forma crítica: