Em 10 de dezembro de 1948, a Organização das
Nações Unidas promulgava a Declaração Universal dos
Direitos Humanos (DUDH). Era uma resposta imediata às
atrocidades cometidas nas duas guerras mundiais, mas não
[5] só isso. Era o estabelecimento de um ideário arduamente
construído durante pelo menos 2.500 anos visando
garantir, para qualquer ser humano, em qualquer país e sob
quaisquer circunstâncias, condições mínimas de
sobrevivência e crescimento em ambiente de respeito e
[10] paz, igualdade e liberdade.
O caráter universal constituiu-se em uma das
principais novidades do documento, além da abrangência
de sua temática, uma vez que países individualmente já
haviam emitido peças de princípios ou textos legais
[15] firmando direitos fundamentais inerentes à condição
humana. O caso mais célebre é o da Declaração dos
Direitos do Homem e do Cidadão, firmada em outubro de
1789 pela França revolucionária.
Com um preâmbulo e 30 artigos que tratam de
[20] questões como a liberdade, a igualdade, a dignidade, a
alimentação, a moradia, o ensino, a DUDH é hoje o
documento mais traduzido no mundo — já alcança 500
idiomas e dialetos. Tanto inspirou outros documentos
internacionais e sistemas com o mesmo fim quanto
[25] penetrou nas constituições de novos e velhos países por
meio do instituto dos princípios e direitos fundamentais.
Na Constituição Brasileira de 1946, os direitos
fundamentais já eram consignados, mas é na Carta de 1988
que se assinala a “prevalência dos direitos humanos”.
Internet: www.senado.leg.br (com adaptações).
Tendo como referência o texto precedente, que trata da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH), promulgada pela ONU em 1948, julgue o item subsequente.
No trecho “resposta imediata às atrocidades” (ℓ. 3 e 4), o emprego do acento indicativo de crase deve-se à regência do termo “resposta” e à presença do artigo feminino determinando a palavra “atrocidades”.
A pintura Susana e os anciãos (1610), de Artemísia Gentileschi, retrata a história bíblica de Susana, narrada no Livro de Daniel, no Antigo Testamento. Segundo o texto, Susana era uma mulher bela, casada com Joaquim, e sua casa era frequentada por dois juízes anciãos, que a cobiçavam secretamente. Certo dia, Susana se preparava para tomar banho no jardim da casa, sem perceber que lá estavam escondidos os dois anciãos. Logo depois de as criadas que a acompanhavam saírem do recinto e fecharem as portas do jardim, Susana foi abordada pelos anciãos, que a chantagearam com a ameaça de denunciá-la como adúltera caso ela não se entregasse a eles.
Considerando o texto e a obra Susana e os anciãos, de Artemísia Gentileschi, apresentados anteriormente, julgue o item a seguir.
As expressões fisionômicas dos anciãos, apesar de grotescas, não contrastam com a beleza de Susana, haja vista que a formosura da jovem é encoberta por sua feição de repugnância, o que indica que a obra não apresenta uma importante característica da estética barroca: o dualismo beleza-grotesco.
A pintura Susana e os anciãos (1610), de Artemísia Gentileschi, retrata a história bíblica de Susana, narrada no Livro de Daniel, no Antigo Testamento. Segundo o texto, Susana era uma mulher bela, casada com Joaquim, e sua casa era frequentada por dois juízes anciãos, que a cobiçavam secretamente. Certo dia, Susana se preparava para tomar banho no jardim da casa, sem perceber que lá estavam escondidos os dois anciãos. Logo depois de as criadas que a acompanhavam saírem do recinto e fecharem as portas do jardim, Susana foi abordada pelos anciãos, que a chantagearam com a ameaça de denunciá-la como adúltera caso ela não se entregasse a eles.
Considerando o texto e a obra Susana e os anciãos, de Artemísia Gentileschi, apresentados anteriormente, julgue o item a seguir.
A escolha compositiva do quadro reforça a opressão vivida por Susana, a exemplo do fato de os dois anciãos estarem representados em posição superior à da personagem, o que contribui para a criação de um efeito de peso sobre a mulher.
Com base na charge precedente, de Henfil, assinale a opção correta no item a seguir, que é do tipo C.
O texto dos balões indica que o vocábulo “poder”, em “Queremos o poder!”, classifica-se como verbo, tendo passado pelo processo de formação de palavras denominado conversão ou derivação imprópria.
Considerando-se esse fato, é correto interpretar tal vocábulo como
No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento do falso. [...] O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes. As suas diversidades e contrastes são as aparências organizadas socialmente, que devem, elas próprias, ser reconhecidas na sua verdade geral. Considerado segundo os seus próprios termos, o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda vida humana, socialmente falando, como simples aparência. Mas a crítica que atinge a verdade do espetáculo descobre-o como a negação visível da vida; uma negação da vida que se tornou visível.
Guy Debord. A sociedade do espetáculo (com adaptações).
Com relação ao fragmento de texto apresentado anteriormente, julgue os itens a seguir.
Segundo o autor do texto, o espetáculo promove a afirmação da aparência e a afirmação de toda vida humana como simples aparência.
No mundo realmente invertido, o verdadeiro é um momento do falso. [...] O conceito de espetáculo unifica e explica uma grande diversidade de fenômenos aparentes. As suas diversidades e contrastes são as aparências organizadas socialmente, que devem, elas próprias, ser reconhecidas na sua verdade geral. Considerado segundo os seus próprios termos, o espetáculo é a afirmação da aparência e a afirmação de toda vida humana, socialmente falando, como simples aparência. Mas a crítica que atinge a verdade do espetáculo descobre-o como a negação visível da vida; uma negação da vida que se tornou visível.
Guy Debord. A sociedade do espetáculo (com adaptações).
Com relação ao fragmento de texto apresentado anteriormente, julgue os itens a seguir.
No texto, o espetáculo é apresentado como fenômeno de negação da vida.