Influenciados pela Revolução Francesa (1789), que desestabilizou as relações institucionais e hierárquicas na colônia, mas tendo também a sua dinâmica revolucionária específica, em poucos anos, os eventos em São Domingos ricochetearam e fizeram o Poder Legislativo francês garantir os direitos políticos dos homens livres de cor (1792) e, posteriormente, abolir a escravidão em todas as suas colônias (1794). Os jacobinos negros impuseram derrotas aos potentes exércitos espanhol (1795) e inglês (1798), assim como, em seus derradeiros momentos, a Revolução Haitiana expulsaria as tropas napoleônicas de sua ilha quando começavam a retornar os boatos de restauração da escravidão (1803).
Marcos V. L. Queiroz. Constitucionalismo brasileiro e o atlântico negro. Dissertação de Mestrado, UnB, 2017, p. 71 (com adaptações).
Considerando o texto apresentado e os aspectos históricos a ele relacionados, julgue os próximos itens.
A Revolução Haitiana, que ocorreu em uma das colônias francesas mais produtivas do século XVIII, foi protagonizada por ex-escravizados e escravizados, tendo resultado em uma das poucas independências americanas que não levou ao poder membros das elites eurodescendentes.
Se, na Grécia antiga, o teatro começou com os rituais para Dionísio, no Brasil, a história do teatro nasce com os rituais indígenas e suas celebrações antropofágicas. Depois chegaram os jesuítas e seus autos de catequização, os escravos e seus rituais para celebrar divindades, a Corte e o luxo das óperas estrangeiras. O teatro com grupos formados por atores brasileiros se estabeleceu a partir do século XIX, o que propiciou o desenvolvimento da comédia de costumes e do teatro burlesco. No século XX, com os grupos universitários, o teatro se modernizou; nos anos 60 e 70, viveu-se um ápice criativo urgente e penetrante.
Internet: www.redeglobo.globo.com (com adaptações).
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue os itens a seguir, a respeito do teatro brasileiro.
Ao abordar aspectos do subconsciente e da desagregação das relações familiares, a peça Vestido de noiva, de Nelson Rodrigues, inovou por sua temática, em comparação com as produções cênicas brasileiras anteriores.
Influenciados pela Revolução Francesa (1789), que desestabilizou as relações institucionais e hierárquicas na colônia, mas tendo também a sua dinâmica revolucionária específica, em poucos anos, os eventos em São Domingos ricochetearam e fizeram o Poder Legislativo francês garantir os direitos políticos dos homens livres de cor (1792) e, posteriormente, abolir a escravidão em todas as suas colônias (1794). Os jacobinos negros impuseram derrotas aos potentes exércitos espanhol (1795) e inglês (1798), assim como, em seus derradeiros momentos, a Revolução Haitiana expulsaria as tropas napoleônicas de sua ilha quando começavam a retornar os boatos de restauração da escravidão (1803).
Marcos V. L. Queiroz. Constitucionalismo brasileiro e o atlântico negro. Dissertação de Mestrado, UnB, 2017, p. 71 (com adaptações).
Considerando o texto apresentado e os aspectos históricos a ele relacionados, julgue os próximos itens.
A expressão “jacobinos negros”, empregada para descrever os revolucionários haitianos, é uma referência comparativa ao grupo político francês que radicalizou as ações na Revolução Francesa quando de sua chegada ao poder.
Texto
É importante insistir que no quadro das profundas desigualdades raciais existentes no continente americano, se inscreve, e muito bem articulada, a desigualdade sexual. Trata-se de uma discriminação múltipla para com as mulheres não brancas da região: as amefricanas e as ameríndias. O caráter da sua condição biológica — racial e sexual — faz com que elas sejam as mulheres mais oprimidas e exploradas de uma região de capitalismo patriarcal-racista dependente. Justamente porque este sistema transforma as diferenças em desigualdades é que a discriminação que elas sofrem assume um caráter triplo, dada sua posição de classe, raça e de gênero. As ameríndias e amefricanas fazem parte, na sua grande maioria, do proletariado afrolatinoamericano.
Lélia Gonzalez. Por um feminismo afro-latino-americano. In: Revista ISIS Internacional, Santiago, n.º 9, 1988 (com adaptações).
Texto
A recente bibliografia sobre relações raciais no Brasil, basicamente a estrangeira, está permeada de exemplos nos quais se demonstra que a negação do preconceito racial, antes de constituir a reflexão consciente de nossa situação, traduz certa urgência de aliviar os possíveis conflitos decorrentes do confronto de poder entre os grupos que formam nossa sociedade.
Beatriz Nascimento. Nossa democracia racial, (1977). In: Alex Ratts. Eu sou Atlântica. São Paulo: Instituto Kuanza, 2006, p. 107 (com adaptações).
A respeito dos conceitos históricos de que tratam os fragmentos de texto precedentes, julgue o item seguinte.
De acordo com o texto II, as relações raciais no Brasil são marcadas pela ausência de preconceito racial, comprovada pelos indicadores sociais que revelam a igualdade de oportunidades e de tratamento entre negros e brancos e suas equânimes representações nos espaços de poder político e econômico no país.
Os quase vinte anos que separam o fim da Primeira Guerra Mundial (novembro de 1918) e o começo da Segunda Guerra Mundial (1939) foram marcados pelo descrédito dos sistemas liberais representativos e pelo crescimento avassalador de alternativas autoritárias. O fascismo italiano, em 1922, e o nazismo alemão, em 1933, são apenas os casos mais emblemáticos. Para piorar, em 1929, os Estados Unidos da América (EUA) e o sistema capitalista se viram diante de uma das maiores crises econômicas da história. Os movimentos fascistas se espalharam então, prometendo o fim do desemprego e repudiando a ideia do igualitarismo, o comunismo e a democracia. Seus efeitos foram devastadores.]
Bruno Garcia. O outono da democracia. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, n.º 88, jan./2013, p. 24-5 (com adaptações).
Com relação às informações do texto precedente e a aspectos diversos por elas suscitados, julgue o item a seguir.
A crise de 1929 foi ocasionada, principalmente, pelos gastos do governo norte-americano com a corrida armamentista e a disputa pelo domínio global com a União Soviética, que saiu como a maior vencedora da Primeira Guerra Mundial.
Os quase vinte anos que separam o fim da Primeira Guerra Mundial (novembro de 1918) e o começo da Segunda Guerra Mundial (1939) foram marcados pelo descrédito dos sistemas liberais representativos e pelo crescimento avassalador de alternativas autoritárias. O fascismo italiano, em 1922, e o nazismo alemão, em 1933, são apenas os casos mais emblemáticos. Para piorar, em 1929, os Estados Unidos da América (EUA) e o sistema capitalista se viram diante de uma das maiores crises econômicas da história. Os movimentos fascistas se espalharam então, prometendo o fim do desemprego e repudiando a ideia do igualitarismo, o comunismo e a democracia. Seus efeitos foram devastadores.]
Bruno Garcia. O outono da democracia. In: Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 8, n.º 88, jan./2013, p. 24-5 (com adaptações).
Com relação às informações do texto precedente e a aspectos diversos por elas suscitados, julgue o item a seguir.
A Segunda Guerra Mundial envolveu, em campos opostos ou aliados, países europeus que representavam diferentes regimes políticos, como os totalitários — Alemanha, Itália e URSS — e as democracias liberais — Inglaterra e França, que defendiam a liberdade na Europa, mas exerciam sistemas coloniais marcados pela opressão e pelo racismo na África e na Ásia.