Texto
Mentira e verdade
Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais importante do mundo moderno é a informação. Pensando bem, foi sempre mais ou menos assim. Quem detinha a informação era poderoso – daí que a mídia foi elevada a quarto poder, tese contra a qual sempre me manifestei, achando que a mídia é uma força, mas não o poder.
Com a chegada da internet, suas imensas e inesperadas oportunidades, o monopólio da informação pulverizou-se. Os jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o golpe, os livros logo em seguida, havendo até a previsão de que ele acabará na medida em que se limitar ao seu atual desenho gráfico, que vem de Gutenberg.
Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia impressa ficará dependente não dos seus quadros profissionais, de sua estrutura de captação das informações. Qualquer pessoa, a qualquer hora do dia ou da noite, acessando blogs e sites individualizados, ficará por dentro do que acontece ou acontecerá.
Na atual crise que o país atravessa, a imprensa em muitas ocasiões foi caudatária do que os blogs informavam duas, três vezes ao dia. Em termos de amplidão, eles sempre ganharão de goleada da imprensa escrita e falada.
O gigantismo da internet tem, porém, pés de barro. Se ganha no alcance, perde no poder de concentração e análise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou sem informação alguma, pode manter uma fonte de notícias ou comentários com responsabilidade zero, credibilidade zero, coerência zero.
O mercado da informação, que formaria o poder no mundo moderno, em breve estará tão poluído que dificilmente saberemos o que ainda não sabemos: o que é mentira e o que é verdade.
Carlos Heitor Cony. In: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u241.shtml. Acesso em 12/10/2009.
Assinale a alternativa na qual a regência nominal segue as regras da Norma Padrão.
Texto
Mentira e verdade
Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais importante do mundo moderno é a informação. Pensando bem, foi sempre mais ou menos assim. Quem detinha a informação era poderoso – daí que a mídia foi elevada a quarto poder, tese contra a qual sempre me manifestei, achando que a mídia é uma força, mas não o poder.
Com a chegada da internet, suas imensas e inesperadas oportunidades, o monopólio da informação pulverizou-se. Os jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o golpe, os livros logo em seguida, havendo até a previsão de que ele acabará na medida em que se limitar ao seu atual desenho gráfico, que vem de Gutenberg.
Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia impressa ficará dependente não dos seus quadros profissionais, de sua estrutura de captação das informações. Qualquer pessoa, a qualquer hora do dia ou da noite, acessando blogs e sites individualizados, ficará por dentro do que acontece ou acontecerá.
Na atual crise que o país atravessa, a imprensa em muitas ocasiões foi caudatária do que os blogs informavam duas, três vezes ao dia. Em termos de amplidão, eles sempre ganharão de goleada da imprensa escrita e falada.
O gigantismo da internet tem, porém, pés de barro. Se ganha no alcance, perde no poder de concentração e análise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou sem informação alguma, pode manter uma fonte de notícias ou comentários com responsabilidade zero, credibilidade zero, coerência zero.
O mercado da informação, que formaria o poder no mundo moderno, em breve estará tão poluído que dificilmente saberemos o que ainda não sabemos: o que é mentira e o que é verdade.
Carlos Heitor Cony. In: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u241.shtml. Acesso em 12/10/2009.
Acerca de relações interoracionais presentes no Texto, analise as proposições abaixo.
1) O trecho: “Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais importante do mundo moderno é a informação.” exemplifica um caso em que o complemento de um verbo está na forma de uma oração.
2) Ao afirmar que “O gigantismo da internet tem, porém, pés de barro.”, o autor opera uma mudança na direção argumentativa do texto.
3) No trecho: “Quem detinha a informação era poderoso.”, temos um caso em que o sujeito está codificado na forma de uma oração.
4) No trecho: “Na atual crise que o país atravessa”, o autor utiliza duas formas com função adjetiva em relação ao substantivo ‘crise’: ‘atual’ e ‘que o país atravessa’.
Estão corretas:
Texto
Mentira e verdade
Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais importante do mundo moderno é a informação. Pensando bem, foi sempre mais ou menos assim. Quem detinha a informação era poderoso – daí que a mídia foi elevada a quarto poder, tese contra a qual sempre me manifestei, achando que a mídia é uma força, mas não o poder.
Com a chegada da internet, suas imensas e inesperadas oportunidades, o monopólio da informação pulverizou-se. Os jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o golpe, os livros logo em seguida, havendo até a previsão de que ele acabará na medida em que se limitar ao seu atual desenho gráfico, que vem de Gutenberg.
Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia impressa ficará dependente não dos seus quadros profissionais, de sua estrutura de captação das informações. Qualquer pessoa, a qualquer hora do dia ou da noite, acessando blogs e sites individualizados, ficará por dentro do que acontece ou acontecerá.
Na atual crise que o país atravessa, a imprensa em muitas ocasiões foi caudatária do que os blogs informavam duas, três vezes ao dia. Em termos de amplidão, eles sempre ganharão de goleada da imprensa escrita e falada.
O gigantismo da internet tem, porém, pés de barro. Se ganha no alcance, perde no poder de concentração e análise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou sem informação alguma, pode manter uma fonte de notícias ou comentários com responsabilidade zero, credibilidade zero, coerência zero.
O mercado da informação, que formaria o poder no mundo moderno, em breve estará tão poluído que dificilmente saberemos o que ainda não sabemos: o que é mentira e o que é verdade.
Carlos Heitor Cony. In: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u241.shtml. Acesso em 12/10/2009.
É possível reconhecer uma relação semântica de causalidade no seguinte trecho:
Texto
Mentira e verdade
Alguns estudiosos afirmam que a mercadoria mais importante do mundo moderno é a informação. Pensando bem, foi sempre mais ou menos assim. Quem detinha a informação era poderoso – daí que a mídia foi elevada a quarto poder, tese contra a qual sempre me manifestei, achando que a mídia é uma força, mas não o poder.
Com a chegada da internet, suas imensas e inesperadas oportunidades, o monopólio da informação pulverizou-se. Os jornais, creio eu, foram os primeiros a sentir o golpe, os livros logo em seguida, havendo até a previsão de que ele acabará na medida em que se limitar ao seu atual desenho gráfico, que vem de Gutenberg.
Acontece que, mais cedo ou mais tarde, a mídia impressa ficará dependente não dos seus quadros profissionais, de sua estrutura de captação das informações. Qualquer pessoa, a qualquer hora do dia ou da noite, acessando blogs e sites individualizados, ficará por dentro do que acontece ou acontecerá.
Na atual crise que o país atravessa, a imprensa em muitas ocasiões foi caudatária do que os blogs informavam duas, três vezes ao dia. Em termos de amplidão, eles sempre ganharão de goleada da imprensa escrita e falada.
O gigantismo da internet tem, porém, pés de barro. Se ganha no alcance, perde no poder de concentração e análise. Qualquer pessoa, medianamente informada ou sem informação alguma, pode manter uma fonte de notícias ou comentários com responsabilidade zero, credibilidade zero, coerência zero.
O mercado da informação, que formaria o poder no mundo moderno, em breve estará tão poluído que dificilmente saberemos o que ainda não sabemos: o que é mentira e o que é verdade.
Carlos Heitor Cony. In: http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/ult505u241.shtml. Acesso em 12/10/2009.
Assinale a alternativa em que as regras da concordância foram obedecidas.
“A maioria dos trabalhos relacionados aos estudos de climas urbanos (no Brasil), elaborados até o presente, foi desenvolvida tomando o corpo da cidade como um todo, sobre o qual são traçadas isolinhas após a identificação de diferenças, principalmente termohigrométricas e de poluição, a partir de dados levantados em pontos plotados de diversas maneiras. Poucos estudos, porém, se basearam no detalhamento prévio das diferenças de sítios e do uso do solo urbano como suporte para a compreensão da formação do clima derivado dos diferentes arranjos espaciais da cidade. A formação de condições climáticas intraurbanas, derivadas diretamente de heterogeneidade tanto do sítio quanto da estruturação, morfologia e funcionalidade urbanas, gerando paralelamente ao clima da cidade (clima local:urbano), bolsões climáticos intraurbanos diferenciados (ilhas de calor, ilhas de frescor, topoclimas, microclimas) carece ainda de mais atenção dos estudiosos do clima das cidades. (...) A identificação o mais detalhada possível dos diferentes espaços intraurbanos é de grande importância, pois a partir dela também é possível identificar os fatores causadores da diferenciação climática do ambiente citadino).”
(Adaptado de MONTEIRO, C. A de F. & MENDONÇA, F. Clima Urbano. São Paulo: Contexto, 2003)
A partir da leitura desse texto e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto enfocado, analise os comentários feitos a seguir.
1) O trecho: “A maioria dos trabalhos relacionados aos estudos de clima (no Brasil), elaborados até o presente, foi desenvolvida tomando o corpo da cidade como um todo”, refere-se ao fato de que a heterogeneidade de espaços na cidade pode gerar microclimas diferentes.
2) O trecho: “sobre o qual são traçadas isolinhas após a identificação de diferenças principalmente termo-higrométricas e de poluição”, refere-se às isotermas e isohigras que os climatologistas traçam para identificar o clima urbano.
3) O trecho “bolsões climáticos intra-urbanos diferenciados” refere-se às inundações causadas por rios obstruídos ou assoreados nas cidades.
4) O fragmento “a compreensão da formação do clima derivado dos diferentes arranjos espaciais da cidade” refere-se ao fato de que diferentes espaços existentes na cidade podem causar diferentes climas em pequena escala.
Está(ão) correta(s) apenas: