DICIONÁRIO FEITO POR CRIANÇAS REVELA
UM MUNDO QUE OS ADULTOS NÃO ENXERGAM MAIS
[1] Em abril, aconteceu a Feira do Livro de Bogotá, e um dos maiores sucessos foi um livro chamado
Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Nele, há um dicionário com mais de 500
definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que
[5] os adultos já não conseguem perceber. O autor do livro é o professor Javier Naranjo, que
compilou informações ao longo de dez anos durante as aulas. Ele conta que a ideia surgiu
quando ele pediu aos seus alunos para definirem a palavra “criança”, e uma das respostas que
lhe chamou atenção foi: “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e
vai dormir cedo”.
[10] Veja outros verbetes do livro e as idades das crianças que os definiram:
• Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma. (Andrés, 8 anos)
• Água: transparência que se pode tomar. (Tatiana, 7 anos)
• Branco: o branco é uma cor que não pinta. (Jonathan, 11 anos)
• Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro, somente seus filhos. (Luis, 8 anos)
[15] • Céu: de onde sai o dia. (Duván, 8 anos)
• Dinheiro: coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos.
(Ana María, 12 anos)
• Escuridão: é como o frescor da noite. (Ana Cristina, 8 anos)
• Guerra: gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz. (Juan Carlos, 11 anos)
[20] • Inveja: atirar pedras nos amigos. (Alejandro, 7 anos)
• Mãe: mãe entende e depois vai dormir. (Juan, 6 anos)
• Paz: quando a pessoa se perdoa. (Juan Camilo, 8 anos)
• Solidão: tristeza que dá na pessoa às vezes. (Iván, 10 anos)
• Tempo: coisa que passa para lembrar. (Jorge, 8 anos)
• Universo: casa das estrelas. (Carlos, 12 anos)
André Fantin Adaptado de repertoriocriativo.com.br, 22/05/2013.
Por meio da generalização, pode-se atribuir um determinado conjunto de traços que não se relacionam apenas com o que está sendo nomeado.
O melhor exemplo desse procedimento de generalização está presente em:
DICIONÁRIO FEITO POR CRIANÇAS REVELA
UM MUNDO QUE OS ADULTOS NÃO ENXERGAM MAIS
[1] Em abril, aconteceu a Feira do Livro de Bogotá, e um dos maiores sucessos foi um livro chamado
Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Nele, há um dicionário com mais de 500
definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que
[5] os adultos já não conseguem perceber. O autor do livro é o professor Javier Naranjo, que
compilou informações ao longo de dez anos durante as aulas. Ele conta que a ideia surgiu
quando ele pediu aos seus alunos para definirem a palavra “criança”, e uma das respostas que
lhe chamou atenção foi: “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e
vai dormir cedo”.
[10] Veja outros verbetes do livro e as idades das crianças que os definiram:
• Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma. (Andrés, 8 anos)
• Água: transparência que se pode tomar. (Tatiana, 7 anos)
• Branco: o branco é uma cor que não pinta. (Jonathan, 11 anos)
• Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro, somente seus filhos. (Luis, 8 anos)
[15] • Céu: de onde sai o dia. (Duván, 8 anos)
• Dinheiro: coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos.
(Ana María, 12 anos)
• Escuridão: é como o frescor da noite. (Ana Cristina, 8 anos)
• Guerra: gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz. (Juan Carlos, 11 anos)
[20] • Inveja: atirar pedras nos amigos. (Alejandro, 7 anos)
• Mãe: mãe entende e depois vai dormir. (Juan, 6 anos)
• Paz: quando a pessoa se perdoa. (Juan Camilo, 8 anos)
• Solidão: tristeza que dá na pessoa às vezes. (Iván, 10 anos)
• Tempo: coisa que passa para lembrar. (Jorge, 8 anos)
• Universo: casa das estrelas. (Carlos, 12 anos)
André Fantin Adaptado de repertoriocriativo.com.br, 22/05/2013.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que os adultos já não conseguem perceber. (l. 4-5)
Adultos e crianças, embora usando a mesma linguagem, não veem e não descrevem o mundo da mesma maneira.
Com base no conteúdo desse fragmento, pode-se concluir que qualquer descrição da realidade apresenta a seguinte característica:
DICIONÁRIO FEITO POR CRIANÇAS REVELA
UM MUNDO QUE OS ADULTOS NÃO ENXERGAM MAIS
[1] Em abril, aconteceu a Feira do Livro de Bogotá, e um dos maiores sucessos foi um livro chamado
Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Nele, há um dicionário com mais de 500
definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que
[5] os adultos já não conseguem perceber. O autor do livro é o professor Javier Naranjo, que
compilou informações ao longo de dez anos durante as aulas. Ele conta que a ideia surgiu
quando ele pediu aos seus alunos para definirem a palavra “criança”, e uma das respostas que
lhe chamou atenção foi: “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e
vai dormir cedo”.
[10] Veja outros verbetes do livro e as idades das crianças que os definiram:
• Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma. (Andrés, 8 anos)
• Água: transparência que se pode tomar. (Tatiana, 7 anos)
• Branco: o branco é uma cor que não pinta. (Jonathan, 11 anos)
• Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro, somente seus filhos. (Luis, 8 anos)
[15] • Céu: de onde sai o dia. (Duván, 8 anos)
• Dinheiro: coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos.
(Ana María, 12 anos)
• Escuridão: é como o frescor da noite. (Ana Cristina, 8 anos)
• Guerra: gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz. (Juan Carlos, 11 anos)
[20] • Inveja: atirar pedras nos amigos. (Alejandro, 7 anos)
• Mãe: mãe entende e depois vai dormir. (Juan, 6 anos)
• Paz: quando a pessoa se perdoa. (Juan Camilo, 8 anos)
• Solidão: tristeza que dá na pessoa às vezes. (Iván, 10 anos)
• Tempo: coisa que passa para lembrar. (Jorge, 8 anos)
• Universo: casa das estrelas. (Carlos, 12 anos)
André Fantin Adaptado de repertoriocriativo.com.br, 22/05/2013.
Uma afirmação paradoxal contém alguma contradição interna.
Um exemplo de afirmação paradoxal é identificado em:
DICIONÁRIO FEITO POR CRIANÇAS REVELA
UM MUNDO QUE OS ADULTOS NÃO ENXERGAM MAIS
[1] Em abril, aconteceu a Feira do Livro de Bogotá, e um dos maiores sucessos foi um livro chamado
Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Nele, há um dicionário com mais de 500
definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que
[5] os adultos já não conseguem perceber. O autor do livro é o professor Javier Naranjo, que
compilou informações ao longo de dez anos durante as aulas. Ele conta que a ideia surgiu
quando ele pediu aos seus alunos para definirem a palavra “criança”, e uma das respostas que
lhe chamou atenção foi: “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e
vai dormir cedo”.
[10] Veja outros verbetes do livro e as idades das crianças que os definiram:
• Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma. (Andrés, 8 anos)
• Água: transparência que se pode tomar. (Tatiana, 7 anos)
• Branco: o branco é uma cor que não pinta. (Jonathan, 11 anos)
• Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro, somente seus filhos. (Luis, 8 anos)
[15] • Céu: de onde sai o dia. (Duván, 8 anos)
• Dinheiro: coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos.
(Ana María, 12 anos)
• Escuridão: é como o frescor da noite. (Ana Cristina, 8 anos)
• Guerra: gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz. (Juan Carlos, 11 anos)
[20] • Inveja: atirar pedras nos amigos. (Alejandro, 7 anos)
• Mãe: mãe entende e depois vai dormir. (Juan, 6 anos)
• Paz: quando a pessoa se perdoa. (Juan Camilo, 8 anos)
• Solidão: tristeza que dá na pessoa às vezes. (Iván, 10 anos)
• Tempo: coisa que passa para lembrar. (Jorge, 8 anos)
• Universo: casa das estrelas. (Carlos, 12 anos)
André Fantin Adaptado de repertoriocriativo.com.br, 22/05/2013.
“uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e vai dormir cedo”.(l. 8-9)
Na definição acima, o trecho sublinhado contém duas comparações implícitas, que têm como referência o mundo dos adultos.
Essas comparações são feitas por meio do seguinte recurso:
DICIONÁRIO FEITO POR CRIANÇAS REVELA
UM MUNDO QUE OS ADULTOS NÃO ENXERGAM MAIS
[1] Em abril, aconteceu a Feira do Livro de Bogotá, e um dos maiores sucessos foi um livro chamado
Casa das estrelas: o universo contado pelas crianças. Nele, há um dicionário com mais de 500
definições para 133 palavras, de A a Z, feitas por crianças.
O curioso deste “dicionário infantil” é como as crianças definem o mundo através daquilo que
[5] os adultos já não conseguem perceber. O autor do livro é o professor Javier Naranjo, que
compilou informações ao longo de dez anos durante as aulas. Ele conta que a ideia surgiu
quando ele pediu aos seus alunos para definirem a palavra “criança”, e uma das respostas que
lhe chamou atenção foi: “uma criança é um amigo que tem o cabelo curtinho, não toma rum e
vai dormir cedo”.
[10] Veja outros verbetes do livro e as idades das crianças que os definiram:
• Adulto: pessoa que, em toda coisa que fala, fala primeiro dela mesma. (Andrés, 8 anos)
• Água: transparência que se pode tomar. (Tatiana, 7 anos)
• Branco: o branco é uma cor que não pinta. (Jonathan, 11 anos)
• Camponês: um camponês não tem casa, nem dinheiro, somente seus filhos. (Luis, 8 anos)
[15] • Céu: de onde sai o dia. (Duván, 8 anos)
• Dinheiro: coisa de interesse para os outros com a qual se faz amigos e, sem ela, se faz inimigos.
(Ana María, 12 anos)
• Escuridão: é como o frescor da noite. (Ana Cristina, 8 anos)
• Guerra: gente que se mata por um pedaço de terra ou de paz. (Juan Carlos, 11 anos)
[20] • Inveja: atirar pedras nos amigos. (Alejandro, 7 anos)
• Mãe: mãe entende e depois vai dormir. (Juan, 6 anos)
• Paz: quando a pessoa se perdoa. (Juan Camilo, 8 anos)
• Solidão: tristeza que dá na pessoa às vezes. (Iván, 10 anos)
• Tempo: coisa que passa para lembrar. (Jorge, 8 anos)
• Universo: casa das estrelas. (Carlos, 12 anos)
André Fantin Adaptado de repertoriocriativo.com.br, 22/05/2013.
Escuridão: é como o frescor da noite. (l. 18)
O verbete citado apresenta uma definição poética para o termo “escuridão”.
Essa afirmativa pode ser justificada pelo fato de a autora do verbete ter optado por
A relação entre esses recursos gráficos e a mensagem contida no terceiro quadrinho possui um sentido de: