Leia os textos a seguir.
Vídeo-minuto, como o próprio nome diz, é um formato de vídeo com até 60 segundos. Pode ser utilizado para exibir produções audiovisuais curtas, de ficção ou não ficção, para apresentar boletins de notícias durante a programação de uma emissora ou mesmo veicular notícias nas redes sociais, para relatar brevemente os resultados de uma pesquisa, para fazer a propaganda de um produto ou serviço, para fazer uma apresentação pessoal, entre outros. Enfim, o vídeo-minuto é um formato de vídeo que, a princípio, pode servir a qualquer gênero audiovisual que se encaixe em 60 segundos. Sendo assim, vídeos-minuto podem ser classificados como gêneros multissemióticos ou multimodais (ROJO, 2014).
SILVA, Jonathan Zotti da O vídeo-minuto como prática de imprensa escolar. Trabalho de conclusão de curso (Especialização) -- Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Centro de Estudos Interdisciplinares em Novas Tecnologias da Educação, Mídias na Educação, Porto Alegre, BR-RS, 2018, p. 32. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/200665. Acesso 08/10/2022
A questão da curta duração do vídeo-minuto também é um ponto importante, levando em conta todas as etapas: a produção do material, a adequação aos espaços de publicização, como as redes sociais referidas, e mesmo pensando em alcance e no perfil do público, considerando que um vídeo breve, em tais canais de divulgação, tem mais possibilidades de ser visualizado por completo.
SILVA, Suéllen Rodrigues Ramos; CARVALHO, Danielle Abrantes de MENEZES; Lima, Maria de Lourdes Pereira; SILVA, Liliane Cunha; COSTA FILHO, José Moacir Soares. OS GÊNEROS DIGITAIS NA BNCC E AS POTENCIALIDADES DO VÍDEO-MINUTO. Disponível em minuto digital genres in bncc and // › › w Acesso 08/10/2022
Levando em consideração as ideias dos textos, é CORRETO afirmar que o vídeo-minuto
Texto
O campo da História Indígena e do Indigenismo enfrenta alguns desafios. Diante de uma historiografia na qual os povos indígenas têm presença diminuta e na qual comparecem como objeto do interesse de outros agentes, elegê-los como foco das análises é, já, uma tarefa de monta. A oferta de documentos constitui uma outra batalha. Quanto mais nos distanciamos do tempo presente, menores são as chances de nos depararmos com documentos escritos produzidos por indígenas. Um e outro desafio, no entanto, conformam o rol de operações que os historiadores realizam, pois demandam o domínio dos instrumentos do ofício para trazer o indígena à cena histórica e fazê-lo “falar”
Reconhecer o protagonismo indígena, porém, desafia os historiadores desde uma outra dimensão de seu trabalho. Não se trata, apenas, de arrolar eventos nos quais os povos indígenas estiveram envolvidos, mas de assumir uma outra perspectiva nas abordagens. Tratar de protagonismo indígena requer assumir o índio como agente histórico pleno, demarcado por interesses, agendas e propósitos próprios. Exige do historiador que atente para as perspectivas indígenas, para suas trajetórias, para suas motivações. Abordar o protagonismo indígena significa considerar como relevantes as motivações e as ações indígenas, concebendo-as como resultado e resultante de escolhas, avaliações, contextos e situações que lhes são próprias, reconhecendo e incorporando a perspectiva indígena. Isso não se limita, que fique claro, ao uso de documentos nos quais as falas indígenas estejam presentes, mas no redimensionamento das abordagens, especialmente no abandono de uma postura que assume, de forma unívoca, a Europa e os processos que lá se constituíram como as matrizes da História do Brasil.
Este último movimento se mostra fundamental para a escrita da história indígena. Além disso, vem impactando a conformação do saber histórico escolar, segundo encaminham as transformações ocorridas no conteúdo curricular, estabelecidas pela alteração do artigo 26º da Lei de Diretrizes e Base da Educação. A assunção de que a História do Brasil compreende a História da África, a Cultura Afrobrasileira e a História Indígena redimensiona a memória construída acerca da formação do país e da nação. Decorrente das demandas da sociedade civil, a inclusão de tais temáticas representa não apenas uma ampliação dos temas relativos à História do Brasil, mas o reconhecimento de que vastos segmentos da sociedade brasileira não se viam representados, de fato e de direito, na História Ensinada, conformando uma memória excludente acerca da formação do país e da sociedade.
Nossa pesquisa pretendeu verificar de que forma o saber histórico escolar, por meio da literatura didática, enfrenta o desafio colocado pela sociedade civil através da legislação e das políticas públicas. [...] Nossos resultados comprovaram que, mesmo após a exigência legal de presença da história e cultura indígena como constitutiva da história do Brasil, a narrativa presente na maioria dos livros didáticos não estabelece os indígenas como protagonistas e permanece reiterando certa memória histórica sobre a origem da nação. Memória pautada na correlação desigual entre atores, em que os portugueses são protagonistas de processos que se desenrolaram ao longo de nossa história e os indígenas são descritos como coadjuvantes exóticos, passivos e atemporais dessas ações. Percebe-se que a pretensão de substituição de uma memória da tradição por uma memória reivindicada pelos direitos recém-adquiridos precisa ir além da contribuição dos dispositivos legais e da produção historiográfica específica sobre a história indígena, reestruturando internamente a narrativa escolar sobre os personagens que construíram a história nacional em sua relação com a história mundial, de modo a propiciar a constituição de identidades contemporâneas que reconheçam a possibilidade de sua própria soberania, e não apenas a subjugação ao outro.
Excertos adaptados de COELHO, Mauro Cezar; ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. Paradoxos do protagonismo indígena na escrita escolar da História do Brasil. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 25, p. 464 - 488, jul./set. 2018.
Analisando os modos como o Texto se organiza e seu funcionamento social, assinale a alternativa CORRETA.
Texto
O campo da História Indígena e do Indigenismo enfrenta alguns desafios. Diante de uma historiografia na qual os povos indígenas têm presença diminuta e na qual comparecem como objeto do interesse de outros agentes, elegê-los como foco das análises é, já, uma tarefa de monta. A oferta de documentos constitui uma outra batalha. Quanto mais nos distanciamos do tempo presente, menores são as chances de nos depararmos com documentos escritos produzidos por indígenas. Um e outro desafio, no entanto, conformam o rol de operações que os historiadores realizam, pois demandam o domínio dos instrumentos do ofício para trazer o indígena à cena histórica e fazê-lo “falar”
Reconhecer o protagonismo indígena, porém, desafia os historiadores desde uma outra dimensão de seu trabalho. Não se trata, apenas, de arrolar eventos nos quais os povos indígenas estiveram envolvidos, mas de assumir uma outra perspectiva nas abordagens. Tratar de protagonismo indígena requer assumir o índio como agente histórico pleno, demarcado por interesses, agendas e propósitos próprios. Exige do historiador que atente para as perspectivas indígenas, para suas trajetórias, para suas motivações. Abordar o protagonismo indígena significa considerar como relevantes as motivações e as ações indígenas, concebendo-as como resultado e resultante de escolhas, avaliações, contextos e situações que lhes são próprias, reconhecendo e incorporando a perspectiva indígena. Isso não se limita, que fique claro, ao uso de documentos nos quais as falas indígenas estejam presentes, mas no redimensionamento das abordagens, especialmente no abandono de uma postura que assume, de forma unívoca, a Europa e os processos que lá se constituíram como as matrizes da História do Brasil.
Este último movimento se mostra fundamental para a escrita da história indígena. Além disso, vem impactando a conformação do saber histórico escolar, segundo encaminham as transformações ocorridas no conteúdo curricular, estabelecidas pela alteração do artigo 26º da Lei de Diretrizes e Base da Educação. A assunção de que a História do Brasil compreende a História da África, a Cultura Afrobrasileira e a História Indígena redimensiona a memória construída acerca da formação do país e da nação. Decorrente das demandas da sociedade civil, a inclusão de tais temáticas representa não apenas uma ampliação dos temas relativos à História do Brasil, mas o reconhecimento de que vastos segmentos da sociedade brasileira não se viam representados, de fato e de direito, na História Ensinada, conformando uma memória excludente acerca da formação do país e da sociedade.
Nossa pesquisa pretendeu verificar de que forma o saber histórico escolar, por meio da literatura didática, enfrenta o desafio colocado pela sociedade civil através da legislação e das políticas públicas. [...] Nossos resultados comprovaram que, mesmo após a exigência legal de presença da história e cultura indígena como constitutiva da história do Brasil, a narrativa presente na maioria dos livros didáticos não estabelece os indígenas como protagonistas e permanece reiterando certa memória histórica sobre a origem da nação. Memória pautada na correlação desigual entre atores, em que os portugueses são protagonistas de processos que se desenrolaram ao longo de nossa história e os indígenas são descritos como coadjuvantes exóticos, passivos e atemporais dessas ações. Percebe-se que a pretensão de substituição de uma memória da tradição por uma memória reivindicada pelos direitos recém-adquiridos precisa ir além da contribuição dos dispositivos legais e da produção historiográfica específica sobre a história indígena, reestruturando internamente a narrativa escolar sobre os personagens que construíram a história nacional em sua relação com a história mundial, de modo a propiciar a constituição de identidades contemporâneas que reconheçam a possibilidade de sua própria soberania, e não apenas a subjugação ao outro.
Excertos adaptados de COELHO, Mauro Cezar; ROCHA, Helenice Aparecida Bastos. Paradoxos do protagonismo indígena na escrita escolar da História do Brasil. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 25, p. 464 - 488, jul./set. 2018.
Um texto pode ser comparado a uma espécie de “rede”, na qual cada parte se conecta à(s) outra(s), com vistas ao desenvolvimento de um tema principal. Nessa rede, podemos identificar relações de sentido.
Sobre algumas relações de sentido presentes no Texto, assinale a alternativa CORRETA.
Observe, agora, a exploração que se faz, no Texto, de características da estética Barroca. Esse texto serve de base à Questão.
Texto
O hibridismo entre a arte barroca romana e a tropicalidade brasileira deu origem a dois novos produtos da parceria entre a marca e os designers.
Com mais de dez anos, a consolidada parceria entre Melissa e os Irmãos Campana volta a gerar novos produtos. Para o Verão 2016, moda e design unem-se na criação dessa nova minicoleção, que promete encantar o cotidiano das consumidoras.
A novidade conjuga arte barroca romana com a brasilidade para compor duas flats: a Melissa Barroca + Irmãos Campana (rasteira) e a Melissa Barroca Sandal + Irmãos Campana (sapatilha). O resultado dessa mistura inusitada pode ser notado na trama que compõe os produtos, trazendo florais, anjos e asas – elementos adjuntos da fundição de latão e bronze italiano – e animais, como lagartos (para causar ruptura no olhar e questionamento por parte do observador), insetos e pássaros – que remetem à fauna brasileira. Além disso, a textura também é composta por elementos inusitados como presilhas, tesouras, assim como parafusos, molas e telas metálicas, infiltrados como símbolos contemporâneos na composição dos modelos com temática rococó. [...]
Disponível em: http://www.portaldapropaganda.com.br/noticias/589/melissa-e-irmaos-campana-novidade-para-o-verao-2016. Acesso em 01.out.2022. Excerto adaptado.
No Texto, podemos perceber que o autor adota uma maneira de escrever que poderiamos chamar de “norma de prestígio”, por meio da qual ele pretende alcançar leitores que têm condições socioeconômicas de adquirir os produtos descritos.
Sobre algumas marcas dessa “norma de prestígio” e as intenções comunicativas do texto, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o trecho a seguir:
O mundo romano é visto como branco e em que as pessoas de cor não tinham lugar ou estavam à margem social. No entanto [...] gregos e romanos não pensavam dessa maneira. Eles estavam cientes das diferenças. Mas para os romanos, branco ou preto não eram categorias sociais significativas. [...] O mundo clássico é uma parte de nossas tradições culturais. O colonialismo embranqueceu os clássicos. Tal branqueamento marginaliza os negros. Tornar os romanos negros visíveis resiste às mentalidades coloniais. Ele incorpora os negros nessa tradição cultural.
Jo Adetunji, Challenging the whiteness of classics – remembering the Black Romans. Disponível em https://theconversation.com/challenging-the-whiteness-of-classics-remembering-the-black-romans-175180 Acesso em 28/06/2022.
Conforme o texto, é CORRETO afirmar que
Analise a imagem a seguir.
Ela apresenta uma linguagem atual e muito importante para a sociedade. A sua evolução contribui cada vez mais na tomada de decisão quanto ao uso do território.
Sendo assim, assinale a alternativa que apresenta a definição e o papel CORRETO dessa manifestação de linguagem.