No Brasil, a república nunca foi um projeto redutível ao interesse de alguma classe social específica. Seu advento, além disso, nada teve de inevitável. Fosse um pouco mais flexível o núcleo dirigente da monarquia, aceitando a alternativa federalista, e possivelmente a república não teria começado a se tornar realidade em 1889. Pode-se afirmar que as condições críticas atravessadas pela monarquia, a partir de 1870, produziram o desgaste das suas bases de legitimidade e esse foi o caminho historicamente possível para a implantação de um Estado federal.
Adaptado de LEMOS, Renato. A alternativa republicana e o fim da monarquia. In: GRINBERG, Keila & SALLES, Ricardo. O Brasil Imperial, Volume III – 1870-1889. Editora Civilização Brasileira, Rio de Janeiro: 2009, pp. 401-444.
Dois fatores que provocaram o desgaste das bases de sustentação do regime foram:
Os dois primeiros anos do governo de Juscelino Kubitschek não apresentaram mudanças substanciais na política externa que vinha sendo adotada pelo país desde o início da década. A principal marca diplomática brasileira do governo de Kubitschek viria a ser a Operação Panamericana, lançada em maio de 1958.
Adaptado de BARRETO, Fernando de Mello. Os sucessores do Barão: relações exteriores do Brasil, 1912-1964. São Paulo: Paz e Terra, 2001, p.211.
A política externa mencionada no texto tinha como principal objetivo: