Durante o século XVI, a Europa foi assolada por diversos conflitos religiosos.
Na França, por exemplo, ocorreram intermináveis embates entre huguenotes e católicos. Eles foram tão intensos que chegaram a marcar fortemente as relações políticas e diplomáticas entre suas lideranças aristocráticas.
Depois de articular o assassinato de vários líderes protestantes, o rei Carlos IX e a Rainha Mãe, Catarina de Médici, perderam o controle sobre a população majoritariamente católica, que acabou promovendo um banho de sangue, atacando impiedosamente milhares de protestantes huguenotes, entre eles, velhos, mulheres, crianças e bebês, de maneira indiscriminada.
Tal episódio, ocorrido entre os dias 24 e 26 de agosto de 1572, ficou conhecido como A Noite de São Bartolomeu.
Podemos dizer que tal evento ocorreu dentro de um contexto histórico mais amplo, caracterizado, entre outras coisas:
A unidade política conhecida como cidade-estado na Grécia Antiga não resulta de um consenso entre os historiadores. Trata-se de um conceito muito discutido e debatido na historiografia mundial ao longo do tempo.
De qualquer forma, existem algumas características que dão um contorno político, socioeconômico, cultural e religioso semelhantes nessas unidades. Segundo o historiador Norberto Luiz Guarinello (2022, p. 79), por exemplo, dentro das cidades-estados ?as constituições dos [...]provavelmente se inspiraram em modelos orientais, sobretudo egípcios. Tornaram-se as novas moradias dos deuses. Não eram mais deuses de uma família aristocrática ou de uma etnia [...] Eram os deuses de uma comunidade como um todo.?
Essas características são importantes na construção desses modelos políticos e fornecem bases historiográficas determinados padrões, tal como o exemplo de Guarinello nos mostra.
Fonte: Guarinello, Norberto Luiz. História Antiga. 1ª edição. São Paulo: Contexto, 2022, p. 79.
Segundo esse exemplo, podemos dizer que:
Durante a chamada Idade Média a Igreja Católica foi aumentando sobremaineira o seu poder. Estima-se, por exemplo, que chegou a ter mais de um terço das terras agrícolas da França.
Essa força avassaladora foi, em parte, resultado de:
Ailton Krenak, em Ideias para adiar o fim do mundo, livro resultante de uma entrevista e duas palestras que fez em Portugal, nos coloca algumas reflexões:
Como os povos originários do Brasil lidaram com a colonização, que queria acabar com o seu mundo? Quais estratégias esses povos utilizaram para cruzar esse pesadelo e chegar ao século XXI ainda esperançado, reivindicando e desafiando o corte dos contentes? As diferentes manobras que os nossos antepassados fizeram e me alimentei delas, da criatividade e da poesia que inspirou a resistência desses povos. A civilização chamava aquela gente de bárbaros e imprimiu uma guerra sem fim contra eles, com o objetivo de transformá-los em civilizados que poderiam integrar o clube da humanidade. [...] Eles não se renderam porque o pragmatismo proposto era um erro: "A gente não quer essa bubuia". E os caras: "Não, toma essa bubuia. Toma a Bíblia, toma a cruz, toma o colégio, toma a universidade, toma a estrada, toma a ferrovia, toma a mineradora, toma a porra".
Fonte: KRENAK, Ailton. Ideias para adiar o fim do mundo. 2ª ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 28-30.
Diante dessas reflexões de Krenak, entender
Anita Novinsky, em seus estudos sobre a presença de cristãos novos na Bahia, derrubou alguns mitos importantes que têm sido levantados pela historiografia tradicional. Um deles, por exemplo, foi a suposta importância desses personagens no auxílio aos invasores holandeses, justificando, assim, além de sua própria natureza judaizante, sua perseguição pelos Tribunais da Santa Inquisição. Uma das fontes de estudo de Novinsky foi o Relatório de Temudo, importante padre e colaboracionista dos Tribunais de Lisboa. Nesse relatório são listados vários nomes de cristãos novos que foram denunciados à Corte. Segundo a autora ?é interessante notar que os nomes de cristãos novos mencionados nesse relatório pertencem todos aos homens mais antigos da Colônia, alguns já nativos da terra e integrados na vida regional.?
(Fonte: NOVINSKY, Anita. Cristãos novos na Bahia: A Inquisição. 2ª ed. São Paulo: Perspectiva, 1992, p.123)
A partir da leitura do enunciado e de seus conhecimentos, aponte a alternativa CORRETA sobre o tema tratado.
A Revolução Mexicana de 1910, organizada por Emiliano Zapata e Pancho Villa, foi um movimento social peculiar na História da América Latina. Ela decorreu da impossibilidade de diálogo entre as forças políticas elitistas - fossem elas ligadas ao antigo porfiriato, Francisco Madero ou mesmo ao militarismo de Huerta - e as urgentes demandas da população mais empobrecida.
Sobre essa Revolução, é correto afirmarmos: