Leia o capítulo XXXIV, intitulado “A uma alma sensível”, do romance Memórias póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, para responder à questão.
Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que está decerto um tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela sorte de Eugênia, e talvez... sim, talvez, lá no fundo de si mesma, me chame cínico. Eu cínico, alma sensível? Pela coxa de Diana! esta injúria merecia ser lavada com sangue, se o sangue lavasse alguma coisa nesse mundo. Não, alma sensível, eu não sou cínico, eu fui homem; meu cérebro foi um tablado em que se deram peças de todo gênero, o drama sacro, o austero, o piegas, a comédia louçã, a desgrenhada farsa, os autos, as bufonerias, um pandemônio, alma sensível, uma barafunda de coisas e pessoas, em que podias ver tudo, desde a rosa de Esmirna até a arruda do teu quintal, desde o magnífico leito de Cleópatra até o recanto da praia em que o mendigo tirita o seu sono. Cruzavam-se nele pensamentos de vária casta e feição. Não havia ali a atmosfera somente da águia e do beija-flor; havia também a da lesma e do sapo. Retira, pois, a expressão, alma sensível, castiga os nervos, limpa os óculos, — que isso às vezes é dos óculos, — e acabemos de uma vez com esta flor da moita.
(Memórias póstumas de Brás Cubas, 2001.)
A antonomásia consiste na designação de uma pessoa não pelo seu nome, mas por uma qualidade, característica, feito ou fato que a distingue das demais. Por exemplo: “o Pai da Aviação” = Santos Dumont, “o Salvador” = Cristo, “o Poeta dos Escravos” = Castro Alves, “o Criador” = Deus etc.
(Hélio de Seixas Guimarães. Figuras de linguagem, 1988. Adaptado.)
No contexto do romance, constitui uma antonomásia a expressão:
Examine a tira do cartunista André Dahmer.
(Vida e obra de Terêncio Horto, 2014.)
A tira ironiza a ideia de trabalho artístico como algo
Leia a fábula “O menino e o leão desenhado”, do escritor grego Esopo, para responder à questão.
Um homem velho e medroso, pai de um único filho corajoso e afeiçoado à caça, viu, em sonho, esse filho ser morto por um leão. Temendo que fosse uma visão e que o sonho se mostrasse verídico, construiu um belíssimo aposento suspenso e lá manteve o filho protegido. E, para contentá- -lo, também decorou o aposento com pinturas de animais de todas as espécies, entre as quais o desenho de um leão. O rapaz, contudo, quanto mais os contemplava, mais se enchia de dor. E, certa vez, parou diante do leão e disse: “Ô, fera terrível, por culpa sua e do sonho falso de meu pai, estou encerrado numa prisão de mulher! O que devo fazer com você?”. Ao dizer isso, deu um murro contra a parede, no intuito de cegar o leão. Foi então que uma farpa de madeira penetrou sob sua unha e provocou uma dor aguda e uma inflamação, que virou um tumor. Disso resultou uma febre alta, que fez o rapaz deixar a vida bem rápido. Assim, de nada lhe adiantou o artifício de seu pai, uma vez que o leão, embora fosse um mero desenho, acabou matando-o.
(Fábulas completas, 2013.)
A fábula mostra que
Leia a fábula “O menino e o leão desenhado”, do escritor grego Esopo, para responder à questão.
Um homem velho e medroso, pai de um único filho corajoso e afeiçoado à caça, viu, em sonho, esse filho ser morto por um leão. Temendo que fosse uma visão e que o sonho se mostrasse verídico, construiu um belíssimo aposento suspenso e lá manteve o filho protegido. E, para contentá- -lo, também decorou o aposento com pinturas de animais de todas as espécies, entre as quais o desenho de um leão. O rapaz, contudo, quanto mais os contemplava, mais se enchia de dor. E, certa vez, parou diante do leão e disse: “Ô, fera terrível, por culpa sua e do sonho falso de meu pai, estou encerrado numa prisão de mulher! O que devo fazer com você?”. Ao dizer isso, deu um murro contra a parede, no intuito de cegar o leão. Foi então que uma farpa de madeira penetrou sob sua unha e provocou uma dor aguda e uma inflamação, que virou um tumor. Disso resultou uma febre alta, que fez o rapaz deixar a vida bem rápido. Assim, de nada lhe adiantou o artifício de seu pai, uma vez que o leão, embora fosse um mero desenho, acabou matando-o.
(Fábulas completas, 2013.)
Eufemismo é uma palavra ou expressão empregada por outra palavra ou expressão considerada desagradável, grosseira. O eufemismo procura atenuar o sentido de determinados termos que geralmente são considerados demasiado fortes pelos falantes da língua.
(Hélio de Seixas Guimarães. Figuras de linguagem, 1988.)
Observa-se a ocorrência de eufemismo em:
Leia a fábula “O menino e o leão desenhado”, do escritor grego Esopo, para responder à questão.
Um homem velho e medroso, pai de um único filho corajoso e afeiçoado à caça, viu, em sonho, esse filho ser morto por um leão. Temendo que fosse uma visão e que o sonho se mostrasse verídico, construiu um belíssimo aposento suspenso e lá manteve o filho protegido. E, para contentá- -lo, também decorou o aposento com pinturas de animais de todas as espécies, entre as quais o desenho de um leão. O rapaz, contudo, quanto mais os contemplava, mais se enchia de dor. E, certa vez, parou diante do leão e disse: “Ô, fera terrível, por culpa sua e do sonho falso de meu pai, estou encerrado numa prisão de mulher! O que devo fazer com você?”. Ao dizer isso, deu um murro contra a parede, no intuito de cegar o leão. Foi então que uma farpa de madeira penetrou sob sua unha e provocou uma dor aguda e uma inflamação, que virou um tumor. Disso resultou uma febre alta, que fez o rapaz deixar a vida bem rápido. Assim, de nada lhe adiantou o artifício de seu pai, uma vez que o leão, embora fosse um mero desenho, acabou matando-o.
(Fábulas completas, 2013.)
• “Temendo que fosse uma visão e que o sonho se mostrasse verídico, construiu um belíssimo aposento suspenso e lá manteve o filho protegido.”
• “Assim, de nada lhe adiantou o artifício de seu pai, uma vez que o leão, embora fosse um mero desenho, acabou matando-o.”
No contexto, os trechos sublinhados expressam ideia, respectivamente, de
Leia a fábula “O menino e o leão desenhado”, do escritor grego Esopo, para responder à questão.
Um homem velho e medroso, pai de um único filho corajoso e afeiçoado à caça, viu, em sonho, esse filho ser morto por um leão. Temendo que fosse uma visão e que o sonho se mostrasse verídico, construiu um belíssimo aposento suspenso e lá manteve o filho protegido. E, para contentá- -lo, também decorou o aposento com pinturas de animais de todas as espécies, entre as quais o desenho de um leão. O rapaz, contudo, quanto mais os contemplava, mais se enchia de dor. E, certa vez, parou diante do leão e disse: “Ô, fera terrível, por culpa sua e do sonho falso de meu pai, estou encerrado numa prisão de mulher! O que devo fazer com você?”. Ao dizer isso, deu um murro contra a parede, no intuito de cegar o leão. Foi então que uma farpa de madeira penetrou sob sua unha e provocou uma dor aguda e uma inflamação, que virou um tumor. Disso resultou uma febre alta, que fez o rapaz deixar a vida bem rápido. Assim, de nada lhe adiantou o artifício de seu pai, uma vez que o leão, embora fosse um mero desenho, acabou matando-o.
(Fábulas completas, 2013.)
Retoma um termo mencionado anteriormente no texto a palavra sublinhada em: