Para responder à questão, leia a fábula árabe “Um cachorro e um abutre”, cuja autoria é desconhecida.
Certa feita, um cachorro roubou um naco de carne de um abatedouro e correu em direção ao rio, em cujas águas viu o reflexo do naco de carne, bem maior do que o naco que carregava. Largou-o então, e um abutre desceu e agarrou a carne, enquanto o cachorro corria atrás do naco maior, mas nada encontrou. Retornou para pegar a carne que antes carregava, mas também não a encontrou. Pensou então: “A ilusão me fez perder o bom senso, e acabei sem aquilo que eu já tinha por ir atrás daquilo que eu não alcançaria.”
(Mamede Jarouche (org.). Fábulas árabes: do período pré-islâmico ao século XVII, 2021.)
“Pensou então: ‘A ilusão me fez perder o bom senso [...]’.”
Ao se transpor esse trecho para o discurso indireto, os termos sublinhados assumem, respectivamente, as seguintes formas:
Examine a tirinha da cartunista Laerte.
(Laerte. O voo da Lola, 2021.)
Na construção de sua tirinha, Laerte mobiliza fundamentalmente o seguinte recurso expressivo:
Para responder à questão, leia a letra da canção “Foi um rio que passou em minha vida”, de Paulinho da Viola, gravada em 1970.
Se um dia
Meu coração for consultado
Para saber se andou errado
Será difícil negar
Meu coração tem mania de amor
Amor não é fácil de achar
A marca dos meus desenganos ficou, ficou
Só um amor pode apagar
Porém
Há um caso diferente
Que marcou um breve tempo
Meu coração para sempre
Era dia de carnaval
Eu carregava uma tristeza
Não pensava em novo amor
Quando alguém que não me lembro anunciou
Portela1, Portela
O samba trazendo alvorada
Meu coração conquistou
Ah, minha Portela
Quando vi você passar
Senti meu coração apressado
Todo o meu corpo tomado
Minha alegria a voltar
Não posso definir aquele azul
Não era do céu
Nem era do mar
Foi um rio que passou em minha vida
E meu coração se deixou levar
(www.paulinhodaviola.com.br)
1Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela (ou simplesmente Portela): escola de samba brasileira da cidade do Rio de Janeiro que adota como símbolo a águia e as cores azul e branco.
Considerando o contexto em que se insere, está reescrito em ordem direta o seguinte verso da canção:
Para responder à questão, leia a fábula árabe “Um cachorro e um abutre”, cuja autoria é desconhecida.
Certa feita, um cachorro roubou um naco de carne de um abatedouro e correu em direção ao rio, em cujas águas viu o reflexo do naco de carne, bem maior do que o naco que carregava. Largou-o então, e um abutre desceu e agarrou a carne, enquanto o cachorro corria atrás do naco maior, mas nada encontrou. Retornou para pegar a carne que antes carregava, mas também não a encontrou. Pensou então: “A ilusão me fez perder o bom senso, e acabei sem aquilo que eu já tinha por ir atrás daquilo que eu não alcançaria.”
(Mamede Jarouche (org.). Fábulas árabes: do período pré-islâmico ao século XVII, 2021.)
Implícito à fábula está um elogio
Para responder à questão, leia a fábula árabe “Um cachorro e um abutre”, cuja autoria é desconhecida.
Certa feita, um cachorro roubou um naco de carne de um abatedouro e correu em direção ao rio, em cujas águas viu o reflexo do naco de carne, bem maior do que o naco que carregava. Largou-o então, e um abutre desceu e agarrou a carne, enquanto o cachorro corria atrás do naco maior, mas nada encontrou. Retornou para pegar a carne que antes carregava, mas também não a encontrou. Pensou então: “A ilusão me fez perder o bom senso, e acabei sem aquilo que eu já tinha por ir atrás daquilo que eu não alcançaria.”
(Mamede Jarouche (org.). Fábulas árabes: do período pré-islâmico ao século XVII, 2021.)
No trecho “em cujas águas viu o reflexo do naco de carne”, o termo sublinhado pertence à mesma classe gramatical daquele sublinhado em
Leia o soneto do poeta português Manuel Maria Barbosa du Bocage, para responder à questão.
Olha, Marília, as flautas dos pastores,
Que bem que soam, como estão cadentes!
Olha o Tejo a sorrir-se! Olha: não sentes
Os Zéfiros1 brincar por entre as flores?
Vê como ali, beijando-se, os Amores
Incitam nossos ósculos2 ardentes!
Ei-las de planta em planta as inocentes,
As vagas borboletas de mil cores!
Naquele arbusto o rouxinol suspira;
Ora nas folhas a abelhinha para.
Ora nos ares, sussurrando, gira.
Que alegre campo! Que manhã tão clara!
Mas ah!, tudo o que vês, se eu não te vira,
Mais tristeza que a noite me causara.
(Manuel Maria Barbosa du Bocage. Poemas escolhidos, 1974.)
1Zéfiro: vento que sopra do ocidente.
2ósculo: beijo.
Ao longo do soneto, o eu lírico recorre reiteradamente ao seguinte recurso retórico: