[1] O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman, trata da
volta ao castelo de origem de um cavaleiro e de seu
escudeiro que haviam participado do movimento das
[4] Cruzadas. O cavaleiro é abordado pela morte (personificada
em um homem todo vestido de preto) e, antes que ele seja
por ela levado, eles disputam uma partida de xadrez. Como
[7] o cavaleiro vence, são-lhe permitidos mais alguns dias de
vida até uma nova disputa. (...)
De Mario Monicelli, O Incrível Exército de
[10] Brancaleone é, em tom de sátira, narrativa da crise do
feudalismo europeu, em que, com o aumento do número de
servos desocupados e nobres sem terra, os valores
[13] cavalheirescos se tornam, nessas circunstâncias, anacrônicos
e cômicos. (...)
De Jean Jacques Annaud, O Nome da Rosa,
[16] embasado no livro de Umberto Eco, ao focalizar a vida
dentro de um mosteiro, revela correntes de pensamento da
Igreja medieval e práticas da Inquisição, cenário em que um
[19] monge franciscano representa o intelectual renascentista,
humanista e racional.
José Jobson Arruda. Nova história moderna e contemporânea. Bauru: EDUSC; São Paulo: Bandeirantes Gráfica, 2004, p. 20 (com adaptações).
Tendo esses fragmentos de texto como referência, julgue o item a seguir.
O período final da Idade Média, aludido no segundo fragmento de texto, foi marcado por fomes, pestes e religiosidade extremada.
Texto I
[1] A primeira sessão paga de cinema aconteceu no dia
28 de dezembro de 1895, em uma sala nos fundos do Grand
Café, no Boulevard des Capucines, em Paris. Assombrada,
[4] a plateia viu imagens de trabalhadores saindo de uma fábrica
e de um trem chegando à estação. Para os padrões atuais, as
imagens seriam banais, mas, para um mundo acostumado
[7] apenas com os slides estáticos, eram uma revelação. Com a
projeção das imagens em movimento, Louis e Auguste
Lumière realizavam o sonho de muitos inventores — naquela
[10] noite, nascia o cinema.
1.000 que fizeram 100 anos de cinema. In: The Times/IstoÉ. São Paulo: Ed. Três (com adaptações).
Texto II
A Chegada do Trem à Estação (Lumière, 1895), com duração de 50 segundos, narra a chegada de uma locomotiva à plataforma de uma ferrovia repleta de passageiros que a aguardavam. Ao ser projetado, o filme causou espanto diante do público. Como a câmera englobou a totalidade da ação no momento em que o trem chega e para ao lado esquerdo da tela, o público pensou que o trem realmente estava lá, e tamanho foi o medo, que muitos fugiram da sala de exibição, e alguns que permaneceram se esconderam sob as cadeiras.
Fernando Mendonça. A filosofia no cinema.In: Spectrum, p. 103 (com adaptações).
Texto III
Nada nos impede de afirmar que, comparada com a realidade, a aparência da arte seja ilusória; mas, com idêntica razão, se pode dizer que a chamada realidade é uma ilusão ainda mais forte, uma aparência ainda mais enganadora que a aparência da arte. Na vida empírica e sensitiva, chamamos realidade e consideramos como tal o conjunto dos objetos exteriores e das sensações por eles provocadas. No entanto, todo esse conjunto de objetos e sensações é, não um mundo verdade, mas um mundo ilusões. Sabemos como a verídica realidade existe para lá da sensação imediata dos objetos que percebemos diretamente. Antes, pois, ao mundo exterior do que à aparência da arte se aplicará o qualificativo de ilusório. (...) As obras de arte não são, em referência à realidade concreta, simples aparências e ilusões, mas, sim, possuem uma realidade mais alta e uma existência verídica. Caso se queira marcar um fim último à arte, será ele o de revelar a verdade, o de representar, de modo concreto e figurado, aquilo que agita a alma human.
F. Hegel. In: Obras completas, H. G., vol. X.
Texto IV
A teoria de Flaubert sobre o realismo como norma estética evidenciava preocupação apenas com os processos profissionais do romancista. Ele idealizou uma indiferença científica, uma frieza e cuidado na observação dos materiais. Fez uma viagem ao Egito para estudar o cenário da sua novela Salammbô. Mas não se pode dizer que as novelas de Flaubert sejam uma servil tradução dos objetos naturais. “As pessoas creem que estou preso ao real”, disse ele, “quando, na realidade, o detesto”. Esse realismo rapidamente se intensificou na passagem para a fase chamada naturalismo, de que Zola foi o expoente máximo na França.
Wimsatt e Brooks. Crítica literária. Lisboa: Fundação Gulbenkian, 1971, p. 547 (com adaptações).
Texto V
Se tivéssemos de fazer uma trilha sonora para a chegada do trem à estação utilizando como fonte sonora os sons do ambiente da estação, poderíamos planejar a seguinte estrutura musical: som do trem freando lentamente, diminuindo sua velocidade, enquanto se ouve um apito agudo que se repete três vezes; ritmo do movimento da locomotiva ficando mais lento; som do trem diminuindo, e vozes das pessoas na plataforma crescendo de intensidade, de piano para forte; o trem dá seu último suspiro e silêncio. Na plataforma da estação, ouvem-se vozes, choros, pregões de vendedores, sons de carrinhos de carregar bagagem e passos lentos e apressados.
Tendo como referência os fragmentos de textos de I a V apresentados, julgue o item.
Registra-se, nos textos I e II, o aparecimento do cinema em fins do século XIX, período que, sob o ponto de vista de parte das elites, correspondeu à belle époque, quando se acreditava na marcha irreversível do progresso e na força vigorosa da ciência e da tecnologia. Para a maioria da população, todavia, eram graves os efeitos da crise econômica iniciada nos anos 70 do século XIX, entre os quais se incluía a ampliação das correntes migratórias europeias em direção à América.
A publicidade organiza toda sorte de livros, filmes e outros produtos culturais, em escala mundial. Se há uniformização parcial, há mestiçagem cultural. O crescimento de viagens ao estrangeiro, turísticas ou profissionais, e a presença de comunidades de imigrantes reforçam os contatos entre pessoas pertencentes a culturas diferentes. A partir dessas informações, julgue o item que se segue.
Na América colonizada por Portugal e Espanha, os fluxos de mercadorias estavam subordinados, em geral, às práticas mercantilistas vigentes na Europa moderna, voltadas essencialmente para o fortalecimento dos Estados nacionais e para o enriquecimento da burguesia.
[1] O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman, trata da
volta ao castelo de origem de um cavaleiro e de seu
escudeiro que haviam participado do movimento das
[4] Cruzadas. O cavaleiro é abordado pela morte (personificada
em um homem todo vestido de preto) e, antes que ele seja
por ela levado, eles disputam uma partida de xadrez. Como
[7] o cavaleiro vence, são-lhe permitidos mais alguns dias de
vida até uma nova disputa. (...)
De Mario Monicelli, O Incrível Exército de
[10] Brancaleone é, em tom de sátira, narrativa da crise do
feudalismo europeu, em que, com o aumento do número de
servos desocupados e nobres sem terra, os valores
[13] cavalheirescos se tornam, nessas circunstâncias, anacrônicos
e cômicos. (...)
De Jean Jacques Annaud, O Nome da Rosa,
[16] embasado no livro de Umberto Eco, ao focalizar a vida
dentro de um mosteiro, revela correntes de pensamento da
Igreja medieval e práticas da Inquisição, cenário em que um
[19] monge franciscano representa o intelectual renascentista,
humanista e racional.
José Jobson Arruda. Nova história moderna e contemporânea. Bauru: EDUSC; São Paulo: Bandeirantes Gráfica, 2004, p. 20 (com adaptações).
Tendo esses fragmentos de texto como referência, julgue o item a seguir.
A filosofia, na Idade Média, foi desenvolvida em escritos em que, a despeito de terem sido produzidos por pensadores cristãos, entre os quais se incluíam diversos padres da Igreja Católica, havia a separação entre os âmbitos filosófico e religioso.
[1] O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman, trata da
volta ao castelo de origem de um cavaleiro e de seu
escudeiro que haviam participado do movimento das
[4] Cruzadas. O cavaleiro é abordado pela morte (personificada
em um homem todo vestido de preto) e, antes que ele seja
por ela levado, eles disputam uma partida de xadrez. Como
[7] o cavaleiro vence, são-lhe permitidos mais alguns dias de
vida até uma nova disputa. (...)
De Mario Monicelli, O Incrível Exército de
[10] Brancaleone é, em tom de sátira, narrativa da crise do
feudalismo europeu, em que, com o aumento do número de
servos desocupados e nobres sem terra, os valores
[13] cavalheirescos se tornam, nessas circunstâncias, anacrônicos
e cômicos. (...)
De Jean Jacques Annaud, O Nome da Rosa,
[16] embasado no livro de Umberto Eco, ao focalizar a vida
dentro de um mosteiro, revela correntes de pensamento da
Igreja medieval e práticas da Inquisição, cenário em que um
[19] monge franciscano representa o intelectual renascentista,
humanista e racional.
José Jobson Arruda. Nova história moderna e contemporânea. Bauru: EDUSC; São Paulo: Bandeirantes Gráfica, 2004, p. 20 (com adaptações).
Tendo esses fragmentos de texto como referência, julgue o item a seguir.
Humanismo e racionalismo, marcas do movimento renascentista, que inaugurou a modernidade europeia, constituíam os pilares sobre os quais se assentava a Igreja Católica medieval, provável razão de sua ascendência espiritual e temporal naquele contexto histórico.
[1] O Sétimo Selo (1956), de Ingmar Bergman, trata da
volta ao castelo de origem de um cavaleiro e de seu
escudeiro que haviam participado do movimento das
[4] Cruzadas. O cavaleiro é abordado pela morte (personificada
em um homem todo vestido de preto) e, antes que ele seja
por ela levado, eles disputam uma partida de xadrez. Como
[7] o cavaleiro vence, são-lhe permitidos mais alguns dias de
vida até uma nova disputa. (...)
De Mario Monicelli, O Incrível Exército de
[10] Brancaleone é, em tom de sátira, narrativa da crise do
feudalismo europeu, em que, com o aumento do número de
servos desocupados e nobres sem terra, os valores
[13] cavalheirescos se tornam, nessas circunstâncias, anacrônicos
e cômicos. (...)
De Jean Jacques Annaud, O Nome da Rosa,
[16] embasado no livro de Umberto Eco, ao focalizar a vida
dentro de um mosteiro, revela correntes de pensamento da
Igreja medieval e práticas da Inquisição, cenário em que um
[19] monge franciscano representa o intelectual renascentista,
humanista e racional.
José Jobson Arruda. Nova história moderna e contemporânea. Bauru: EDUSC; São Paulo: Bandeirantes Gráfica, 2004, p. 20 (com adaptações).
Tendo esses fragmentos de texto como referência, julgue o item a seguir.
Presença central no filme de Bergmam citado no primeiro fragmento de texto, as Cruzadas podem ser definidas como movimento de expansão da Europa feudal em crise e, como tal, desprovidas de motivação religiosa e de sentido social.