A Filosofia pode nos ajudar a analisar e compreender diversos fenômenos naturais e sociais, bem como formas de produção artística. O conceito de tempo, suas percepções sociais e o tipo de temporalidade envolvido nas mais diversas produções artísticas têm sido discutidos ao longo de toda a história da Filosofia.
O filósofo Santo Agostinho, que viveu na Alta Idade Média, dizia que o tempo é o movimento de distensão da alma humana: o passado é a memória que se possui, o futuro é a expectativa que se nutre e o presente é a atenção que se dedica a algo. A percepção do tempo, portanto, é uma articulação dessas três instâncias psicológicas.
De acordo com Fraisse, no comportamento social, “o operário pago ao dia não tem os mesmos comportamentos temporais que o membro de uma classe média pago ao mês, ou do rentier que recebe anualmente os seus dividendos ou as suas rendas”.
Fraisse, 1967. Apud K. Pomian. Enciclopédia Einaldi, vol. 29. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 12 (com adaptações).
Para Roland Barthes, a fotografia possui uma temporalidade, que ele expressa assim: “(...) ele vai morrer. Leio ao mesmo tempo: isto será e isto foi. Observo, horrorizado, um futuro anterior em que a morte é a aposta. Dando-me o passado absoluto da pose (aoristo), a fotografia diz-me a morte no futuro. O que me fere é a descoberta desta equivalência. Diante da foto da minha mãe criança, digo para mim mesmo: ‘(...) ela vai morrer’. Estremeço como o psicótico de Winnicott, perante uma catástrofe que já aconteceu. Quer o sujeito tenha ou não morrido, toda fotografia é essa catástrofe.”
Em obras de arte, pode haver mais de uma temporalidade sendo simultaneamente articulada. Assim, na representação cênica, há o tempo cênico, que é aquele, simultaneamente, da representação e do espectador que a está assistindo. Há também o tempo dramático, associado ao discurso narrativo, que anuncia e fixa uma temporalidade.
Patrice Pavis. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999 (com adaptações).
Considerando os textos acima e os diferentes aspectos relacionados ao tema por eles abordados, julgue o item.
No teatro, o movimento, a voz, o gesto, o espaço, o texto, a atuação, a sonoplastia, a iluminação e os recursos cênicos utilizados procuram estabelecer o que se pode denominar máscara de atuação, para revelar questões humanas que são representadas em determinado espaço/tempo cênico e dramático.
A figura ao lado ilustra uma das obras da artista contemporânea brasileira Lygia Pape (1927-2004). Nessa obra, a superfície amarela corresponde a um quadrado de lado igual a 30 cm, posicionado no solo, no qual foi feito um furo quadrado de área igual a 1% do quadrado inicial e cujo centro coincide com o centro geométrico deste quadrado. Por esse furo, a luz do Sol penetra, projetando sobre o solo uma forma geométrica retangular, cuja área varia de acordo com a posição do Sol, ou seja, com a hora do dia. Admita que, conforme o esquema ilustrado abaixo, ao meio dia, não haja projeção de figura geométrica no solo; que os raios solares que passam pelo furo sejam paralelos, como ilustrado abaixo, para determinada hora do dia; que x, indicado na figura, seja dado por x = (x - 12) × 15º, para 12 horas < x 18 horas; e que a base da figura projetada no solo mais próxima do quadrado amarelo tenha o mesmo comprimento do lado do furo.
Com base nessas informações e desprezando a espessura do material utilizado para fabricar o quadrado amarelo, julgue o item a seguir.
Nesse trabalho, a artista explora a luz como material artístico para gerar formas.
A figura ao lado ilustra uma das obras da artista contemporânea brasileira Lygia Pape (1927-2004). Nessa obra, a superfície amarela corresponde a um quadrado de lado igual a 30 cm, posicionado no solo, no qual foi feito um furo quadrado de área igual a 1% do quadrado inicial e cujo centro coincide com o centro geométrico deste quadrado. Por esse furo, a luz do Sol penetra, projetando sobre o solo uma forma geométrica retangular, cuja área varia de acordo com a posição do Sol, ou seja, com a hora do dia. Admita que, conforme o esquema ilustrado abaixo, ao meio dia, não haja projeção de figura geométrica no solo; que os raios solares que passam pelo furo sejam paralelos, como ilustrado abaixo, para determinada hora do dia; que x, indicado na figura, seja dado por x = (x - 12) × 15º, para 12 horas < x 18 horas; e que a base da figura projetada no solo mais próxima do quadrado amarelo tenha o mesmo comprimento do lado do furo.
Com base nessas informações e desprezando a espessura do material utilizado para fabricar o quadrado amarelo, julgue o item a seguir.
Do ponto de vista das artes visuais, verifica-se que, nesse trabalho, é produzida uma forma orgânica a partir do uso da luz.
A figura ao lado ilustra uma das obras da artista contemporânea brasileira Lygia Pape (1927-2004). Nessa obra, a superfície amarela corresponde a um quadrado de lado igual a 30 cm, posicionado no solo, no qual foi feito um furo quadrado de área igual a 1% do quadrado inicial e cujo centro coincide com o centro geométrico deste quadrado. Por esse furo, a luz do Sol penetra, projetando sobre o solo uma forma geométrica retangular, cuja área varia de acordo com a posição do Sol, ou seja, com a hora do dia. Admita que, conforme o esquema ilustrado abaixo, ao meio dia, não haja projeção de figura geométrica no solo; que os raios solares que passam pelo furo sejam paralelos, como ilustrado abaixo, para determinada hora do dia; que x, indicado na figura, seja dado por x = (x - 12) × 15º, para 12 horas < x 18 horas; e que a base da figura projetada no solo mais próxima do quadrado amarelo tenha o mesmo comprimento do lado do furo.
Com base nessas informações e desprezando a espessura do material utilizado para fabricar o quadrado amarelo, julgue o item a seguir.
Nas artes visuais, a cor amarela é considerada uma cor fria.
A Filosofia pode nos ajudar a analisar e compreender diversos fenômenos naturais e sociais, bem como formas de produção artística. O conceito de tempo, suas percepções sociais e o tipo de temporalidade envolvido nas mais diversas produções artísticas têm sido discutidos ao longo de toda a história da Filosofia.
O filósofo Santo Agostinho, que viveu na Alta Idade Média, dizia que o tempo é o movimento de distensão da alma humana: o passado é a memória que se possui, o futuro é a expectativa que se nutre e o presente é a atenção que se dedica a algo. A percepção do tempo, portanto, é uma articulação dessas três instâncias psicológicas.
De acordo com Fraisse, no comportamento social, “o operário pago ao dia não tem os mesmos comportamentos temporais que o membro de uma classe média pago ao mês, ou do rentier que recebe anualmente os seus dividendos ou as suas rendas”.
Fraisse, 1967. Apud K. Pomian. Enciclopédia Einaldi, vol. 29. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 12 (com adaptações).
Para Roland Barthes, a fotografia possui uma temporalidade, que ele expressa assim: “(...) ele vai morrer. Leio ao mesmo tempo: isto será e isto foi. Observo, horrorizado, um futuro anterior em que a morte é a aposta. Dando-me o passado absoluto da pose (aoristo), a fotografia diz-me a morte no futuro. O que me fere é a descoberta desta equivalência. Diante da foto da minha mãe criança, digo para mim mesmo: ‘(...) ela vai morrer’. Estremeço como o psicótico de Winnicott, perante uma catástrofe que já aconteceu. Quer o sujeito tenha ou não morrido, toda fotografia é essa catástrofe.”
Em obras de arte, pode haver mais de uma temporalidade sendo simultaneamente articulada. Assim, na representação cênica, há o tempo cênico, que é aquele, simultaneamente, da representação e do espectador que a está assistindo. Há também o tempo dramático, associado ao discurso narrativo, que anuncia e fixa uma temporalidade.
Patrice Pavis. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999 (com adaptações).
Considerando os textos acima e os diferentes aspectos relacionados ao tema por eles abordados, julgue o item.
É possível estabelecer uma analogia entre as temporalidades envolvidas na pintura e as envolvidas na representação cênica, pois, na pintura, tal como na representação cênica, pode-se identificar o tempo do relógio, transcorrido no processo de pintar uma tela, e o tempo dramático, relativo à imagem pintada.
A Filosofia pode nos ajudar a analisar e compreender diversos fenômenos naturais e sociais, bem como formas de produção artística. O conceito de tempo, suas percepções sociais e o tipo de temporalidade envolvido nas mais diversas produções artísticas têm sido discutidos ao longo de toda a história da Filosofia.
O filósofo Santo Agostinho, que viveu na Alta Idade Média, dizia que o tempo é o movimento de distensão da alma humana: o passado é a memória que se possui, o futuro é a expectativa que se nutre e o presente é a atenção que se dedica a algo. A percepção do tempo, portanto, é uma articulação dessas três instâncias psicológicas.
De acordo com Fraisse, no comportamento social, “o operário pago ao dia não tem os mesmos comportamentos temporais que o membro de uma classe média pago ao mês, ou do rentier que recebe anualmente os seus dividendos ou as suas rendas”.
Fraisse, 1967. Apud K. Pomian. Enciclopédia Einaldi, vol. 29. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 12 (com adaptações).
Para Roland Barthes, a fotografia possui uma temporalidade, que ele expressa assim: “(...) ele vai morrer. Leio ao mesmo tempo: isto será e isto foi. Observo, horrorizado, um futuro anterior em que a morte é a aposta. Dando-me o passado absoluto da pose (aoristo), a fotografia diz-me a morte no futuro. O que me fere é a descoberta desta equivalência. Diante da foto da minha mãe criança, digo para mim mesmo: ‘(...) ela vai morrer’. Estremeço como o psicótico de Winnicott, perante uma catástrofe que já aconteceu. Quer o sujeito tenha ou não morrido, toda fotografia é essa catástrofe.”
Em obras de arte, pode haver mais de uma temporalidade sendo simultaneamente articulada. Assim, na representação cênica, há o tempo cênico, que é aquele, simultaneamente, da representação e do espectador que a está assistindo. Há também o tempo dramático, associado ao discurso narrativo, que anuncia e fixa uma temporalidade.
Patrice Pavis. Dicionário de Teatro. São Paulo: Perspectiva, 1999 (com adaptações).
Considerando os textos acima e os diferentes aspectos relacionados ao tema por eles abordados, julgue o item.
O ato de se tirar uma fotografia pode possuir uma temporalidade distinta daquela envolvida no ato de se pintar um quadro, haja vista que o primeiro ato pode ocorrer em um instante, ao passo que o segundo ato normalmente ocupa um intervalo de tempo perceptível por quem o realiza.