[1] Nenhuma cousa se pode prometer à natureza
humana mais conforme a seu maior apetite nem mais
superior a toda a sua capacidade que a notícia dos tempos e
[4] sucessos futuros; e isto é o que oferece a Portugal, à Europa
e ao Mundo esta nova e nunca ouvida História.
As outras histórias contam as cousas passadas, esta
[7] promete dizer as que estão por vir; as outras trazem à
memória aqueles sucessos públicos que viu o Mundo, esta
intenta manifestar ao Mundo aqueles segredos ocultos e
[10] escuríssimos que não chegam a penetrar o entendimento.
Antonio Vieira. História do futuro. José Carlos BrandiAleixo (org.). Brasília: UnB, 2005, p. 121.
A partir da leitura do fragmento de texto acima, de Antonio Vieira, julgue o seguinte item.
Os núcleos do complemento verbal composto da forma verbal “oferece” (l.4) estão hierarquicamente dispostos, o que, associado a outros sentidos expressos no texto, evidencia exaltação da abrangência da “nova e nunca ouvida história” (l.5).
[1] O tempo é elemento constantemente presente.
Numerosas disciplinas estudam o passado, seja ele o das
culturas, sociedades, economias e civilizações — conhecido
[4] por meio de documentos e monumentos ou objetos antigos
ou, pelo contrário, da natureza cognoscível, graças a fósseis
ou a restos inorgânicos. Por outro lado, procura-se conhecer
[7] antecipadamente o futuro praticando a adivinhação ou a
planificação, perscrutando o sentido em direção ao qual se
supõe que se dirija a história, estudando os períodos já
[10] decorridos para estabelecer se ela se desenrola linear ou
ciclicamente, se é contínua, marcada por eventos, ou
interrompida por catástrofes. De modo geral, ocupar-se do
[13] tempo ou do espaço-tempo significa, de certa forma, ocuparse
do universo ou mesmo da totalidade do ser; significa, além
disso, interessar-se por todas as modalidades do devir, pelo
[16] movimento, pelas transformações da energia e pelas
variações da entropia, pela evolução dos seres vivos e pelas
suas ontogêneses, pelo desenvolvimento econômico e social.
[19] Essa extrema generalidade das categorias utilizadas para
pensar o desenvolvimento temporal de diferentes processos
fá-las intervir não só na filosofia, mas também na ciência, na
[22] política, nas artes, na vida cotidiana.
Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 90 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial , julgue o item.
Atendendo-se a regra de concordância verbal e optando-se pelo uso do pronome átono antes do verbo, o segmento “fálas intervir” (l.21) poderia ser corretamente reescrito da seguinte forma: as fazem intervir.
[1] O tempo é elemento constantemente presente.
Numerosas disciplinas estudam o passado, seja ele o das
culturas, sociedades, economias e civilizações — conhecido
[4] por meio de documentos e monumentos ou objetos antigos
ou, pelo contrário, da natureza cognoscível, graças a fósseis
ou a restos inorgânicos. Por outro lado, procura-se conhecer
[7] antecipadamente o futuro praticando a adivinhação ou a
planificação, perscrutando o sentido em direção ao qual se
supõe que se dirija a história, estudando os períodos já
[10] decorridos para estabelecer se ela se desenrola linear ou
ciclicamente, se é contínua, marcada por eventos, ou
interrompida por catástrofes. De modo geral, ocupar-se do
[13] tempo ou do espaço-tempo significa, de certa forma, ocuparse
do universo ou mesmo da totalidade do ser; significa, além
disso, interessar-se por todas as modalidades do devir, pelo
[16] movimento, pelas transformações da energia e pelas
variações da entropia, pela evolução dos seres vivos e pelas
suas ontogêneses, pelo desenvolvimento econômico e social.
[19] Essa extrema generalidade das categorias utilizadas para
pensar o desenvolvimento temporal de diferentes processos
fá-las intervir não só na filosofia, mas também na ciência, na
[22] política, nas artes, na vida cotidiana.
Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 90 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial , julgue o item.
Para o pleno atendimento dos princípios de coesão textual, deveria ter sido empregada, antecedendo o termo “O tempo” (l.1), a expressão Por um lado, dado o uso, na linha 6, de “Por outro lado”.
[1] O tempo é elemento constantemente presente.
Numerosas disciplinas estudam o passado, seja ele o das
culturas, sociedades, economias e civilizações — conhecido
[4] por meio de documentos e monumentos ou objetos antigos
ou, pelo contrário, da natureza cognoscível, graças a fósseis
ou a restos inorgânicos. Por outro lado, procura-se conhecer
[7] antecipadamente o futuro praticando a adivinhação ou a
planificação, perscrutando o sentido em direção ao qual se
supõe que se dirija a história, estudando os períodos já
[10] decorridos para estabelecer se ela se desenrola linear ou
ciclicamente, se é contínua, marcada por eventos, ou
interrompida por catástrofes. De modo geral, ocupar-se do
[13] tempo ou do espaço-tempo significa, de certa forma, ocuparse
do universo ou mesmo da totalidade do ser; significa, além
disso, interessar-se por todas as modalidades do devir, pelo
[16] movimento, pelas transformações da energia e pelas
variações da entropia, pela evolução dos seres vivos e pelas
suas ontogêneses, pelo desenvolvimento econômico e social.
[19] Essa extrema generalidade das categorias utilizadas para
pensar o desenvolvimento temporal de diferentes processos
fá-las intervir não só na filosofia, mas também na ciência, na
[22] política, nas artes, na vida cotidiana.
Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 90 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial , julgue o item.
O texto é marcado pelo uso da linguagem denotativa e pela impessoalidade, o que não impede que nele se expresse uma opinião, como a de que a filosofia não constitui ciência, conforme se infere do último período do texto.
[1] O tempo é elemento constantemente presente.
Numerosas disciplinas estudam o passado, seja ele o das
culturas, sociedades, economias e civilizações — conhecido
[4] por meio de documentos e monumentos ou objetos antigos
ou, pelo contrário, da natureza cognoscível, graças a fósseis
ou a restos inorgânicos. Por outro lado, procura-se conhecer
[7] antecipadamente o futuro praticando a adivinhação ou a
planificação, perscrutando o sentido em direção ao qual se
supõe que se dirija a história, estudando os períodos já
[10] decorridos para estabelecer se ela se desenrola linear ou
ciclicamente, se é contínua, marcada por eventos, ou
interrompida por catástrofes. De modo geral, ocupar-se do
[13] tempo ou do espaço-tempo significa, de certa forma, ocuparse
do universo ou mesmo da totalidade do ser; significa, além
disso, interessar-se por todas as modalidades do devir, pelo
[16] movimento, pelas transformações da energia e pelas
variações da entropia, pela evolução dos seres vivos e pelas
suas ontogêneses, pelo desenvolvimento econômico e social.
[19] Essa extrema generalidade das categorias utilizadas para
pensar o desenvolvimento temporal de diferentes processos
fá-las intervir não só na filosofia, mas também na ciência, na
[22] política, nas artes, na vida cotidiana.
Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 90 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial , julgue o item.
No segmento “procura-se conhecer antecipadamente o futuro” (l.6-7), o emprego do advérbio é redundante e, portanto, a sua supressão não acarretaria prejuízo à informação expressa no período.
[1] O tempo é elemento constantemente presente.
Numerosas disciplinas estudam o passado, seja ele o das
culturas, sociedades, economias e civilizações — conhecido
[4] por meio de documentos e monumentos ou objetos antigos
ou, pelo contrário, da natureza cognoscível, graças a fósseis
ou a restos inorgânicos. Por outro lado, procura-se conhecer
[7] antecipadamente o futuro praticando a adivinhação ou a
planificação, perscrutando o sentido em direção ao qual se
supõe que se dirija a história, estudando os períodos já
[10] decorridos para estabelecer se ela se desenrola linear ou
ciclicamente, se é contínua, marcada por eventos, ou
interrompida por catástrofes. De modo geral, ocupar-se do
[13] tempo ou do espaço-tempo significa, de certa forma, ocuparse
do universo ou mesmo da totalidade do ser; significa, além
disso, interessar-se por todas as modalidades do devir, pelo
[16] movimento, pelas transformações da energia e pelas
variações da entropia, pela evolução dos seres vivos e pelas
suas ontogêneses, pelo desenvolvimento econômico e social.
[19] Essa extrema generalidade das categorias utilizadas para
pensar o desenvolvimento temporal de diferentes processos
fá-las intervir não só na filosofia, mas também na ciência, na
[22] política, nas artes, na vida cotidiana.
Enciclopédia Einaudi. Lisboa: Casa da Moeda, 1993, p. 90 (com adaptações).
Tendo o texto acima como referência inicial , julgue o item.
No trecho “graças a fósseis ou a restos inorgânicos” (l.5-6), o emprego do conector “ou”, com valor de excludência baseia-se no pressuposto científico de que fósseis são formados exclusivamente de matéria orgânica.