[1] Os contemporâneos de Leonardo da Vinci encaravamno
como um ser estranho e misterioso. Príncipes e chefes
militares queriam usar esse surpreendente mago como
[4] engenheiro militar na construção de fortificações e canais,
novas armas e dispositivos bélicos. É provável que o próprio
Leonardo não alimentasse a ambição de ser considerado um
[7] cientista. A exploração da natureza era para ele, em primeiro
lugar e acima de tudo, um meio de adquirir conhecimentos
sobre o mundo visível — conhecimentos de que necessitaria
[10] para a sua arte.
E. H. Gombrich. A história da arte. Rio de Janeiro: LTC, 2011, p. 294 (com adaptações).
Tendo como referências iniciais a imagem e o texto apresentados acima, julgue o item.
Mantendo-se a correção gramatical e a clareza do texto, o travessão (L.9) poderia ser substituído por vírgula, e o trecho por ele isolado ser reescrito da seguinte forma: dos quais necessitaria na produção de suas obras de arte.
[1] Foi a teoria, e não a prática, dos gregos que afetou a
música da Europa Ocidental na Idade Média. Temos muito
mais informação acerca das teorias musicais gregas do que da
[4] música propriamente dita. Essas teorias eram de dois tipos:
doutrinas sobre a natureza da música, o seu lugar no cosmos,
os seus efeitos e a forma conveniente de usá-la na sociedade
[7] humana; e descrições sistemáticas dos modelos e materiais da
composição musical.
Nos ensinamentos de Pitágoras, a música e a
[10] aritmética não eram disciplinas separadas: os números eram
considerados a chave de todo o universo espiritual e físico, e,
assim, o sistema de sons e ritmos musicais, regido pelos
[13] números, exemplificava a harmonia do cosmo.
Para pensadores como Claudio Ptolomeu, o mais
sistemático dos teóricos antigos da música, a astronomia e o
[16] estudo dos corpos celestes estavam diretamente relacionados
ao estudo dos intervalos musicais.
Donald J. Grout e Claude V. Palisca. História da música ocidental. Lisboa: Gradiva, 1994 (com adaptações).
Tendo como referência o texto acima e as ideias por ele suscitadas, julgue o item a seguir.
Mantendo-se a correção gramatical e o sentido do texto, o primeiro período poderia ser reescrito da seguinte forma: Na Idade Média, a prática musical da Europa influenciou-se pela música grega.
Poema I
Dois e dois são quatro
[1] Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
[4] E a liberdade, pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
[7] Como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
[10] Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
[13] — sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
[16] e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Poema II
Neologismo
[1] Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
[4] E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
[7] Teadoro, Teodora
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
Considerando os aspectos estruturais e os sentidos produzidos nos poemas acima, julgue o item que se segue.
Nos versos 4, 6 e 8 do poema I, o emprego da vírgula sinaliza a elipse do verbo de ligação.
Poema I
Dois e dois são quatro
[1] Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
[4] E a liberdade, pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
[7] Como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
[10] Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
[13] — sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
[16] e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Poema II
Neologismo
[1] Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
[4] E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
[7] Teadoro, Teodora
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
Considerando os aspectos estruturais e os sentidos produzidos nos poemas acima, julgue o item que se segue.
As imagens poéticas e os recursos retóricos usados no poema I demonstram que o eu lírico não tem esperança de transformação das condições em que vive.
Poema I
Dois e dois são quatro
[1] Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
[4] E a liberdade, pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
[7] Como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
[10] Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
[13] — sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
[16] e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Poema II
Neologismo
[1] Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
[4] E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
[7] Teadoro, Teodora
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
Considerando os aspectos estruturais e os sentidos produzidos nos poemas acima, julgue o item que se segue.
No poema II, o poeta cria um neologismo para expressar seu sentimento e, valendo-se da liberdade poética e da ironia, classifica como intransitivo o verbo criado, que, de fato, é seguido do complemento “Teodora”.
Poema I
Dois e dois são quatro
[1] Como dois e dois são quatro
Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
[4] E a liberdade, pequena
Como teus olhos são claros
E a tua pele, morena
[7] Como é azul o oceano
E a lagoa, serena
Como um tempo de alegria
[10] Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena
[13] — sei que dois e dois são quatro
sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
[16] e a liberdade, pequena.
Ferreira Gullar. Toda poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 2000.
Poema II
Neologismo
[1] Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
[4] E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
[7] Teadoro, Teodora
Manuel Bandeira. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1994.
Considerando os aspectos estruturais e os sentidos produzidos nos poemas acima, julgue o item que se segue.
O poema I é construído em métrica regular de sete sílabas, conhecida como redondilha maior, muito popular na produção poética em língua portuguesa.