Questões de Literatura - Poemas
A partir da leitura do texto, responda a questão.
TEXT
Pronominais
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
ANDRADE, Oswald. Obras completas, Volumes 6-7. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.
A respeito do poema de Oswald de Andrade, enquanto representante de uma estética literária, podemos afirmar CORRETAMENTE que:
Texto
Certidão de óbito
Os ossos de nossos antepassados
colhem as nossas perenes lágrimas
pelos mortos de hoje.
Os olhos de nossos antepassados,
negras estrelas tingidas de sangue,
elevam-se das profundezas do tempo
cuidando de nossa dolorida memória.
A terra está coberta de valas
e a qualquer descuido da vida
a morte é certa.
A bala não erra o alvo, no escuro
um corpo negro bambeia e dança.
A certidão de óbito, os antigos sabem,
veio lavrada desde os negreiros.
EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017, p. 17.
A autora emprega ao poema um tom
Texto
Certidão de óbito
Os ossos de nossos antepassados
colhem as nossas perenes lágrimas
pelos mortos de hoje.
Os olhos de nossos antepassados,
negras estrelas tingidas de sangue,
elevam-se das profundezas do tempo
cuidando de nossa dolorida memória.
A terra está coberta de valas
e a qualquer descuido da vida
a morte é certa.
A bala não erra o alvo, no escuro
um corpo negro bambeia e dança.
A certidão de óbito, os antigos sabem,
veio lavrada desde os negreiros.
EVARISTO, Conceição. Poemas da recordação e outros movimentos. Ed. Rio de Janeiro: Malê, 2017, p. 17.
Sobre o eu lírico do texto, é correto afirmar que
INSTRUÇÃO: Leia o poema a seguir, para responder à questão.
Lusco-fusco
Da alcova na penumbra andavam flutuando
Em tênue confusão fantasmas indecisos,
Gerados ao fulgor da luz reverberando
Nos límpidos cristais e nos dourados frisos.
Era como um sabbat fantástico e nefando!
Das velhas saturnais talvez tivesse uns visos
A enorme projeção das sombras vacilando
Esguias e sutis sobre os tapetes lisos.
Havia no ambiente uns mórbidos perfumes;
Os bronzes, biscuits, se olhavam com ciúmes
Nos dunkerques, de pé, por dentro das redomas.
Enquanto eu, sem temor, ao lado de uma taça,
Um conto oriental relia entre a fumaça
Dum charuto havanês de excêntricos aromas.
CARVALHO JÚNIOR, Francisco Antônio. Disponível em: https://periodicos.ufes.br/reel/article/view/3474/2742. Acesso em: 12 ago. 2021.
O poeta Francisco Antônio de Carvalho Júnior, um dos destaques da poesia brasileira da fase realista, é o autor desse poema cujo título expressa uma atmosfera de
A viagem de Vasco da Gama às Índias é um dos temas presentes em Os Lusíadas, a magistral obra do poeta português Luís Vaz de Camões. Em um dos seus trechos, Camões faz o relato de uma terrível enfermidade que é assim descrita (Canto v, estâncias 81 e 82):
E foi, que de doença crua e feia
A mais que eu nunca vi, desempararam
Muitos a vida, e em terra estranha e alheia
Os ossos para sempre sepultaram.
Quem haverá que sem ver o creia?
Que tão disformemente ali lhe incharam
As gengivas na boca, que crescia
A carne, e juntamente apodrecia?
Apodrecia co’um fétido e bruto
Cheiro, que o ar vizinho inficionava;
Não tínhamos ali médico astuto,
Cirurgião subtil menos se achava;
Mas qualquer neste ofício pouco instructo
Pela carne já podre assim cortava,
Como se fora morta; e bem convinha,
Pois que morto ficava quem a tinha.
CAMÕES, l. v. de. Os Lusíadas. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/ pesquisa. Acesso em: mai. 2022.
Considerando que a enfermidade descrita era muito comum nas tripulações no período das grandes navegações e está associada a uma carência alimentar, é correto afirmar que o nome da doença e do nutriente que, se ausente, é responsável pelo seu desenvolvimento são, respectivamente:
Quando a vida bater forte
e sua alma sangrar,
quando esse mundo pesado
lhe ferir, lhe esmagar...
É hora do recomeço.
Recomece a LUTAR.
Quando tudo for escuro
e nada iluminar,
quando tudo for incerto
e você só duvidar...
É hora do recomeço.
Recomece a ACREDITAR.
Quando a estrada for longa
e seu corpo fraquejar,
quando não houver caminho
nem um lugar pra chegar...
É hora do recomeço.
Recomece a CAMINHAR.
BESSA, Bráulio. Cordel. Disponível em: https://www.pensador.com. Acesso em: abr. 2022.
Com esses versos, o poeta nordestino Bráulio Bessa