Questões de Sociologia - Cultura - Diversidade Cultural / Antropologia - Identidade
O espaço urbano é onde proliferavam a pobreza e certa autonomia dos desqualificados sociais, bastante incômoda para as autoridades. Era justamente este o espaço social das mulheres pobres, livres, forras e escravizadas. Circulavam pelas fontes públicas, tanques, lavadouros, pontes, ruas e praças da cidade, onde era jogado o lixo das casas e o mato crescia a ponto de ocultar escravizados fugidos: o seu espaço social era justamente o ponto de interseção onde se alternavam e se sobrepunham as áreas de convívio das vizinhanças e dos forasteiros; a do fisco municipal e a do pequeno comércio clandestino; as margens da escravidão e do trabalho livre, o espaço do trabalho doméstico e o de sua extensão ou comercialização pelas ruas…
(Maria Odila Leite da Silva Dias. “Mulheres sem história”. In: Revista de História, 1983. Adaptado.)
Ao tratar de São Paulo do século XVIII, o excerto estabelece um paralelo entre a condição das mulheres no espaço urbano e
Hagar, o Horrível, é uma personagem de quadrinhos, criada em 1973 por Dik Browne. Analise a tira a seguir que retrata um diálogo entre dois personagens acerca da humanidade.
No segundo quadrinho, ao ser questionado sobre quem iria dizer para as pessoas o que é bom para elas, o personagem 2 responde: “Eu”.
Ao analisar a fala do personagem, de uma perspectiva sociológica, afirma-se que a postura apresentada configura-se etnocêntrica, pois
A concepção de uma “nacionalidade mestiça” brasileira, de modo geral, considera que o povo aqui surgiu historicamente do cruzamento de três raças (o europeu, o índio e o africano), mas, depois desse momento inicial, os brasileiros já não são mais portugueses/europeus, nem africanos e nem índios, mas um “povo novo”, resultado desse cadinho de raças diferentes do passado colonial. Porém, esta concepção de que o povo brasileiro é mestiço carrega consigo, por outro lado, um discurso ideológico que estabelece a ideia de unidade nacional e esconde o racismo e as contradições étnico-raciais historicamente constituídas e ainda presentes na sociedade atual, além de amenizar a pauta pública nacional sobre as reivindicações dos povos e populações tradicionais no país.
Considerando o enunciado acima, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) Pensar que no Brasil de hoje todos somos mestiços resulta em um pensamento que exclui da história as matrizes étnico-raciais indígena e negra na formação da nação, considerando apenas os portugueses.
( ) A principal consequência da ideia da mestiçagem é a de comprovar que, no Brasil, há de fato uma democracia racial que promove uma sociedade sem falsas contradições uma vez que todos são brasileiros.
( ) A concepção de uma “mestiçagem brasileira” pode esconder as lutas políticas por direitos e ações afirmativas das pessoas negras, das comunidades quilombolas e dos povos tradicionais indígenas.
( ) Imaginar que o brasileiro é mestiço e não mais branco, negro ou índio prejudica o reconhecimento de que a sociedade brasileira é composta pela diversidade étnico-racial e pelo multiculturalismo.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
A torcida do Fluminense inicia um movimento para mudar a letra de uma das músicas mais populares das arquibancadas tricolores. Grupos pedem a remoção do termo “mulambo imundo”, em uma provocação direta ao Flamengo. Mulambo é um termo que surgiu em Angola, na época da escravatura, e eles eram chamados de mulambos pelos senhores de engenho, os patrões das fazendas.
Disponível em: https://oglobo.globo.com. Acesso em: 23 nov. 2021.
Qual mudança no comportamento social a proposta reportada no texto reflete?
“A Lei nº 13.718, que entrou em vigor recentemente, em 24 de setembro de 2018, alterou o texto do Código Penal para inserir o crime de importunação sexual. A mencionada figura penal foi inserida no capitulo “Dos Crimes Contra a Liberdade Sexual", com a criação do artigo 215-A. O artigo descreve como crime o ato de praticar ato libidinoso (de caráter sexual), na presença de alguém, sem sua autorização e com a intenção de satisfazer lascívia (prazer sexual) próprio ou de outra pessoa. Podem ser considerados atos libidinosos, práticas e comportamentos que tenham finalidade de satisfazer desejo sexual, tais como: apalpar, lamber, tocar, desnudar, masturbar-se ou ejacular em público, dentre outros.”
Fonte:https://www.tjdft.jus.br/institucional/imprensa/campanhas-e-produtos/direitofacil/edicao-semanal/importunacao-sexual. Acesso em: 04/03/2023
Além da importunação sexual há também o assédio sexual que se caracteriza “[...] como o constrangimento com conotação sexual no ambiente de trabalho, em que, como regra, o agente utiliza sua posição hierárquica superior ou sua influência para obter o que deseja [...]”
Fonte:https://www.tst.jus.br/assediosexual#:~:text=O%20ass%C3%A9dio%20sexual%20%C3%A9%20definido,proce ssos%20na%20Justi%C3%A7a%20do%20Trabalho. Acesso em: 04/03/2023
Segundo as afirmações apresentadas, assinale a alternativa CORRETA.
“Gênero, por exemplo, tem dimensões político-econômicas por ser um princípio básico e estruturante da economia política. Por um lado, o gênero estrutura a divisão fundamental entre trabalho remunerado e “produtivo” e trabalho não remunerado, “reprodutivo” e doméstico, atribuindo às mulheres a responsabilidade primária por este último. Por outro lado, o gênero também estrutura a divisão no interior do trabalho remunerado entre ocupações industriais e profissionais, mais bem remuneradas e dominadas por homens, e ocupações relacionadas ao serviço doméstico e ao “colarinho rosa”, mal remuneradas e dominadas por mulheres. O resultado é uma estrutura político-econômica que gera modos de exploração, marginalização e privação específicos de gênero. Essa estrutura constitui o gênero como uma diferenciação político-econômica dotada de características semelhantes às de classe. Entendida sob essa perspectiva, a injustiça de gênero aparece como uma espécie de injustiça distributiva que exige correção redistributiva. A justiça de gênero, como a de classe, exige a transformação da economia política de modo que se elimine a sua estrutura de gênero. Eliminar a exploração, a marginalização e a privação específicas de gênero requer a abolição da divisão do trabalho baseada no gênero – tanto a divisão marcada por gênero entre trabalho remunerado e não remunerado quanto a divisão por gênero no interior do próprio trabalho remunerado.”
(FRASER, Nancy. Justiça interrompida: Reflexões críticas sobre a condição “póssocialista”. São Paulo: Boitempo, 2022, p. 39-40.)
Considerando a perspectiva de eliminação da exploração baseada no gênero, pode-se afirmar:
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