TEXTO II
Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Numa carta ao LEITOR, da Veja (12/10/2016), lê-se: “Tenho o hábito de reler minhas revistas Veja antigas. E, só para ficar no ano de 2007, duas capas enfatizam peripécias de Renan Calheiros, à época presidente do Senado”.
Assinale a alternativa correta.