Questões de Português - Gramática - Sintaxe -
Hora Universal
No início, até mesmo os relógios mecânicos eram acertados pelo tempo fornecido pelos relógios de Sol. A hora comum, no entanto, aquela usada em nosso cotidiano, não se baseia inteiramente no Sol. A velocidade da Terra em seu movimento de translação não é constante, e por isso a duração dos dias solares é desigual.
[…] Apenas por praticidade, começamos a contar o dia solar médio quando o Sol médio atinge a chamada culminação inferior. Em outras palavras, quando é meia-noite.
Progresso e hora certa
Mas, afinal, a diferença entre o tempo solar verdadeiro e aquele produzido pelo Sol médio não passa de 17 minutos. Uma defasagem que foi imperceptível para o dia a dia da humanidade durante muitos séculos. Até que, nas primeiras décadas do século XIX, surgiram as estradas de ferro.
[…]
[…] E para resolver (parcialmente) o problema dos horários surgiram as horas nacionais. Porém, cada país tinha a sua – e isso não ajudava muito. Era preciso uma padronização. Foi a Inglaterra o primeiro país a adotá-la (embora Estados Unidos e Canadá disputem até hoje essa primazia). Mas não foi nada fácil. Política, religião e orgulho nacional puseram de lado argumentos científicos, numa disputa que envolveu até mesmo o Brasil.
Costa, J. R. V. Hora Universal. Astronomia no Zênite, maio 2005. Disponível em https://www. zenite.nu/hora-universal. Acesso em: 10 out. 2022.
Em “Foi a Inglaterra o primeiro país a adotá-la”, o pronome destacado refere-se
Para responder a questão, baseie-se no texto abaixo.
Os anos seguintes à proclamação da Independência, em 7 de setembro de 1822, foram marcados por agitações políticas e intensas negociações sobre a criação da nação brasileira e a definição de um perfil de Estado nacional. Era preciso investir na formação de uma elite intelectual capaz de gerir a pátria recém-emancipada, instituindo-lhe uma identidade própria, em oposição à portuguesa. Mais do que novas leis, o país precisava de uma consciência jurídica, que deveria emanar de cursos estabelecidos em território nacional. Foram esses, entre outros, os argumentos que deram o tom das discussões políticas que culminaram nas duas primeiras faculdades de direito do Brasil, em agosto de 1827, em São Paulo e Recife. “A criação de escolas de direito nas regiões Sul e Norte, como se dizia à época, pretendia integrar as diferentes regiões do país, fortalecendo a unidade territorial”, explica a advogada e historiadora Ana Paula Araújo de Holanda, da Universidade de Fortaleza, Ceará.
A proposta de criação de um curso de direito foi apresentada em 1823. Tratava-se de um pedido de brasileiros matriculados na Universidade de Coimbra, em Portugal, onde a maioria dos que pretendiam seguir nas profissões jurídicas estudava. O projeto, apresentado pelo advogado Fernandes Pinheiro, foi encaminhado para debate na Assembleia, e logo iniciaram-se as divergências sobre a localização dos cursos. Os debates transcorreram de forma apaixonada. “Os parlamentares advogavam em favor de suas províncias de origem, já que desses cursos sairia a elite política do país”, comenta a advogada e historiadora Bistra Stefanova Apostolova, da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. O projeto aprovado na Assembleia Geral, no entanto, não rompeu totalmente com a tradição jurídica portuguesa. Houve desencontros entre as intenções dos parlamentares e a prática, segundo Bistra. Adotaram-se provisoriamente os Estatutos da Universidade de Coimbra.
Ambas as faculdades tornaram-se importantes polos inspiradores das artes literárias e poéticas nacionais, contribuindo para a construção da identidade nacional. As instituições também foram importantes para os principais movimentos cívicos, literários e políticos que se seguiram ao longo das décadas no país, como os que levaram à proclamação da República, em 1889, e à Abolição, um ano antes.
(Adaptado de ANDRADE, Rodrigo de Oliveira. “Para formar homens de lei”. Revista Pesquisa Fapesp, out/2017)
A criação de escolas de direito nas regiões Sul e Norte [...] pretendia integrar as diferentes regiões do país, fortalecendo a unidade territorial (1o parágrafo)
A ideia explicitada na frase acima está contemplada de forma gramaticalmente correta em:
Observe as expressões sublinhadas no fragmento do artigo A era da desinformação, de Manoel Lemos:
Não podemos negar que a internet tornou-se um dos principais meios para a disseminação de informações. Em 2018, a rede cruzou a marca dos 4 bilhões de usuários. Mais da metade da população mundial está conectada a ela. [...]
[...]
Mas não é só a escala e a velocidade da internet que são fatos novos. Ao contrário de seus predecessores – TV e rádio –, a internet está ao alcance de todos. Qualquer pessoa pode usá-la para disseminar suas ideias a milhões. Por um lado, foi possível dar voz a milhares de pessoas que não eram representadas e que agora têm como lutar por seus direitos. Do outro, colocamos um canhão nas mãos dos que usam a desinformação como ferramenta.
(LEMOS, Manoel. A era da desinformação. O Estado de S. Paulo. São Paulo, 10 jul. 2019. Caderno de economia, p. B6. Adaptado.)
Assinale a alternativa que corretamente nomeia o tipo de colocação pronominal utilizada:
Leia o texto para responder a questão
27 de janeiro
Africa
Nas minhas andanças, fui parar na África e lá conversei com aqueles homens da Unesco, os bons, não os burocratas. Um deles me disse: “Cada vez que morre um velho africano é uma biblioteca que se incendeia.”
Fiquei pensando no nosso índio. Pensando na Amazônia. Indio, escritor e árvore — as três espécies em processo de extinção. Condenadas ao aniquilamento, o índio principalmente. Será que antes de chegarmos à solução final do nosso problema indígena teremos tempo de captar um pouco da sua arte e de sua vida, nas quais o sagrado e a beleza se confundem para alimentar nossa cultura e nosso remorso?
(Lygia Fagundes Telles. A disciplina do amor, 1980.)
Em “Será que antes de chegarmos à solução final do nosso problema indígena teremos tempo de captar um pouco da sua arte e de sua vida, nas quais o sagrado e a beleza se confundem para alimentar nossa cultura e nosso remorso?” (2º parágrafo), o termo sublinhado refere-se a
Leia o texto a seguir e responda a questão.
Texto
Empatia, o sentimento que pode mudar a sociedade
Sem empatia, sobra intolerância, bullying, violência. Sem gastar um segundo imaginando como o outro se sente, de onde vem, em qual contexto foi criado, ao que foi exposto, sem se lembrar que cada um tem sua história e sem tentar entender como é estar na pele do outro, surgem os crimes de ódio, as discussões acaloradas nas redes sociais, o fim de amizades de uma vida toda. É preciso ter empatia para aprender que não existe verdade absoluta, que tudo depende do ponto de vista.
Segundo uma pesquisa da Universidade Estadual de Michigan, nos Estados Unidos, o Brasil não é dos países mais empáticos do mundo. Sim, somos conhecidos pela alegria e pela hospitalidade, mas quando falamos em se colocar no lugar do outro e tentar entender o que ele sente, ainda estamos muito longe do ideal. [...] Mas o problema do egocentrismo e da falta de amor ao próximo não é exclusivo dos brasileiros. É uma preocupação mundial.
Afinal, o que é empatia?
A empatia é, em termos simples, a habilidade de se colocar no lugar do outro. Por exemplo, se você, leitor, escuta uma história sobre uma criança que teve muitos problemas de saúde, que vem de uma família muito pobre, e se comove, é possível ter dois tipos de emoção: o dó, que é a simpatia; ou se colocar no lugar daquela criança, imaginar o que ela passou e tentar entender o que ela sentia, enxergar o panorama a partir dos olhos dela. “É ser sensível a ponto de compreender emoções e sentimentos de outras pessoas”, explica Rodrigo Scaranari, presidente da Sociedade Brasileira de Inteligência Emocional. E é uma característica que pode, sim, ser aprendida ou, pelo menos, treinada. Para Rodrigo, o exercício passa pelo autoconhecimento: para compreender a emoção do outro, é preciso conhecer e entender o que se passa dentro da própria cabeça. [...]
Mas por que nos colocamos no lugar do outro? Para o psicólogo, psicanalista e professor João Ângelo Fantini, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a empatia seria “uma forma de restabelecer um contato com um objeto de amor perdido, uma parte incompreendida do sujeito”. Enxergamos no outro uma humanidade compartilhada, sentimentos que também temos e que são aplicados em situações completamente diferentes. Por reconhecermos nós mesmos no próximo, temos empatia. [...]
Um caminho desde a infância
Para reverter o cenário de crianças que crescem cada vez mais centradas em si mesmas e nos próprios problemas como reflexo da sociedade atual, a ONG (Organização Não Governamental) americana Roots of Empathy (Raízes da Empatia) atua em escolas tentando ensinar os pequenos a se colocar no lugar do outro. Uma vez por mês, durante nove meses, uma sala de aula recebe um bebê e sua família, além de um instrutor, para que as crianças acompanhem o crescimento da confiança e dos laços emocionais de outras pessoas. Frequentemente, eles começam a enxergar nos colegas emoções que aprenderam com os instrutores.
Os resultados desse experimento são crianças menos agressivas, que combatem o bullying por entender como o outro se sente, e que têm inteligência emocional mais apurada, entendendo as próprias emoções. O programa é internacional, mas o ensino da empatia pode ser feito de diversas outras maneiras.
A servidora pública Clara Fagundes, 32 anos, por exemplo, considera importante estimular a filha, Helena, 3 anos, a conviver harmonicamente com os outros e com o meio ambiente. Fez questão de escolher para a pequena uma escola que seguisse os mesmos valores apreciados por ela. “Minha mãe já era muito adepta ao diálogo comigo nos anos 1980, mas, hoje em dia, há tantas outras questões que não são discutidas, como a do desperdício”, cita Clara.
A festa de aniversário de Helena foi na escola. Não produziram lixo, não foram usados enfeites descartáveis. As crianças ajudaram na organização e em toda a decoração: até as mais velhas, que não a conheciam, ajudaram. Além disso, em vez de receber um presente de cada colega, a aniversariante ganhou apenas um presente coletivo, feito pelos próprios colegas: uma casinha de papelão. Sem egoísmo, todos brincaram com o presente e, no fim, Helena levou à sua casa.
[...]
Fonte: SCARANARI, Rodrigo. Disponível em: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/cienciaesaude/2017/01/04/internas_cienciaesaude,682928/empatia-o-sentimento-quepode-mudar-a-sociedade.shtml Acesso em: 06 fev. 2019 (adaptado).
Sobre os aspectos gramaticais e seus respectivos contextos, analise as afirmativas.
I. Em: “[...] o problema do egocentrismo e da falta de amor ao próximo não é exclusivo dos brasileiros. É uma preocupação mundial.” (2º parágrafo), o verbo destacado deveria estar grafado no plural, a fim de manter a concordância verbal.
II. Em: “E é uma característica que pode, sim, ser aprendida ou, pelo menos, treinada.” (3º parágrafo), empregam-se as vírgulas para isolar um elemento adverbial, neste caso, “sim”.
III. Em: “Fez questão de escolher para a pequena uma escola que seguisse os mesmos valores apreciados por ela.” (7º parágrafo), o sujeito da oração é oculto, pois está marcado na oração anterior: “A servidora pública Clara Fagundes”.
IV. Em: “As crianças ajudaram na organização e em toda a decoração: até as mais velhas, que não a conheciam, ajudaram.” (8º parágrafo), o termo destacado faz referência à “decoração”
Assinale a alternativa CORRETA.
Texto
Considerando alguns aspectos gramaticais do Texto, assinale a alternativa CORRETA.
Faça seu login GRÁTIS
Minhas Estatísticas Completas
Estude o conteúdo com a Duda
Estude com a Duda
Selecione um conteúdo para aprender mais:
Artistas, autores e suas obras
Consequências políticas e sociais
Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão
Definição e classificação de cilindro
Definição e classificação de cone
Definição e classificação de pirâmide
Definição e elementos da esfera
Energia potencial gravitacional
Geometria Molecular e Polaridade
João Baptista Figueiredo (79-85)
Luiz Inácio (Lula) - 2002-2010
Polígonos inscritos e circunscritos na circunferência
Descolonização da África e Ásia
Deslocamento de Espelhos Planos
Determinação cromossômica do sexo
Dinâmica do Movimento Circular
Ditongos abertos "éi", "ói", "éu"
Elemento, substância, mistura e alotropia
Elementos cênicos e coreográficos
Empregos do hífen com prefixos
Entropia e energia livre de Gibbs
Equacionamento e balanceamento de reações
Equipamentos, materiais e vidrarias
Escola de Frankfurt / Indústria cultural
Estados físicos e mudanças de estado
Família Real Portuguesa no Brasil
Fontes de energia e recursos naturais
Formas de excreção nos animais
Função definida por mais de uma sentença
Função polinomial do primeiro grau
Função polinomial do segundo grau
Funções Trigonométricas Inversas
Future perfect continuous / progressive
Governos Militares (1964-1985)
Herança ligada aos cromossomos sexuais
Ideias sociais e políticas do século XIX
Independência da América Latina
Isótopos, isótonos, isóbaros e isoeletrônicos
Lei da Gravitação Universal (Newton)
Lei das Proporções Definidas (Prost)
Lei das Proporções Múltiplas (Dalton)
Leis da Conservação das Massas (Lavoisier)
Localização e movimentação no espaço
Materiais homogêneos e heterogêneos
Matrizes estéticas e culturais
Modelos de poder: Populismo, Coronelismo e outros
Modelos de Produção Capitalista
Movimento Circular Uniformemente Variado
Movimento Uniformemente Variado
Mutações Cromossômicas Estruturais
Mutações Cromossômicas Numéricas
Número de oxidação e oxirredução
O e U / E e I em final de palavras
Orações subordinadas adjetivas
Orações subordinadas adverbiais
Orações subordinadas substantivas
Organização (família, grupos etc.)
Outras funções polinomiais (>2)
Palavras homônimas e parônimas
Palavras terminadas em ÃO e à / ÃO e AM
Palavras terminadas em ÊS, ESA, EZ, EZA
Palavras terminadas em OSO, OSA
Palavras terminadas em SSE / ICE
Past perfect continuous / progressive
Perímetro de figuras planas e superfícies
Planejamento, execução e análise de ações
Polaridade e eletronegatividade
Present continuous / progressive
Present continuous / progressive with future meaning
Present perfect continuous / progressive
Pretérito imperfecto de indicativo
Pretérito imperfecto de subjuntivo
Pretérito perfecto de indicativo
Pretérito perfecto de subjuntivo
Primeira República (1889-1930)
Projeção cilíndrica e projeção cônica
Propriedades periódicas e aperiódicas
Qualidades Fisiológicas do Som
Queda da União Soviética e formação da Rússia
Queda Livre e Lançamento Vertical
Questão Indígena, Racial e de Gênero
Redes de transporte e de comunicação
Reformas religiosas e Contrarreforma
Relações métricas em triângulos
Relações métricas no triângulo retângulo
Relações trigonométricas no triângulo retângulo
República Democrática (1945-1964)
Retículo Endoplasmático Granuloso/ Não Granuloso
Revolução Americana (Independência)
Revolução Industrial (1ª Fase)
Revolução Industrial (2ª Fase)
Seleção Natural: casos de resistência
Sistemas excretores nos animais
Sólidos inscritos e circunscritos
Temperaturas de fusão e ebulição
Tendências da arte contemporânea
Teorema da decomposição em fatores
Teorema fundamental da Álgebra
Teoria sintética da evolução (Neodarwinismo)
Terminações "-são", "-ção" e "-ssão"
texto de divulgação científica
The genitive (?s) ? possessive case
Transformações - Termodinâmica (gráficos)
Transformações dos Gases (gráficos)
Transformações trigonométricas
Unidades de medida não padronizadas
Unidades de medida não padronizadas
Unidades de medida não padronizadas
Unidades de medida não padronizadas
Unidades de medida padronizadas
Unidades de medida padronizadas
Unidades de medida padronizadas
Unidades de medida padronizadas
Unidades de medida padronizadas
Usos de "por que", " por quê", "porque" e "porquê"
Verbos terminados em "-uir" e em "-uar"
Verso, rima, métrica, sonoridade, estrofação