Atente para o trecho abaixo, do Capítulo IX do romance “A Falência”, de Júlia Lopes de Almeida:
“De todas as pessoas, uma das mais indignadas contra a adoção da Nina em casa de Teodoro fora d. Joana, para quem a menina cheirava a pecado e era uma blasfêmia viva aos preceitos da moral religiosa. Para essa classe há os asilos, afirmava ela; as plantas daninhas não são para os canteiros de violetas. A caridade faz hospícios, orfanatos, rodas, onde se apuram e aperfeiçoam os filhos da impureza e da vergonha; mas agasalhar no seio honesto um animal desconhecido, era exporemse a um veneno de efeitos imprevistos.”
Tendo como base o texto acima, é possível afirmar que
I. o trecho é de influência naturalista, já que contém uma visão determinista do ser humano e analogias entre a personagem e os animais.
II. na frase “as plantas daninhas não são para os canteiros de violetas”, há uma analogia em que Nina é a planta daninha e a família de Teodoro, as violetas.
III. Nina, sendo filha de prostituta, não poderia ser adotada por uma família burguesa, pois a lei obrigava tais crianças a irem para hospícios, orfanatos ou rodas. IV. a moral religiosa da época impedia legalmente a adoção, já que era um ato que ia contra a formação da família tradicional católica.
V. o uso do termo “veneno” deixa claro que Nina é uma pessoa má, pois quem o usa é o narrador, não a personagem d. Joana.
Está correto o que se afirma apenas nas proposições