Leia, com atenção, o poema a seguir para responder ao que se pede.
Verdade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada um optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
(ANDRADE, Carlos Drummond de. Corpo. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p. 29)
Nesse poema,
Leia o texto a seguir para responder à questão
Verdades, mentiras e fofocas
Por que acreditamos em ''fake news'', as notícias falsas que circulam na internet? O que os estudos no campo da psicologia da mentira ensinam é que a vantagem inicial é dos enganadores. Isso porque humanos tendemos a aceitar como corretas as informações que chegam até nós. O nome dessa predisposição é ''viés de verdade''.
Existem algumas explicações para seu surgimento. Em primeiro lugar, assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado é, em termos heurísticos, o melhor chute que podemos dar, já que na vida diária recebemos mais informações corretas do que falsas de parentes, amigos etc.
No mais, o dano social de acreditar falsamente que alguém é um mentiroso ou de exigir que todos provem tudo o que falam tende a ser maior do que o de acreditar eventualmente numa falsidade. Muito ceticismo não é bom para a vida social.
É claro que isso é só o início do jogo. Se alguém mente para nós repetidas vezes, começamos não só a desconfiar desse indivíduo como também a espalhar que ele é um embusteiro. A fofoca, e o prejuízo que ela causa à reputação, opera como contrapeso ao viés de verdade. É um controle ''a posteriori'', mas funciona bem, especialmente em grupos pequenos, onde todos se conhecem.
O problema é que hoje vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas, a internet, que permite que garotos na Macedônia criem notícias falsas sobre as eleições americanas e as espalhem sem temer dano reputacional. Para piorar, sistemas populares de distribuição de notícias, como o Google e o Facebook, se valem de algoritmos que consideram apenas a taxa de leitura, sem ligar para a veracidade dos dados.
O que precisaríamos fazer seria introduzir na rede um análogo da fofoca, que distinga entre fontes confiáveis e mentirosas. Não é fácil, já que estamos falando de um ambiente cujos pontos altos são justamente a plena liberdade e o quase anonimato.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Verdades, mentiras e fofocas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017. Data de postagem: 21 fev. 2017. Com adaptações).
Assinale a alternativa que faz uma leitura CORRETA das ideias presentes no texto.
Leia o texto a seguir para responder à questão
Verdades, mentiras e fofocas
Por que acreditamos em ''fake news'', as notícias falsas que circulam na internet? O que os estudos no campo da psicologia da mentira ensinam é que a vantagem inicial é dos enganadores. Isso porque humanos tendemos a aceitar como corretas as informações que chegam até nós. O nome dessa predisposição é ''viés de verdade''.
Existem algumas explicações para seu surgimento. Em primeiro lugar, assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado é, em termos heurísticos, o melhor chute que podemos dar, já que na vida diária recebemos mais informações corretas do que falsas de parentes, amigos etc.
No mais, o dano social de acreditar falsamente que alguém é um mentiroso ou de exigir que todos provem tudo o que falam tende a ser maior do que o de acreditar eventualmente numa falsidade. Muito ceticismo não é bom para a vida social.
É claro que isso é só o início do jogo. Se alguém mente para nós repetidas vezes, começamos não só a desconfiar desse indivíduo como também a espalhar que ele é um embusteiro. A fofoca, e o prejuízo que ela causa à reputação, opera como contrapeso ao viés de verdade. É um controle ''a posteriori'', mas funciona bem, especialmente em grupos pequenos, onde todos se conhecem.
O problema é que hoje vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas, a internet, que permite que garotos na Macedônia criem notícias falsas sobre as eleições americanas e as espalhem sem temer dano reputacional. Para piorar, sistemas populares de distribuição de notícias, como o Google e o Facebook, se valem de algoritmos que consideram apenas a taxa de leitura, sem ligar para a veracidade dos dados.
O que precisaríamos fazer seria introduzir na rede um análogo da fofoca, que distinga entre fontes confiáveis e mentirosas. Não é fácil, já que estamos falando de um ambiente cujos pontos altos são justamente a plena liberdade e o quase anonimato.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Verdades, mentiras e fofocas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017. Data de postagem: 21 fev. 2017. Com adaptações).
Assinale a alternativa que faz uma leitura CORRETA das ideias presentes no texto.
Leia o texto a seguir para responder à questão
Verdades, mentiras e fofocas
Por que acreditamos em ''fake news'', as notícias falsas que circulam na internet? O que os estudos no campo da psicologia da mentira ensinam é que a vantagem inicial é dos enganadores. Isso porque humanos tendemos a aceitar como corretas as informações que chegam até nós. O nome dessa predisposição é ''viés de verdade''.
Existem algumas explicações para seu surgimento. Em primeiro lugar, assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado é, em termos heurísticos, o melhor chute que podemos dar, já que na vida diária recebemos mais informações corretas do que falsas de parentes, amigos etc.
No mais, o dano social de acreditar falsamente que alguém é um mentiroso ou de exigir que todos provem tudo o que falam tende a ser maior do que o de acreditar eventualmente numa falsidade. Muito ceticismo não é bom para a vida social.
É claro que isso é só o início do jogo. Se alguém mente para nós repetidas vezes, começamos não só a desconfiar desse indivíduo como também a espalhar que ele é um embusteiro. A fofoca, e o prejuízo que ela causa à reputação, opera como contrapeso ao viés de verdade. É um controle ''a posteriori'', mas funciona bem, especialmente em grupos pequenos, onde todos se conhecem.
O problema é que hoje vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas, a internet, que permite que garotos na Macedônia criem notícias falsas sobre as eleições americanas e as espalhem sem temer dano reputacional. Para piorar, sistemas populares de distribuição de notícias, como o Google e o Facebook, se valem de algoritmos que consideram apenas a taxa de leitura, sem ligar para a veracidade dos dados.
O que precisaríamos fazer seria introduzir na rede um análogo da fofoca, que distinga entre fontes confiáveis e mentirosas. Não é fácil, já que estamos falando de um ambiente cujos pontos altos são justamente a plena liberdade e o quase anonimato.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Verdades, mentiras e fofocas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017. Data de postagem: 21 fev. 2017. Com adaptações).
Identifique os itens em que os segmentos selecionados e adaptados do texto constituem relação de causa e efeito.
I. acreditamos em “fake news” / notícias falsas que circulam na internet
II. assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado / melhor chute que podemos dar
III. alguém mente para nós repetidas vezes / começamos a espalhar que ele é um embusteiro
IV. vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas / garotos criem notícias falsas
Os itens são
Leia o texto a seguir para responder à questão
Verdades, mentiras e fofocas
Por que acreditamos em ''fake news'', as notícias falsas que circulam na internet? O que os estudos no campo da psicologia da mentira ensinam é que a vantagem inicial é dos enganadores. Isso porque humanos tendemos a aceitar como corretas as informações que chegam até nós. O nome dessa predisposição é ''viés de verdade''.
Existem algumas explicações para seu surgimento. Em primeiro lugar, assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado é, em termos heurísticos, o melhor chute que podemos dar, já que na vida diária recebemos mais informações corretas do que falsas de parentes, amigos etc.
No mais, o dano social de acreditar falsamente que alguém é um mentiroso ou de exigir que todos provem tudo o que falam tende a ser maior do que o de acreditar eventualmente numa falsidade. Muito ceticismo não é bom para a vida social.
É claro que isso é só o início do jogo. Se alguém mente para nós repetidas vezes, começamos não só a desconfiar desse indivíduo como também a espalhar que ele é um embusteiro. A fofoca, e o prejuízo que ela causa à reputação, opera como contrapeso ao viés de verdade. É um controle ''a posteriori'', mas funciona bem, especialmente em grupos pequenos, onde todos se conhecem.
O problema é que hoje vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas, a internet, que permite que garotos na Macedônia criem notícias falsas sobre as eleições americanas e as espalhem sem temer dano reputacional. Para piorar, sistemas populares de distribuição de notícias, como o Google e o Facebook, se valem de algoritmos que consideram apenas a taxa de leitura, sem ligar para a veracidade dos dados.
O que precisaríamos fazer seria introduzir na rede um análogo da fofoca, que distinga entre fontes confiáveis e mentirosas. Não é fácil, já que estamos falando de um ambiente cujos pontos altos são justamente a plena liberdade e o quase anonimato.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Verdades, mentiras e fofocas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017. Data de postagem: 21 fev. 2017. Com adaptações).
Assinale a alternativa que faz uma leitura CORRETA do termo sublinhado.
Leia o texto a seguir para responder à questão
Verdades, mentiras e fofocas
Por que acreditamos em ''fake news'', as notícias falsas que circulam na internet? O que os estudos no campo da psicologia da mentira ensinam é que a vantagem inicial é dos enganadores. Isso porque humanos tendemos a aceitar como corretas as informações que chegam até nós. O nome dessa predisposição é ''viés de verdade''.
Existem algumas explicações para seu surgimento. Em primeiro lugar, assumir como verdadeiro aquilo que nos é contado é, em termos heurísticos, o melhor chute que podemos dar, já que na vida diária recebemos mais informações corretas do que falsas de parentes, amigos etc.
No mais, o dano social de acreditar falsamente que alguém é um mentiroso ou de exigir que todos provem tudo o que falam tende a ser maior do que o de acreditar eventualmente numa falsidade. Muito ceticismo não é bom para a vida social.
É claro que isso é só o início do jogo. Se alguém mente para nós repetidas vezes, começamos não só a desconfiar desse indivíduo como também a espalhar que ele é um embusteiro. A fofoca, e o prejuízo que ela causa à reputação, opera como contrapeso ao viés de verdade. É um controle ''a posteriori'', mas funciona bem, especialmente em grupos pequenos, onde todos se conhecem.
O problema é que hoje vivemos numa comunidade virtual de bilhões de pessoas, a internet, que permite que garotos na Macedônia criem notícias falsas sobre as eleições americanas e as espalhem sem temer dano reputacional. Para piorar, sistemas populares de distribuição de notícias, como o Google e o Facebook, se valem de algoritmos que consideram apenas a taxa de leitura, sem ligar para a veracidade dos dados.
O que precisaríamos fazer seria introduzir na rede um análogo da fofoca, que distinga entre fontes confiáveis e mentirosas. Não é fácil, já que estamos falando de um ambiente cujos pontos altos são justamente a plena liberdade e o quase anonimato.
(SCHWARTSMAN, Hélio. Verdades, mentiras e fofocas. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br. Acesso em: 25 ago. 2017. Data de postagem: 21 fev. 2017. Com adaptações).
Assinale a alternativa que faz uma leitura CORRETA do fragmento selecionado.