Analise o anúncio de um conhecido biscoito recheado.
A palavra “brincante” é formada por um processo de
Na tira, há expressão empregada em sentido figurado
Leia a reportagem, retirada do caderno Ilustrada do jornal Folha de S.Paulo, para responder a questão.
Para o público em geral, ateliês de artistas costumam estar envoltos numa aura de mistério. Visitá-los, afinal, é uma prática limitada a profissionais da arte, como curadores e galeristas.
O livro Espaços de trabalho de artistas latino-americanos, de Beta Germano, satisfaz essa curiosidade. E, recém-lançado pela editora Cobogó, pode servir de inspiração justamente num momento em que todos estão presos em casa.
Para compor a publicação, Germano e o fotógrafo Fran Parente visitaram ateliês de 27 artistas espalhados por oito países. Enquanto ele clicava os espaços, ela, que é jornalista, batia longos papos com seus donos — uma lista que inclui, entre outros, Cildo Meireles, Adriana Varejão e Miguel Rio Branco.
Germano explica que, além da questão regional, outro fator que guiou a feitura dessa lista foi a idade dos artistas. Com 60 anos, em média, muitos deles iniciaram suas carreiras num momento em que a própria ideia do ateliê com móveis cobertos de respingos de tinta era questionada.
Vem daí, aliás, a opção por chamar esses locais de “espaços de trabalho”. Afinal, diz a autora, lugares como aquele do mexicano Carlos Amorales mais parecem escritórios.
Além disso, continua Germano, ao trabalharem nos anos 1970 e 1980, esses artistas viveram as ditaduras da região, experiência que contaminou a obra da maioria deles.
“É muito interessante ver como, mesmo sem internet, as mesmas coisas estavam acontecendo em diversos países”, afirma Germano. “E dividimos uma história de violência muito grande, que começa na colonização, passa pela ditadura, e sobrevive até hoje.”
São temas que também se manifestam nos espaços de trabalho desses artistas. A porta do ateliê da colombiana Delcy Morelos, localizado numa das regiões mais violentas de Bogotá, exibia uma cruz quando Germano foi entrevistá- -la. Um jovem tinha sido assassinado ali dias atrás. “E o ateliê dela é uma paz, uma energia”, diz Germano.
Se o estúdio de Morelos representa um paradoxo também em relação à sua obra, que reflete sobre o sangue derramado pelo narcotráfico no seu país natal, outros ateliês mostram quase uma extensão da produção de seus donos.
Pioneiro da arte postal no país, Paulo Bruscky mantém uma verdadeira barricada de livros e papéis na sua sala, no Recife — o artista imprime todos os e-mails que recebe.
Mesmo que ainda demore para ela e outros voltarem aos ateliês, Germano diz que a ideia é criar um segundo volume do livro. Ela e Parente já foram fotografar outros nove ateliês, de nomes como Anna Maria Maiolino e Artur Barrio.
(Clara Balbi. www.folha.com.br, 26.04.2020. Adaptado.)
De acordo com o texto, o ateliê de Delcy Morelos apresenta um paradoxo na medida em que
Leia a reportagem, retirada do caderno Ilustrada do jornal Folha de S.Paulo, para responder a questão.
Para o público em geral, ateliês de artistas costumam estar envoltos numa aura de mistério. Visitá-los, afinal, é uma prática limitada a profissionais da arte, como curadores e galeristas.
O livro Espaços de trabalho de artistas latino-americanos, de Beta Germano, satisfaz essa curiosidade. E, recém-lançado pela editora Cobogó, pode servir de inspiração justamente num momento em que todos estão presos em casa.
Para compor a publicação, Germano e o fotógrafo Fran Parente visitaram ateliês de 27 artistas espalhados por oito países. Enquanto ele clicava os espaços, ela, que é jornalista, batia longos papos com seus donos — uma lista que inclui, entre outros, Cildo Meireles, Adriana Varejão e Miguel Rio Branco.
Germano explica que, além da questão regional, outro fator que guiou a feitura dessa lista foi a idade dos artistas. Com 60 anos, em média, muitos deles iniciaram suas carreiras num momento em que a própria ideia do ateliê com móveis cobertos de respingos de tinta era questionada.
Vem daí, aliás, a opção por chamar esses locais de “espaços de trabalho”. Afinal, diz a autora, lugares como aquele do mexicano Carlos Amorales mais parecem escritórios.
Além disso, continua Germano, ao trabalharem nos anos 1970 e 1980, esses artistas viveram as ditaduras da região, experiência que contaminou a obra da maioria deles.
“É muito interessante ver como, mesmo sem internet, as mesmas coisas estavam acontecendo em diversos países”, afirma Germano. “E dividimos uma história de violência muito grande, que começa na colonização, passa pela ditadura, e sobrevive até hoje.”
São temas que também se manifestam nos espaços de trabalho desses artistas. A porta do ateliê da colombiana Delcy Morelos, localizado numa das regiões mais violentas de Bogotá, exibia uma cruz quando Germano foi entrevistá- -la. Um jovem tinha sido assassinado ali dias atrás. “E o ateliê dela é uma paz, uma energia”, diz Germano.
Se o estúdio de Morelos representa um paradoxo também em relação à sua obra, que reflete sobre o sangue derramado pelo narcotráfico no seu país natal, outros ateliês mostram quase uma extensão da produção de seus donos.
Pioneiro da arte postal no país, Paulo Bruscky mantém uma verdadeira barricada de livros e papéis na sua sala, no Recife — o artista imprime todos os e-mails que recebe.
Mesmo que ainda demore para ela e outros voltarem aos ateliês, Germano diz que a ideia é criar um segundo volume do livro. Ela e Parente já foram fotografar outros nove ateliês, de nomes como Anna Maria Maiolino e Artur Barrio.
(Clara Balbi. www.folha.com.br, 26.04.2020. Adaptado.)
Verifica-se o emprego de expressão própria da linguagem coloquial no trecho:
Leia a reportagem, retirada do caderno Ilustrada do jornal Folha de S.Paulo, para responder a questão.
Para o público em geral, ateliês de artistas costumam estar envoltos numa aura de mistério. Visitá-los, afinal, é uma prática limitada a profissionais da arte, como curadores e galeristas.
O livro Espaços de trabalho de artistas latino-americanos, de Beta Germano, satisfaz essa curiosidade. E, recém-lançado pela editora Cobogó, pode servir de inspiração justamente num momento em que todos estão presos em casa.
Para compor a publicação, Germano e o fotógrafo Fran Parente visitaram ateliês de 27 artistas espalhados por oito países. Enquanto ele clicava os espaços, ela, que é jornalista, batia longos papos com seus donos — uma lista que inclui, entre outros, Cildo Meireles, Adriana Varejão e Miguel Rio Branco.
Germano explica que, além da questão regional, outro fator que guiou a feitura dessa lista foi a idade dos artistas. Com 60 anos, em média, muitos deles iniciaram suas carreiras num momento em que a própria ideia do ateliê com móveis cobertos de respingos de tinta era questionada.
Vem daí, aliás, a opção por chamar esses locais de “espaços de trabalho”. Afinal, diz a autora, lugares como aquele do mexicano Carlos Amorales mais parecem escritórios.
Além disso, continua Germano, ao trabalharem nos anos 1970 e 1980, esses artistas viveram as ditaduras da região, experiência que contaminou a obra da maioria deles.
“É muito interessante ver como, mesmo sem internet, as mesmas coisas estavam acontecendo em diversos países”, afirma Germano. “E dividimos uma história de violência muito grande, que começa na colonização, passa pela ditadura, e sobrevive até hoje.”
São temas que também se manifestam nos espaços de trabalho desses artistas. A porta do ateliê da colombiana Delcy Morelos, localizado numa das regiões mais violentas de Bogotá, exibia uma cruz quando Germano foi entrevistá- -la. Um jovem tinha sido assassinado ali dias atrás. “E o ateliê dela é uma paz, uma energia”, diz Germano.
Se o estúdio de Morelos representa um paradoxo também em relação à sua obra, que reflete sobre o sangue derramado pelo narcotráfico no seu país natal, outros ateliês mostram quase uma extensão da produção de seus donos.
Pioneiro da arte postal no país, Paulo Bruscky mantém uma verdadeira barricada de livros e papéis na sua sala, no Recife — o artista imprime todos os e-mails que recebe.
Mesmo que ainda demore para ela e outros voltarem aos ateliês, Germano diz que a ideia é criar um segundo volume do livro. Ela e Parente já foram fotografar outros nove ateliês, de nomes como Anna Maria Maiolino e Artur Barrio.
(Clara Balbi. www.folha.com.br, 26.04.2020. Adaptado.)
“Para compor a publicação, Germano e o fotógrafo Fran Parente visitaram ateliês de 27 artistas espalhados por oito países.” (3º parágrafo)
Em relação à oração que a sucede, a oração sublinhada expressa ideia de
Leia o poema “Confidência do itabirano”, de Carlos Drummond de Andrade, para responder a questão.
Alguns anos vivi em Itabira.
Principalmente nasci em Itabira.
Por isso sou triste, orgulhoso: de ferro.
Noventa por cento de ferro nas calçadas.
Oitenta por cento de ferro nas almas.
E esse alheamento do que na vida é porosidade e
[comunicação.
A vontade de amar, que me paralisa o trabalho,
vem de Itabira, de suas noites brancas, sem mulheres e
[sem horizontes.
E o hábito de sofrer, que tanto me diverte,
é doce herança itabirana.
De Itabira trouxe prendas diversas que ora te ofereço:
esta pedra de ferro, futuro aço do Brasil;
este São Benedito do velho santeiro Alfredo Duval;
este couro de anta, estendido no sofá da sala de visitas;
este orgulho, esta cabeça baixa...
Tive ouro, tive gado, tive fazendas.
Hoje sou funcionário público.
Itabira é apenas uma fotografia na parede.
Mas como dói!
(Sentimento do mundo, 2004.)
O verso “E esse alheamento do que na vida é porosidade e comunicação” (1º estrofe) permite caracterizar o eu lírico como