Em 1919, o poeta modernista Manuel Bandeira lançou o seu segundo livro, intitulado Carnaval. Nele consta o poema “Arlequinada”, do qual se reproduzem as estrofes a seguir:
Teus seios têm treze anos.
Dão os dois uma mancheia...
E essa inocência incendeia,
Faz cinza de desenganos...
O teu pequenino queixo
– Símbolo do teu capricho –
É dele que mais me queixo,
Que por ele assim me espicho!
Tua cabeleira rara
Também ela é de criança:
Dará uma escassa trança,
Onde eu mal me estrangulara!
Observa-se que, no último verso (“Onde eu mal me estrangulara!”), Bandeira usou “estrangular” num modo e num tempo não usuais, criando uma licença poética exigida pela rima (rara / estrangulara).
Esse verbo, para ficar mais bem conjugado em relação ao restante do enunciado, deveria estar no: