Leia o soneto abaixo de Cláudio Manuel da Costa:
Sou pastor; não te nego; os meus montados
São esses, que aí vês; vivo contente
Ao trazer entre a relva florescente
A doce companhia dos meus gados;
Ali me ouvem os troncos namorados,
Em que se transformou a antiga gente;
Qualquer deles o seu estrago sente;
Como eu sinto também os meus cuidados.
Vós, ó troncos, (lhes digo) que algum dia
Firmes vos contemplastes, e seguros
Nos braços de uma bela companhia;
Consolai-vos comigo, ó troncos duros;
Que eu alegre algum tempo assim me via;
E hoje os tratos de Amor choro perjuros.
A partir do texto acima, pode-se compreender que
I. Cláudio Manuel da Costa, que era pastor, fala sobre sua experiência no campo e sobre a superioridade da natureza em relação à cidade.
II. Cláudio Manuel da Costa assumiu uma espécie de máscara de pastor, como faziam os poetas do Arcadismo.
III. O eu-lírico está feliz porque tem a companhia de sua amada e se encontra na natureza, como sugere o “fugere urbem” do estilo árcade.
Está correto o que se afirma