Leia o texto para responder à questão.
“Com alguma relutância, eu consigo ser sociável. Às vezes, fico secretamente aliviada quando planos para eventos sociais são cancelados. Fico nervosa depois de algumas horas socializando”.
Características antissociais como essas geralmente estão longe de serem consideradas ideais. Muitas pesquisas mostram os problemas do isolamento social, considerado um problema sério de saúde pública em países com populações que estão envelhecendo rapidamente. No Reino Unido, o Colégio Real de Médicos Gerais diz que a solidão apresenta um risco de morte prematura do mesmo nível que a diabetes. Mas isso se refere a casos severos e involuntários. Para nós que apenas preferimos ter bastante tempo a sós, pesquisas recentes sugerem boas notícias: há benefícios em ser recluso, tanto para nossas vidas profissionais quanto para nosso bem-estar.
Um benefício chave é mais criatividade. Gregory Feist, especialista em psicologia da criatividade na Universidade Estatal da Califórnia, descobriu que traços de personalidade comumente associados à criatividade incluem “falta de preocupação com normas sociais” e “preferência por ficar a sós”. Ainda assim, a linha entre uma solidão útil e um isolamento perigoso pode ser tênue. Se alguém para de se importar com os outros e corta totalmente o contato, isso pode levar a uma negligência patológica de relações sociais. Mas a insociabilidade criativa está muito distante disso. Aliás, diz Feist, “há um perigo real com pessoas que nunca estão sozinhas”. É difícil ser introspectivo, autoconsciente e completamente relaxado a não ser que você tenha uma solidão ocasional. Além disso, os introvertidos tendem a ter amizades com laços mais fortes, o que pode estar ligado a uma felicidade maior.
(Christine Ro. “Os benefícios para a saúde de ser antissocial”. ww.bbc.com, 18.03.2018. Adaptado.)
Uma palavra formada com o mesmo prefixo de “introspectivo” e “introvertido” está sublinhada em: