O Brasil manteve o 16º lugar no ranking de países com mais casos de tuberculose. Ano passado, foram registrados 67.966 casos da doença (7,75 por hora), com coeficiente de incidência de 33,5 casos por 100 mil habitantes. Em 2013, foram 71.123 infecções. Em um ano, a redução de casos foi de 4,4%.
A taxa de mortalidade em 2013 foi de 2,3 por 100 mil habitantes, 20,7% mais baixa do que havia sido registrado em 2003, com 2,9 mortes a cada 100 mil. Os números foram apresentados na Câmara dos Deputados, durante sessão solene pelo Dia Mundial de Combate à Doença.
Com indicadores ainda considerados altos, o governo assumiu o compromisso de reduzir as mortes em 95% e em 90% o coeficiente de incidência da doença até 2035. “Progredimos, mas há ainda muito o que avançar”, afirmou Carlos Basile, da Parceria Brasileira contra Tuberculose. Ele disse estar preocupado com a redução da vacina contra a doença em postos de saúde por problemas de abastecimento, identificada no último mês. [...]
Uma das estratégias consideradas essenciais para o controle do número de casos da doença é o diagnóstico rápido da infecção. Atualmente, 94 municípios e o Distrito Federal – capitais e cidades consideradas estratégicas – dispõem de teste rápido. “Ainda consideramos a tuberculose uma grande desafio”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro. Ele observou que as taxas da doença são significativamente altas em dois grupos: população carcerária e moradores de rua.
O ministro lembrou ainda que a doença é muito desigual no País. Amazonas e Rio lideram em números de casos. “Estamos lidando com uma doença multifatorial: condição social, de moradia e de vida são preponderantes para determinar o risco”, disse.
Ele lembrou que na população indígena o risco de ter a doença é três vezes maior do que na população em geral. Na população de rua, o risco é 47 vezes maior.
FORMENTI, L. País ainda tem 7 casos por hora de tuberculose. O Estado de S. Paulo, São Paulo, p. A14, 24 mar. 2015. Adaptado.
Pode-se afirmar que:
I. a tuberculose, desde 2003, tem atingido índices altos, embora a infecção da doença tenha sofrido redução de casos.
II. o risco da doença é multifatorial, está relacionada à condição social, à de moradia e de vida. As taxas mais elevadas estão entre os moradores de rua e a população carcerária.
III. 94 municípios enfrentam desafios no combate à doença, pois têm mantido índices altos desde 2003.
IV. a doença atinge a população brasileira igualmente em diferentes regiões do Brasil.